Uncategorized

Henrique até já tocou com a banda da empresa

A busca de casar os ideais com a empresa e o cuidado com o “salto alto” marcam a experiência do jovem
Sofia Esteves Fundadora, sócia e presidente do grupo de consultoria DMRH. Adriana Chaves Sócia do grupo DMRH, responsável pela divisão de desenvolvimento e carreira.

Compartilhar:

Henrique Turra é um jovem dinâmico, curioso e que procura casar seus ideais com seu trabalho. Entrou na Nestlé antes do programa de trainees propriamente dito, ao pedir estágio lá enquanto ainda cursava administração de empresas na Fundação Getulio Vargas –atuou na área financeira. Quando o estágio acabou, foi contratado como analista na área de inovação, mas, na chamada para o programa de trainees da empresa, sua gestora o incentivou a se inscrever nele. Henrique enfrentou alta concorrência –eram mais de 15 mil inscritos– e conseguiu a vaga: desde o início de 2014 ocupa um dos cargos de trainee da Nestlé. “A maratona seletiva, de testes online, dinâmicas de grupo e entrevistas, já foi um aprendizado em si”, diz. 

E já lhe dava o aval para chegar a uma condição diferente –melhor– que a de analista. Será que Henrique, como tantos trainees em processos de seleção concorridos, “subiu no salto alto”? Ele toma cuidado para isso não acontecer. “Quando somos humildes, aprendemos mais.” Para ele, o antídoto é esforçar-se para mostrar ser parte da equipe. Desde que se tornou trainee da Nestlé, Henrique está passando por um job rotation. Começou pela área de vendas, onde trabalhou como repositor em supermercado –arrumava gôndolas, trazia caixas do depósito para a loja, coisas que nunca pensou em fazer. Sua área final será marketing. O que caracteriza a turma de trainees de Henrique é um vínculo de amizade intenso. 

Quando podem, andam pela empresa em grupo. Comunicam-se diariamente pelo WhatsApp e gostam de sair juntos para divertir-se. A convivência, que dá a sensação de continuidade da faculdade, agrada particularmente a Henrique. “Não temos competição entre nós, só colaboração.” Vale a pena ser trainee? Para ele, sim, por obter uma visão global da organização e pelo treinamento recebido –pessoas mais dinâmicas e generalistas sentem-se especialmente confortáveis com o programa. Também dá orgulho ser digno do investimento feito pela empresa. A vida dele mudou de 2014 para cá. “Eu era uma pessoa muito tímida e, como o trainee tem vários momentos de exposição a níveis mais elevados na hierarquia da empresa, precisei melhorar muito minha capacidade de comunicação. Levei isso para minha vida pessoal também”, diz, sem timidez alguma. Henrique adora cozinhar, tocar guitarra e cantar. 

E ficou contente com o fato de a Nestlé permitir que ele também exerça esses hobbies ali. Nas festas de final de ano, por exemplo, juntou-se a alguns amigos na banda que toca na empresa, formada por trainees e outros colaboradores. Quanto a cozinhar, ele faz isso em casa em “reuniões de trabalho informais”, convidando os amigos trainees para irem lá nos fins de semana. 

O evento dos trainees Nestlé até já ganhou apelido: “Fat Sunday” –ou domingo gordo. Henrique Turra marca a estreia desta coluna em HSM Management e também nos remete a quando nós fomos novatas no mundo do trabalho. Muita coisa mudou, tecnológica e organizacionalmente, mas talvez nada tenha mudado na essência: esse período de namoro de um jovem com a empresa continua rico em aprendizados para os dois lados.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Empreendedorismo
Alinhando estratégia, cultura organizacional e gestão da demanda, a indústria farmacêutica pode superar desafios macroeconômicos e garantir crescimento sustentável.

Ricardo Borgatti

5 min de leitura
Empreendedorismo
A Geração Z não está apenas entrando no mercado de trabalho — está reescrevendo suas regras. Entre o choque de valores com lideranças tradicionais, a crise da saúde mental e a busca por propósito, as empresas enfrentam um desafio inédito: adaptar-se ou tornar-se irrelevantes.

Átila Persici

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A matemática, a gramática e a lógica sempre foram fundamentais para o desenvolvimento humano. Agora, diante da ascensão da IA, elas se tornam ainda mais cruciais—não apenas para criar a tecnologia, mas para compreendê-la, usá-la e garantir que ela impulsione a sociedade de forma equitativa.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG
Compreenda como a parceria entre Livelo e Specialisterne está transformando o ambiente corporativo pela inovação e inclusão

Marcelo Vitoriano

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O anúncio do Majorana 1, chip da Microsoft que promete resolver um dos maiores desafios do setor – a estabilidade dos qubits –, pode marcar o início de uma nova era. Se bem-sucedido, esse avanço pode destravar aplicações transformadoras em segurança digital, descoberta de medicamentos e otimização industrial. Mas será que estamos realmente próximos da disrupção ou a computação quântica seguirá sendo uma promessa distante?

Leandro Mattos

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Entenda como a ReRe, ao investigar dados sobre resíduos sólidos e circularidade, enfrenta obstáculos diários no uso sustentável de IA, por isso está apostando em abordagens contraintuitivas e na validação rigorosa de hipóteses. A Inteligência Artificial promete transformar setores inteiros, mas sua aplicação em países em desenvolvimento enfrenta desafios estruturais profundos.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
Liderança
As tendências de liderança para 2025 exigem adaptação, inovação e um olhar humano. Em um cenário de transformação acelerada, líderes precisam equilibrar tecnologia e pessoas, promovendo colaboração, inclusão e resiliência para construir o futuro.

Maria Augusta Orofino

4 min de leitura
Finanças
Programas como Finep, Embrapii e a Plataforma Inovação para a Indústria demonstram como a captação de recursos não apenas viabiliza projetos, mas também estimula a colaboração interinstitucional, reduz riscos e fortalece o ecossistema de inovação. Esse modelo de cocriação, aliado ao suporte financeiro, acelera a transformação de ideias em soluções aplicáveis, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.

Eline Casasola

4 min de leitura
Empreendedorismo
No mundo corporativo, insistir em abordagens tradicionais pode ser como buscar manualmente uma agulha no palheiro — ineficiente e lento. Mas e se, em vez de procurar, queimássemos o palheiro? Empresas como Slack e IBM mostraram que inovação exige romper com estruturas ultrapassadas e abraçar mudanças radicais.

Lilian Cruz

5 min de leitura
ESG
Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade

Cris Sabbag

6 min de leitura