O hábito da leitura sempre esteve associado ao conhecimento, ao prazer, ao desenvolvimento pessoal. Enfim, os livros sempre foram vistos como um alimento da alma. Um estudo da Yale School of Public Health, da Yale University, nos Estados Unidos, comprova, porém, que ler faz parte, também, da receita para uma vida mais saudável e, portanto, mais longa. Os pesquisadores analisaram dados coletados ao longo de 12 anos, sobre 3.635 homens e mulheres com 50 anos ou mais idade.
A conclusão do estudo aponta para um ganho de dois anos, em média, na expectativa de vida das pessoas que leem ao menos 30 minutos por dia. Os benefícios são maiores para quem apresenta o hábito de ler livros (de ficção e não ficção), com um risco 23% menor de morrer.
A leitura de jornais e revistas também é saudável, mas com impacto menos significativo sobre a expectativa de vida.
Diante dos resultados, os pesquisadores de Yale se viram diante da mesma pergunta que qualquer um faria: o que torna a leitura de livros tão especial? Uma das teorias se baseia na constatação de que os livros estimulam a chamada “leitura profunda”, mais do que jornais e revistas, e, é claro, muito mais do que posts em redes sociais e pequenas notas na internet. Assim, os livros demandam que o leitor estabeleça conexões que criam novas ligações neurais entre regiões nos dois hemisférios do cérebro. Além de manter a mente saudável, isso contribui para outras funções do organismo, como o fluxo sanguíneo.