Uncategorized

Gente precisa ser tratada como gente com proximidade

Quando um líder participa de eventos internos com os colaboradores, como um campeonato de videogame, isso pode ser tão impactante nos resultados quanto uma estratégia
Graduado em engenharia mecânica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), é presidente da MasterCard Brasil e Cone Sul desde 2013, sendo responsável pela área comercial da empresa desde 2008.

Compartilhar:

Empresas são feitas de gente. Por incrível que pareça, e aqui perceba o tom de ironia, até empresas de tecnologia são feitas de gente, pois também nas organizações onde máquinas constituem o foco das atenções quem entrega os resultados são as pessoas. Constatar isso é simples. Complicado é fazer pessoas, e não máquinas, caminharem na direção desejada para entregar tais resultados. Não faltam fórmulas de engajamento e motivação às organizações, mas, muitas vezes, elas estão esquecendo o fundamental: gente precisa ser tratada como gente. O que é um tratamento de gente? 

É levar as pessoas a perceberem que fazem a diferença no ambiente em que atuam e se reconhecerem como protagonistas de projetos. É pouco provável que se possa extrair o melhor delas sem estabelecer as condições para tal protagonismo. Pessoas só podem produzir de modo excepcional se esse tratamento prevalecer. 

O que fazemos na MasterCard é levar cada liderança a trabalhar para fomentar essa cultura. A essência disso está em o líder mostrar-se como um ser humano com o mesmo valor de todos os outros da empresa e, assim, inspirar os liderados a reproduzir seu exemplo. De maneira prática, o líder deve definir – e mostrar valorizar – momentos de interação periódicos com todos os colaboradores. Assim ele contribui para aproximar as pessoas de diferentes níveis hierárquicos e estimula as conexões pessoais, decisivas quando se almeja um ambiente de  trabalho de verdadeira e produtiva colaboração. 

Por exemplo, toda última sexta-feira do mês, interrompo qualquer atividade que estiver fazendo para celebrar os aniversários com todos os funcionários do escritório. Participo também de muitos eventos internos – como, recentemente, um campeonato de videogame –, o que me dá oportunidade de estar mais próximo do time e demonstrar que somos todos iguais, apenas ocupamos posições distintas. Atitudes básicas como cumprimentar todos os colaboradores e, na medida do possível, aprender o nome deles constituem formas simples – mas eficazes – de distinguir as pessoas e despertar nelas o sentido de pertencimento. 

É por isso que não abro mão de procurar, em cada contato, ampliar meus conhecimentos sobre cada um dos que fazem a MasterCard. O líder também jamais deve deixar de reconhecer o papel de todos para o sucesso da empresa. Pessoas são diferentes e podem abordar um mesmo problema de maneiras diferentes. Sempre que está de verdade ao lado das pessoas e respeita sua individualidade, um líder sabe a diferença que cada uma delas pode oferecer à empresa. 

A proximidade com os liderados e a capacidade de “ler” cada um deles são marcas do líder que se importa genuinamente com as pessoas, a ponto de criar oportunidades para todas elas e gerar resultados para a organização.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Uncategorized
Há alguns anos, o modelo de capitalismo praticado no Brasil era saudado como um novo e promissor caminho para o mundo. Com os recentes desdobramentos e a mudança de cenário para a economia mundial, amplia-se a percepção de que o modelo precisa de ajustes que maximizem seus aspectos positivos e minimizem seus riscos

Sérgio Lazzarini

Gestão de Pessoas
Os resultados só chegam a partir das interações e das produções realizadas por pessoas. A estreia da coluna de Karen Monterlei, CEO da Humanecer, chega com provocações intergeracionais e perspectivas tomadas como normais.

Karen Monterlei

Liderança, times e cultura, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
Entenda como utilizar a metodologia DISC em quatro pontos e cuidados que você deve tomar no uso deste assessment tão popular nos dias de hoje.

Valéria Pimenta

Inovação
Os Jogos Olímpicos de 2024 acabaram, mas aprendizados do esporte podem ser aplicados à inovação organizacional. Sonhar, planejar, priorizar e ter resiliência para transformar metas em realidade, são pontos que o colunista da HSM Management, Rafael Ferrari, nos traz para alcançar resultados de alto impacto.

Rafael Ferrari

6 min de leitura
Liderança, times e cultura, ESG
Conheça as 4 skills para reforçar sua liderança, a partir das reflexões de Fabiana Ramos, CEO da Pine PR.

Fabiana Ramos

ESG, Empreendedorismo, Transformação Digital
Com a onda de mudanças de datas e festivais sendo cancelados, é hora de repensar se os festivais como conhecemos perdurarão mais tempo ou terão que se reinventar.

Daniela Klaiman

ESG, Inteligência artificial e gestão, Diversidade, Diversidade
Racismo algorítimico deve ser sempre lembrado na medida em que estamos depositando nossa confiança na inteligência artificial. Você já pensou sobre esta necessidade neste futuro próximo?

Dilma Campos

Inovação
A transformação da cultura empresarial para abraçar a inovação pode ser um desafio gigante. Por isso, usar uma estratégia diferente, como conectar a empresa a um hub de inovação, pode ser a chave para desbloquear o potencial criativo e inovador de uma organização.

Juliana Burza

ESG, Diversidade, Diversidade, Liderança, times e cultura, Liderança
Conheça os seis passos necessários para a inserção saudável de indivíduos neuroatípicos em suas empresas, a fim de torná-las também mais sustentáveis.

Marcelo Franco

Lifelong learning
Quais tendências estão sendo vistas e bem recebidas nos novos formatos de aprendizagem nas organizações?

Vanessa Pacheco Amaral