Gestão de pessoas, Ética e sustentabilidade

Liderança regenerativa e a jornada de integração do todo em nós

Precisamos alcançar o momento de criar compromissos e pensarmos em um futuro cada vez mais sustentável: e a hora certa é agora
Bruna Rezende é economista com Global MBA pela Berlin School of Creative Leadership, MBA Executivo pelo Insper e programas em Harvard, Kaos Pilot e Schumacher College. Atua há 15 anos com inovação e sustentabilidade. É fundadora e CEO da IRIS, um ecossistema de inovação sustentável que atua para viabilizar negócios regenerativos, através de educação, consultoria e venture builder. Lidera projetos em diversos países em empresas como Natura, Itaú, LinkedIn, Johnson & Johnson, Localiza, Ipiranga, Dexco, Cielo, Hydro, dentre outras. Professora na HSM, FIA e Singularity University, é também palestrante em eventos como Rock In Rio Lisboa, Festival Path, Festival Wired, RD Summit, HSM+, Websummit, dentre outros. Seu propósito é contribuir na construção de um sistema econômico como um sistema vivo

Compartilhar:

O ano de 2024 começou com tudo e com ele a reflexão de nosso papel, enquanto líderes na condução dos negócios de maneira cada vez mais integrada com o todo. Quando digo, o todo, me refiro, a compreender as relações de interdependência entre nós com o time, com a empresa, com nossos clientes, com os fornecedores, com os parceiros, com a sociedade, com a natureza, e sobretudo com nós mesmos. E, como essa compreensão se faz necessária para um processo de tomada de decisão cada vez mais consciente e que busquem retorno econômico positivo para o negócio, sem ser “às custas de algo ou de alguém”. Ou seja, sem ser às custas do impacto negativo na natureza, e sem ser às custas da nossa saúde.

Como líderes comprometidos com a geração de valor de nossos negócios e para a sociedade e o planeta, nos questionamos sobre nossa liderança e o impacto de nossa atuação na vida das pessoas, uma vez que está mais que evidente que estamos operando em um sistema econômico em que a “conta não fecha”.

Geramos muitos excessos e, ao mesmo tempo, muita escassez. Excessos na casa em que vivemos, aquecendo o planeta, acidificando nosso solo, poluindo o ar que respiramos e por aí vai. E, escassez no que tange ao bem-estar humano físico, mental, e emocional. E, entre esse teto (os limites naturais do planeta) e essa fundação (o bem-estar humano), está a maneira como escolhemos gerar e gerir valor neste sistema econômico, no qual trabalhamos, influenciamos e alimentamos.

Precisamos construir um mundo viável, em que cada setor possa contribuir para a regeneração da Terra, gerar bem-estar para as pessoas e circulação financeira de forma saudável para todos.

E, vocês devem estar se perguntando, como faremos isso? Bem acredito, que o primeiro passo é aceitarmos que precisamos construir uma visão de mundo integrada, para que não fique ninguém de fora, inclusive nós mesmos. E, a partir daí, embarcarmos nos desafios práticos que se apresentam, como estabelecer a Materialidade ESG da empresa, para compreender quais os temas são mais relevantes no impacto que o negócio gera na sociedade e natureza, bem como, qual o impacto que sofre. Por exemplo, a seguradora AON, estima prejuízos mundiais decorrentes de desastres naturais na marca de U$ 295 bilhões somente entre janeiro e setembro de 2023. No Brasil, o valor chegou a U$ 555 milhões.

Além disso, vamos criando os compromissos para descarbonização das operações, deixando os modelos de negócios mais circulares, utilizando instrumentos financeiros sustentáveis para captação de recursos, influenciando e pressionando para que as cadeias de valor sejam cada vez mais sustentáveis, utilizando a tecnologia para acelerar os processos e criando culturas diversas e regenerativas em nossos times.

Essa coluna será sobre percorrermos juntos como vamos nos desenvolvendo enquanto líderes regenerativos, ou seja, compreendendo nossa atuação refletida no todo. Ao mesmo tempo que vamos colhendo frutos nos compromissos estabelecidos dentro das empresas.
Mas vamos devagar, por que temos pressa!

Compartilhar:

Bruna Rezende é economista com Global MBA pela Berlin School of Creative Leadership, MBA Executivo pelo Insper e programas em Harvard, Kaos Pilot e Schumacher College. Atua há 15 anos com inovação e sustentabilidade. É fundadora e CEO da IRIS, um ecossistema de inovação sustentável que atua para viabilizar negócios regenerativos, através de educação, consultoria e venture builder. Lidera projetos em diversos países em empresas como Natura, Itaú, LinkedIn, Johnson & Johnson, Localiza, Ipiranga, Dexco, Cielo, Hydro, dentre outras. Professora na HSM, FIA e Singularity University, é também palestrante em eventos como Rock In Rio Lisboa, Festival Path, Festival Wired, RD Summit, HSM+, Websummit, dentre outros. Seu propósito é contribuir na construção de um sistema econômico como um sistema vivo

Artigos relacionados

Inovação e comunidades na presença digital

A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Bem-estar & saúde, Liderança
5 de dezembro de 2025
Em um mundo exausto, emoção deixa de ser fragilidade e se torna vantagem competitiva: até 2027, lideranças que integram sensibilidade, análise e coragem serão as que sustentam confiança, inovação e resultados.

Lisia Prado - Consultora e sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura
Finanças
4 de dezembro de 2025

Antonio de Pádua Parente Filho - Diretor Jurídico, Compliance, Risco e Operações no Braza Bank S.A.

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 de dezembro de 2025
A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Gabriel Andrade - Aluno da Anhembi Morumbi e integrante do LAB Jornalismo e Fernanda Iarossi - Professora da Universidade Anhembi Morumbi e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
2 de dezembro de 2025
Modelos generativos são eficazes apenas quando aplicados a demandas claramente estruturadas.

Diego Nogare - Executive Consultant in AI & ML

4 minutos min de leitura
Estratégia
1º de dezembro de 2025
Em ambientes complexos, planos lineares não bastam. O Estuarine Mapping propõe uma abordagem adaptativa para avaliar a viabilidade de mudanças, substituindo o “wishful thinking” por estratégias ancoradas em energia, tempo e contexto.

Manoel Pimentel - Chief Scientific Officer na The Cynefin Co. Brazil

10 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Liderança
29 de novembro de 2025
Por trás das negociações brilhantes e decisões estratégicas, Suits revela algo essencial: liderança é feita de pessoas - com virtudes, vulnerabilidades e escolhas que moldam não só organizações, mas relações de confiança.

Lilian Cruz - Fundadora da Zero Gravity Thinking

3 minutos min de leitura
Estratégia, Marketing & growth
28 de novembro de 2025
De um caos no trânsito na Filadélfia à consolidação como código cultural no Brasil, a Black Friday evoluiu de liquidação para estratégia, transformando descontos em inteligência de precificação e redefinindo a relação entre consumo, margem e reputação

Alexandre Costa - Fundador do grupo Attitude Pricing (Comunidade Brasileira de Profissionais de Pricing)

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
27 de novembro de 2025
A pergunta “O que você vai ser quando crescer?” parece ingênua, mas carrega uma armadilha: a ilusão de que há um único futuro esperando por nós. Essa mesma armadilha ronda o setor automotivo. Afinal, que futuros essa indústria, uma das mais maduras do mundo, está disposta a imaginar para si?

Marcello Bressan, PhD, futurista, professor e pesquisador do NIX - Laboratório de Design de Narrativas, Imaginação e Experiências do CESAR

4 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Liderança
26 de novembro de 2025
Parar para refletir e agir são forças complementares, não conflitantes

Jose Augusto Moura - CEO da brsa

3 minutos min de leitura
Marketing & growth
25 de novembro de 2025

Rafael Silva - Head de Parcerias e Alianças na Lecom Tecnologia

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança