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Foco: arma do corajoso ou escudo do covarde?

Focar não é fácil, mas a gente discute para acharmos direcionamentos, não é mesmo? Então, você ja tem o seu? Sabe o que quer?

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Vamos falar de foco. Essa palavrinha mágica que todo coach e todo líder adora,
que está em todas as frases motivacionais do Instagram.

Mas afinal, foco é a arma do corajoso ou o escudo do covarde?

Primeiro, o lado heroico do foco. Imagine um arqueiro, flecha no alvo, olhos
fixos. Ele sabe o que quer e não perde tempo com distrações. O foco é a arma
que o faz chegar ao topo. Vejamos Elon Musk, por exemplo. O cara, apesar de
ser o maior exemplo de babaca competente do século, não estava brincando
quando decidiu ir a Marte. Ele largou o que era secundário, focou em seus
objetivos e, bem, estamos falando de foguetes retornáveis hoje.

Outro exemplo é J.K. Rowling. Antes de “Harry Potter” virar um sucesso global,
Rowling passou por dificuldades financeiras. Seu foco em terminar o livro,
apesar das rejeições iniciais, transformou sua vida. Ela não se desviou, mesmo
quando tudo parecia impossível.

Temos outros inúmeros bons exemplos onde o foco é a chave do sucesso, e não
desistir vira uma máxima: Cafu, Beatles, Rolling Stones. Até a história da
Nathalia Arcuri é incrível sobre isso.

Foco exige coragem. Coragem para dizer não a oportunidades tentadoras mas
que desviam você do caminho. Imagine deixar um emprego seguro para investir
tudo em um negócio próprio. É preciso coragem para manter o foco quando o
caminho é cheio de incertezas. Quando não existe garantia de nada, o foco é
tudo.

Agora, o lado sombrio do foco é quando ele vira uma desculpa, um escudo para
não arriscar. Ah, o conforto do conhecido! Quantas vezes vemos pessoas que
dizem estar “focadas” em algo que já não lhes traz mais alegria ou resultados?
Na verdade, estão com medo de tentar algo novo. “Estou focado no meu
trabalho atual” pode muito bem ser traduzido para “Estou apavorado com a
ideia de mudar”.

Um dos maiores exemplos mundiais onde o “foco” foi a semente inicial da merda
é a Kodak. A empresa, que foi líder em filmes fotográficos, se recusou a focar na
transição para a fotografia digital, mesmo tendo inventado a primeira câmera
digital. O foco no modelo de negócio antigo, por medo de mudança, levou a
empresa à falência. Este é o perigo, onde o foco é bola de peso, é escudo para
não mudar, e não arma para evoluir.

Pessoas que disfarçam medo de mudança como foco perdem a chance de
inovar. Estão tão presas ao “seguro” que não veem a oportunidade quando ela
bate à porta. E o pior? Muitas vezes, o velho e o conhecido já não trazem mais
benefícios, não mudam o jogo.

Até pra mudar o foco é preciso ter foco. Já ouviu falar dos feras que morrem ao
tentar escalar o Everest? Será que eles estavam super focados em morrer, ou
será que poderiam ter mudado o foco quando a coisa começou a ficar fora de
controle?

Ninguém nunca vai saber.

Então, qual é a solução? Saber exatamente o que você quer e onde quer chegar.
Se seu foco não está alinhado com seu propósito, ele se torna uma prisão. Foco
deve ser uma ferramenta para o progresso, não uma desculpa para a
estagnação.

Seja fã do foco, mas não deixe seu radar para o novo empoeirar. O novo vai
bater na sua porta, e se o foco nunca deixar nada entrar, talvez seja hora de
desconfiar dele.

E diga-se de passagem, focar é o máximo, mas a vida é muito curta para a gente
não desfocar nenhum pouquinho.

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