Healing leadership

Geração de valor para toda a rede

As organizações não podem perder mais tempo para tratar todos os stakeholders, sendo o planeta um dos mais fundamentais, de forma justa, transparente e igualitária
Daniela Garcia é CEO do Instituto Capitalismo Consciente e entusiasta do terceiro setor e dos negócios de impacto social e articula parcerias com o mundo corporativo. Francine Lemos é diretora-executiva do Sistema B Brasil e acredita que as causas têm o poder de transformar a sociedade. É ainda sócia da Cause.

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Se existe uma máxima no discurso da nova economia, ela certamente é “os negócios são feitos por pessoas”. E o pós-pandemia nos confirma que a frase é absolutamente verdadeira, e reforça a urgência de negócios mais humanos e sustentáveis.

Quando o capitalismo nasceu, há mais de 200 anos, seus alicerces foram baseados na crença de que um bom sistema econômico pressupõe oportunidades, trabalho e geração de riqueza para todos. Riqueza que circula e, portanto, inclui, criando a noção de pertencimento na sociedade, além de chances de crescimento. A regra principal não era baseada em egoísmo ou centralização de poder, mas na circularidade e equidade.

Dois séculos depois, observamos, entre incrédulos e atônitos, as mudanças que esse conceito econômico sofreu e os desastres que foram criados a partir de sua deformação. O capitalismo é a melhor forma de manter uma nação livre, ativa e com acesso a oportunidades e renda, mas sem dúvida precisamos corrigir a rota para diminuir as enormes desigualdades geradas ao longo dos anos, desta vez com foco total em pessoas e no planeta.

Em um negócio, a equação é a mesma. Ele nasce para curar uma dor da sociedade, aproveitar uma oportunidade de mercado ou resolver um problema, mas só se mantém se gera e circula riqueza entre todos os envolvidos, que vão muito além do investidor ou acionista. Os chamados stakeholders, ou grupos de interesse, são parte integrante de um grande sistema que faz do negócio uma realidade em funcionamento.

Quando um negócio trata de forma igualitária todos os stakeholders, cuida e olha para as pessoas de forma justa e transparente, criando relações de valor compartilhado, tudo se transforma. A cadeia inteira colabora e se movimenta numa jornada de prosperidade.

Esse olhar justo e cuidadoso é a nova máxima do momento. Nossas pessoas e nosso planeta (sim, porque ele é um stakeholder fundamental para todos nós) precisam ser tratados com prioridade. Como diz Bob Chapman no livro *[Todos são Importantes](https://www.amazon.com.br/Todos-S%C3%A3o-Importantes-Extraordin%C3%A1rio-Empresas/dp/8550815098/ref=asc_df_8550815098/?tag=googleshopp00-20&linkCode=df0&hvadid=379727491147&hvpos=&hvnetw=g&hvrand=16140523572034939633&hvpone=&hvptwo=&hvqmt=&hvdev=c&hvdvcmdl=&hvlocint=&hvlocphy=1001650&hvtargid=pla-902660513518&psc=1https://www.amazon.com.br/Todos-S%C3%A3o-Importantes-Extraordin%C3%A1rio-Empresas/dp/8550815098/ref=asc_df_8550815098/?tag=googleshopp00-20&linkCode=df0&hvadid=379727491147&hvpos=&hvnetw=g&hvrand=16140523572034939633&hvpone=&hvptwo=&hvqmt=&hvdev=c&hvdvcmdl=&hvlocint=&hvlocphy=1001650&hvtargid=pla-902660513518&psc=1)*, “nosso sucesso é medido pela maneira como tocamos as vidas das pessoas”. Nossos colaboradores, fornecedores e clientes merecem nosso olhar de atenção. É no cuidado com essa relação que nascem projetos de universidades corporativas, certificação de fornecedores, empregos para jovens, economia circular e outros de impacto positivo.

Com nosso planeta funciona da mesma forma. Não temos mais tempo. A urgência nos cuidados com nosso ecossistema e biodiversidade é latente. Se não nos posicionarmos como protagonistas nas ações orientadas para sustentabilidade e como responsáveis pelo impacto que geramos, não teremos mais nada a defender e nada a deixar para as próximas gerações.

Nosso momento é agora.

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