Uncategorized

Líderes e seguidores

__José Salibi Neto__ é cofundador da empresa de educação executiva HSM, palestrante, mentor de líderes e coautor dos livros Gestão do Amanhã, Código da Cultura, Estratégia Adaptativa e O Algoritmo da Vitória, entre outros. Lançará em maio pela editora Gente, em parceria com Sandro Magaldi, um livro sobre o motor do crescimento, que tem o JTBD como espinha dorsal.

Compartilhar:

Centauro, como sabemos, é aquela figura mitológica que é meio homem, meio cavalo. Gosta de guerrear, segundo algumas fontes, e é sábio e nobre, conforme outras. Esse ser híbrido e paradoxal é uma analogia perfeita para os assuntos desta HSM Management e para o momento que as empresas vivem:

**• Centauro é o futuro que precisamos construir, na visão de nosso entrevistado Al Gore, em que teremos de aprender a nos equilibrar entre a extrema tecnologia e a necessidade de preservar a natureza.**

**• É o governo competitivo, tema do Dossiê, que só será competitivo se incorporar a eficiência e a eficácia da gestão privada e também permitir o acesso igualitário da população aos serviços públicos.**

**• É o empreendedor, que, como explica Steve Blank, é um gestor formado em dez semanas de prática.**

**• É um veterano, com 60 e muitos anos de idade, que continua a trabalhar, porque gera valor para si e para a companhia que o emprega.**

Minha lista poderia continuar, mas a revista do novo líder deve prestar uma homenagem a Warren Bennis, o homem que pôs a liderança no mapa das empresas. Como escreveu a revista The Economist, se Peter Drucker inventou a gestão, Warren Bennis inventou a liderança no contexto dos negócios. O fato é que, quando ele começou a estudar o tema, nos anos 1950, tratava-se de algo secundário e, hoje, são os superastros do pensamento gerencial que se dedicam a isso. Warren simplesmente escreveu a bíblia da liderança, Becoming a Leader, de 1989, e outros 30 livros. Foi o pioneiro na distinção entre gestores e líderes, explicando que os primeiros fazem as coisas da maneira certa, enquanto os segundos fazem as coisas certas. 

Também vem de Warren o conceito de que líderes não nascem prontos; são talhados para liderar, incorporando a liderança como um ator incorpora um personagem. Proponente de um novo estilo de liderança que substituísse o “chicote”, combateu ferozmente os desproporcionais salários dos CEOs, seu “curtoprazismo”, a corrupção empresarial. Warren aconselhou grandes líderes políticos, do democrata John Kennedy ao republicano Ronald Reagan, e atuou como mentor de uma infinitude de empresários, entre eles Howard Schultz, da Starbucks. Usava poucas palavras, mas roubava as atenções e causava profundo impacto com elas. Agora, Warren deve estar ao lado de seu amigo Peter. Embora ele priorizasse os líderes e Peter, os seguidores, os dois, grandes humanistas, eram feitos da mesma matéria. Convivi muito com Peter, um pouco menos com Warren, mas este nos deu a honra de estar em nossa primeira ExpoManagement, em Buenos Aires.

![](https://revista-hsm-public.s3.amazonaws.com/uploads/d7aeb2f5-adb4-4569-a06f-5c2b85eb240c.jpeg)

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Finanças
Com soluções como PIX, contas 100% digitais e um ecossistema de open banking avançado, o país lidera na experiência do usuário e na facilidade de transações. Em contrapartida, os EUA se sobressaem em estratégias de fidelização e pagamentos crossborder, mas ainda enfrentam desafios na modernização de processos e interfaces.

Renan Basso

5 min de leitura
Empreendedorismo
Determinação, foco e ambição são três palavras centrais da empresa, que inova constantemente – é isso que devemos fazer em nossas carreiras e negócios

Bruno Padredi

3 min de leitura
Empreendedorismo
Em um ambiente onde o amanhã já parece ultrapassado, o evento celebra a disrupção e a inovação, conectando ideias transformadoras a um público global. Abraçar a mudança e aprender com ela se torna mais do que uma estratégia: é a única forma de prosperar no ritmo acelerado do mercado atual.

Helena Prado

3 min de leitura
Liderança
Este caso reflete a complexidade de equilibrar interesses pessoais e responsabilidades públicas, tema crucial tanto para líderes políticos quanto corporativos. Ações como essa podem influenciar percepções de confiança e coerência, destacando a importância da consistência entre valores e decisões. Líderes eficazes devem criar um legado baseado na transparência e em práticas que inspirem equipes e reforcem a credibilidade institucional.

Marcelo Nobrega

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
Hora de compreender como o viés cognitivo do efeito Dunning-Kruger influencia decisões estratégicas, gestão de talentos e a colaboração no ambiente corporativo.

Athila Machado

5 min de leitura
ESG
A estreia da coluna "Papo Diverso", este espaço que a Talento Incluir terá a partir de hoje na HSM Management, começa com um texto de sua CEO, Carolina Ignarra, neste dia 3/12, em que se trata do "Dia da Pessoa com Deficiência", um marco necessário para continuarmos o enfrentamento das barreiras do capacitismo, que ainda existe cotidianamente em nossa sociedade.

Carolina Ignarra

5 min de leitura
Empreendedorismo
Saiba como transformar escassez em criatividade, ativar o potencial das pessoas e liderar mudanças com agilidade e desapego com 5 hacks práticos que ajudam empresas a inovar e crescer mesmo em tempos de incerteza.

Alexandre Waclawovsky

4 min de leitura
ESG
Para 70% das empresas brasileiras, o maior desafio na comunicação interna é engajar gestores a serem comunicadores dentro das equipes

Nayara Campos

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
A liderança C-Level como pilar estratégico: a importância do desenvolvimento contínuo para o sucesso organizacional e a evolução da empresa.

Valéria Pimenta

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
Um convite para refletir sobre como empresas e líderes podem se adaptar à nova mentalidade da Geração Z, que valoriza propósito, flexibilidade e experiências diversificadas em detrimento de planos de carreira tradicionais, e como isso impacta a cultura corporativa e a gestão do talento.

Valeria Oliveira

6 min de leitura