Uncategorized

Inove ou morra tentando

Cinco razões pelas quais as startups abalam tanto as empresas estabelecidas; uma delas é que, havendo disparidade entre o mapa e o terreno, elas ficam com o terreno.
É fundador e CEO da Samba Tech, que oferece uma espécie de “YouTube” corporativo, ajudando as empresas a se comunicar por meio de vídeos online.

Compartilhar:

O WhatsApp e o Instagram já estão sendo utilizados como mídia por muitas empresas – disseminam seus produtos entre o público conectado sem requerer o investimento da publicidade convencional. O Google logo passará a competir diretamente com a Fiat e outras montadoras. O Airbnb já vale mais que a maior rede de hotéis do planeta, o Hilton. É inegável que o consumidor está muito mais disposto a experimentar novidades e, nos últimos anos, vimos milhares dessas startups derrubarem o domínio de empresas tradicionais. 

A grande questão, portanto, é: por que algumas startups conseguem se antecipar às mudanças e tendências com mais facilidade do que outras e do que as empresas tradicionais em geral? A primeira coisa que percebo é que os empreendedores de startups focam nichos de mercado, tentando resolver um problema muito específico. Aqui na Samba, por exemplo, usamos a estratégia de “pinos de boliche”. É uma analogia, claro: focamos um pino de cada vez, assim como focamos um mercado de cada vez, tentando dominar um grande player, geralmente o maior, até que caia e derrube os outros players. 

(Nossa bola é a excelência em atendimento e a estratégia de negócios.) Os empreendedores de startups também se diferenciam pelo propósito de inovar, que pode ser resumido em melhorar a vida de alguém, arrumar algo que não funciona ou dar escala para algum produto ou serviço. E os empreendedores de startups buscam, de alguma forma, planejar menos e fazer mais. Eles parecem seguir uma regra do exército canadense, de que eu particularmente gosto bastante: “Se houver disparidade entre o mapa e o terreno, fique sempre com o terreno”. Em nosso mundo, isso significa que os empreendedores precisam ter flexibilidade para identificar mudanças de cenário e para alterar rápido os rumos da empresa, razão pela qual devem testar seu produto no mercado – e falhar quanto antes, se for o caso de falhar. 

Se quiserem se antecipar às mudanças, empreendedores e empresas estabelecidas têm de adotar essas três regras e incorporar mais duas dicas, se me permitem. Uma delas é aprender a aproveitar o poder das redes, criando sua própria – terceirizando aquilo que não é sua especialidade, usando os clientes como fonte de inspiração. A outra, importantíssima, é perder o medo de inovar. Que inovem ou morram tentando, se preciso for.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 4º país com mais crises de saúde mental no mundo e 500 mil afastamentos em 2023. As empresas que ignoram esse tsunami pagarão o preço em produtividade e talentos.

Nayara Teixeira

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Empresas que integram IA preditiva e machine learning ao SAP reduzem custos operacionais em até 30% e antecipam crises em 80% dos casos.

Marcelo Korn

7 min de leitura
Empreendedorismo
Reinventar empresas, repensar sucesso. A megamorfose não é mais uma escolha e sim a única saída.

Alain S. Levi

4 min de leitura
ESG
Por que a capacidade de expressar o que sentimos e precisamos pode ser o diferencial mais subestimado das lideranças que realmente transformam.

Eduardo Freire

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A IA não é só para tech giants: um plano passo a passo para líderes transformarem colaboradores comuns em cientistas de dados — usando ChatGPT, SQL e 360 horas de aprendizado aplicado

Rodrigo Magnago

21 min de leitura
ESG
No lugar de fechar as portas para os jovens, cerque-os de mentores e, por que não, ofereça um exemplar do clássico americano para cada um – eles sentirão que não fazem apenas parte de um grupo estereotipado, mas que são apenas jovens

Daniela Diniz

05 min de leitura
Empreendedorismo
O Brasil já tem 408 startups de impacto – 79% focadas em soluções ambientais. Mas o verdadeiro potencial está na combinação entre propósito e tecnologia: ferramentas digitais não só ampliam o alcance dessas iniciativas, como criam um ecossistema de inovação sustentável e escalável

Bruno Padredi

7 min de leitura
Finanças
Enquanto mulheres recebem migalhas do venture capital, fundos como Moon Capital e redes como Sororitê mostram o caminho: investir em empreendedoras não é ‘caridade’ — é fechar a torneira do vazamento de talentos e ideias que movem a economia

Ana Fontes

5 min de leitura
Empreendedorismo
Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Ivan Cruz

7 min de leitura