Sustentabilidade

Lições Improváveis do Cinema

Você pensa que só filmes sérios têm algo a ensinar? Não. Comédias, animações infantis, histórias sobre esportes e até sobre uma greve têm insights sobre liderar melhor

Compartilhar:

**1 – Chef (2014).** Comédia leve, protagonizada e dirigida por Jon Favreau, traz lições de empreendedorismo, volta por cima e construção de relacionamentos, como destaca a Fast Company 

Favreau é Carl Casper, chef arrogante de um restaurante badalado de Los Angeles. Ele vive em conflito com o dono, que acredita que “em time que está ganhando não se mexe”. Um dia, um crítico gastronômico escreve uma crítica demolidora – justamente pela falta de criatividade do cardápio. Casper parte para a briga, mas um vídeo vaza nas redes sociais, o que lhe fecha todas as portas na cidade. Ele resolve então montar um trailer e cruzar os Estados Unidos vendendo sanduíches. Leva um colega e o filho pré-adolescente, com quem consegue se conectar pela primeira vez. 

**2 – O Homem que Mudou o Jogo (2011).** Protagonizado por Brad Pitt e dirigido por Bennett Miller, o premiado Moneyball já é um clássico dos filmes de esportes e de superação. Ele mostra como fazer uma bela limonada com os limões que se tem – com big data. Além disso, aborda muito bem temas como gestão de talentos, mapeamento de competências e liderança. 

O filme é baseado na história real do técnico de um time de beisebol pequeno dos Estados Unidos que viu seus principais jogadores irem embora e não tinha recursos para contratar novos talentos. 

Ele então se associou a uma startup – quer dizer, a um estudante recém-formado na Yale University, apaixonado por estatísticas – e conseguiu mapear as características dos jogadores que sobraram para tirar o melhor proveito de cada um. 

**3 – Revolução em Dagenham (2010).** Filme inglês dirigido por Nigel Cole, conta a história da greve de cerca de 70 costureiras em uma fábrica da Ford da Inglaterra, em 1968. A paralisação mobilizou toda a direção da Ford não só na terra da Rainha, como nos EUA, e resultou em uma série de conquistas trabalhistas para as mulheres como um todo. 

O grande tema do filme é a liderança: as mulheres na fábrica trabalhavam em péssimas condições, com menos direitos e salários mais baixos. Do conflito emerge uma líder que une as operárias e enfrenta os superiores. É interessante também por mostrar como um pequeno grupo mobilizado é capaz de abalar as finanças de uma gigante empresarial e a sociedade. 

**4 – De Pernas pro Ar (2010).** A comédia brasileira dirigida por Roberto Santucci e protagonizada por Ingrid Guimarães tem aqueles exageros do cinema “televisivo” brasileiro, mas também lições interessantes. A atriz interpreta uma workaholic que deixa a família em segundo plano enquanto se entrega de corpo e alma ao trabalho – e o marido decide dar um tempo. Pega de surpresa, ela comete um erro em uma apresentação e é demitida. Então, conhece uma empreendedora de produtos eróticos para mulheres e acaba se tornando sócia-investidora da startup dela. 

Além do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, o filme mostra como a executiva vira investidora e contribui para o objeto de seu investimento. 

**5 – Kung Fu Panda 3 (2016) e 6 – Fuga das Galinhas (2000):** Os dois filmes, apesar de infantis, são bem adultos nas lições. O desacreditado Panda precisa liderar e, como sempre, tem uma crise de autoconfiança; deve se provar a si mesmo. O filme reforça a importância de termos um bom mentor e faz a relação entre autoconfiança e o líder capaz de criar uma equipe comprometida e entusiasmada. 

As ácidas galinhas também batem nessa tecla, mostrando como uma só ave, com confiança e persistência, consegue conduzir todo o galinheiro para a salvação.

Compartilhar:

Artigos relacionados

DeepSeek e os 6Ds da disrupção: o futuro da inteligência artificial está sendo redefinido?

O DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, emerge como força disruptiva que desafia o domínio das big techs ocidentais, propondo uma abordagem tecnológica mais acessível, descentralizada e eficiente. Desenvolvido com uma estratégia de baixo custo e alto desempenho, o modelo representa uma revolução que transcende aspectos meramente tecnológicos, impactando dinâmicas geopolíticas e econômicas globais.

Inglês e liderança empresarial: competência linguística como diferencial competitivo

A proficiência amplia oportunidades, fortalece a liderança e impulsiona carreiras, como demonstram casos reais de ascensão corporativa. Empresas visionárias que investem no desenvolvimento linguístico de seus talentos garantem vantagem competitiva, pois comunicação eficaz e domínio do inglês são fatores decisivos para inovação, negociação e liderança no cenário global.

Como o cinema e a inteligência artificial podem ser referência ao mundo corporativo

Com o avanço da inteligência artificial, a produção de vídeos se tornou mais acessível e personalizada, permitindo locuções humanizadas, avatares realistas e edições automatizadas. No entanto, o uso dessas tecnologias exige responsabilidade ética para evitar abusos. Equilibrando inovação e transparência, empresas podem transformar a comunicação e o aprendizado, criando experiências imersivas que inspiram e engajam.

ESG
Cada vez mais palavras de ordem, imperativos e até descontrole tomam contam do dia-dia. Nesse costume, poucos silêncios são entendidos como necessários e são até mal vistos. Mas, se todos falam, no fim, quem é que está escutando?

Renata Schiavone

4 min de leitura
Finanças
O primeiro semestre de 2024 trouxe uma retomada no crédito imobiliário, impulsionando o consumo e apontando um aumento no apetite das empresas por crédito. A educação empreendedora surge como um catalisador para o desenvolvimento de startups, com foco em inovação e apoio de mentorias.

João Boos

6 min de leitura
ESG
Inclusão plena começa na educação. Para garantir um mercado de trabalho mais acessível para pessoas com deficiência, é essencial investir na escolarização inclusiva desde a infância. A REIS defende uma ação coordenada entre governos, escolas, empresas e sociedade civil para dobrar a contratação formal de PcDs até 2030.

Djalma Scartezini

5 min de leitura
Cultura organizacional, Empreendedorismo
A ilusão da disponibilidade: como a pressão por respostas imediatas e a sensação de conexão contínua prejudicam a produtividade e o bem-estar nas equipes, além de minar a inovação nas organizações modernas.

Dorly

6 min de leitura
ESG
No texto deste mês do colunista Djalma Scartezini, o COO da Egalite escreve sobre os desafios profundos, tanto à saúde mental quanto à produtividade no trabalho, que a dor crônica proporciona. Destacando que empresas e gestores precisam adotar políticas de inclusão que levem em conta as limitações físicas e os altos custos associados ao tratamento, garantindo uma verdadeira equidade no ambiente corporativo.

Djalma Scartezini

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A adoção de políticas de compliance que integram diretrizes claras de inclusão e equidade racial é fundamental para garantir práticas empresariais que vão além do discurso, criando um ambiente corporativo verdadeiramente inclusivo, transparente e em conformidade com a legislação vigente.

Beatriz da Silveira

4 min de leitura
Inovação, Empreendedorismo
Linhas de financiamento para inovação podem ser uma ferramenta essencial para impulsionar o crescimento das empresas sem comprometer sua saúde financeira, especialmente quando associadas a projetos que trazem eficiência, competitividade e pioneirismo ao setor

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Estratégia
Este texto é uma aula de Alan Souza, afinal, é preciso construir espaços saudáveis e que sejam possíveis para que a transformação ocorra. Aproveite a leitura!

Alan Souza

4 min de leitura
Liderança
como as virtudes de criatividade e eficiência, adaptabilidade e determinação, além da autorresponsabilidade, sensibilidade, generosidade e vulnerabilidade podem coexistir em um líder?

Lilian Cruz

4 min de leitura
Gestão de Pessoas, Liderança
As novas gerações estão redefinindo o conceito de sucesso no trabalho, priorizando propósito, bem-estar e flexibilidade, enquanto muitas empresas ainda lutam para se adaptar a essa mudança cultural profunda.

Daniel Campos Neto

4 min de leitura