Estratégia e Execução

Intervenção urbana forma líderes

Multinacional SIG Combibloc inova ao propor missão ao estilo dos reality shows competitivos da TV para que seus gestores vivenciem novos princípios de liderança

Compartilhar:

Em uma noite de um animado sábado paulistano, a palavra “Gol!” surgiu inesperadamente na fachada do histórico edifício Racy, no centro de São Paulo, pouco antes do início da Copa do Mundo. O que ninguém imaginou é que o evento fosse um treinamento inovador de um grupo de 40 colaboradores da SIG Combibloc, uma das principais fornecedoras mundiais de embalagens cartonadas e máquinas de envase para alimentos e bebidas. A ação foi o modo que a empresa encontrou para iniciar uma mudança cultural nos tempos atuais, transmitindo a seus gestores, com o maior impacto possível, os oito princípios de seu novo programa de liderança: pensar nos clientes, trabalhar além das fronteiras, agir de maneira enxuta, entregar resultados, moldar o futuro, expandir potenciais, selecionar o melhor e cuidar do negócio como se fosse seu. 

Como na missão de um reality show televisivo, a intervenção urbana tinha desafios a serem vencidos em tempo restrito (36 horas) que requeriam a aplicação dos novos princípios. “Nunca tivemos esses princípios de liderança antes e pensamos que, se eles fossem introjetados em uma situação emocional como essa, os colaboradores o trariam mais naturalmente para dentro da organização”, explicou Heike Spies, diretora global de recursos humanos da SIG, que veio acompanhar o evento no Brasil. Se um dos princípios é “pensar nos clientes”, o time da SIG teve de pensar nos moradores de 140 apartamentos do edifício Racy a ponto de, sem conhecê-los previamente, conseguir convencê-los a participar, acendendo e apagando luzes por três horas, das 18h30 às 21h30, o que poderia ser visto como algo desconfortável. 

Se outro princípio é “trabalhar além das fronteiras”, o time da SIG teve de fazer a intervenção com 20 colaboradores brasileiros e 20 estrangeiros, da SIG Américas, Europa e Ásia. Se outros dois objetivos são “agir de maneira enxuta” e “cuidar do negócio como se fosse seu”, o time da SIG teve de oferecer aos moradores uma festa de confraternização com orçamento bem limitado, e resolveram o problema atuando eles mesmos como DJs e cozinheiros. “Gestão tem a ver com estabelecer objetivos claros, controlar e reportar, enquanto liderança é inspirar pessoas e permitir que desenvolvam ideias com paixão; hoje precisamos das duas coisas em uma empresa”, concluiu Spies. 

> **Saiba mais sobre a SiG**
>
> **Origem:** Parte do Grupo Rank, sediada na Nova Zelândia. 
>
> **Atividade:** Produz embalagens cartonadas e máquinas de envase para alimentos e bebidas. 
>
> **Tamanho:** Tem 5 mil colaboradores em 40 países e faturou € 1,68 bilhão em 2013.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Marketing & growth, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
17 de setembro de 2025
O futuro do varejo já está digitando na sua tela. O WhatsApp virou canal de vendas, atendimento e fidelização - e está redefinindo a experiência do consumidor brasileiro.

Leonardo Bruno Melo - Global head of sales da Connectly

4 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
11 de setembro de 2025
Agilidade não é sobre seguir frameworks - é sobre gerar valor. Veja como OKRs e Team Topologies podem impulsionar times de produto sem virar mais uma camada de burocracia.

João Zanocelo - VP de Produto e Marketing e cofundador da BossaBox

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, compliance, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Liderança
10 de setembro de 2025
Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura - às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Tatiana Pimenta - CEO da Vittude

5 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
9 de setembro de 2025
Experiência também é capital. O ROEx propõe uma nova métrica para valorizar o repertório acumulado de profissionais em times multigeracionais - e transforma diversidade etária em vantagem estratégica.

Fran Winandy e Martin Henkel

10 minutos min de leitura
Inovação
8 de setembro de 2025
No segundo episódio da série de entrevistas sobre o iF Awards, Clarissa Biolchini, Head de Design & Consumer Insights da Electrolux nos conta a estratégia por trás de produtos que vendem, encantam e reinventam o cuidado doméstico.

Rodrigo Magnago

2 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
5 de setembro de 2025
O maior desafio profissional hoje não é a tecnologia - é o tempo. Descubra como processos claros, IA consciente e disciplina podem transformar sobrecarga em produtividade real.

Diego Nogare

6 minutos min de leitura
Marketing & growth, Cultura organizacional, Inovação & estratégia, Liderança
4 de setembro de 2025
Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil - até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

Bruna Lopes de Barros

3 minutos min de leitura
Inovação
Em entrevista com Rodrigo Magnago, Fernando Gama nos conta como a Docol tem despontado unindo a cultura do design na organização

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
3 de setembro de 2025
O plástico nasceu como símbolo do progresso - hoje, desafia o futuro do planeta. Entenda como uma invenção de 1907 moldou a sociedade moderna e se tornou um dos maiores dilemas ambientais da nossa era.

Anna Luísa Beserra - CEO da SDW

0 min de leitura
Inovação & estratégia, Empreendedorismo, Tecnologia & inteligencia artificial
2 de setembro de 2025
Como transformar ciência em inovação? O Brasil produz muito conhecimento, mas ainda engatinha na conversão em soluções de mercado. Deep techs podem ser a ponte - e o caminho já começou.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação

5 minutos min de leitura