Inovação
6 min de leitura

Low-code e no-code: as novas engrenagens da inteligência de dados corporativa

Segundo a Gartner, ferramentas low-code e no-code já respondem por 70% das análises de dados corporativos. Entenda como elas estão democratizando a inteligência estratégica e por que sua empresa não pode ficar de fora dessa revolução.

GEP

A GEP é uma empresa global de referência em tecnologia e consultoria para procurement e supply chain. A companhia apoia grandes organizações na transformação de suas operações e gestão de gastos por meio de soluções inovadoras e digitais. Com diversas soluções em plataformas, como a GEP Costdriver, Smart e Quantum, a GEP impulsiona eficiência, inovação e vantagem competitiva nas operações de seus clientes através de soluções digitais práticas.
Gestor da área de Dados e Analytics da GEP Costdrivers

Compartilhar:

A pressão por eficiência e inovação nunca foi tão intensa. Em um cenário onde a informação dita o ritmo dos negócios, a capacidade de analisar dados com agilidade deixou de ser diferencial — é uma questão de sobrevivência estratégica. Nesse contexto, ferramentas low-code e no-code (LCNC) emergem como respostas diretas a desafios clássicos da análise de dados: sistemas fragmentados, baixa qualidade da informação e a escassez de profissionais com domínio técnico.

Gestores de compras, operações, finanças e outras áreas enfrentam um cenário comum: dados incompletos, plataformas obsoletas, dificuldade de integração entre sistemas e uma dependência excessiva da TI. Segundo a Gartner, 95% das organizações admitem lidar com dados dispersos e não padronizados, e 55% enfrentam incompatibilidades entre sistemas legados e soluções modernas. Nesse cenário, ferramentas como Power BI e plataformas LCNC vão além de “ajudar”: elas democratizam o acesso à inteligência de dados e aceleram decisões mais confiáveis e estratégicas.

Mais do que tendência: uma virada estrutural

Low-code e no-code já não são mais apostas para o futuro — são realidades consolidadas. Plataformas com interfaces intuitivas e recursos “drag-and-drop” possibilitam que profissionais não técnicos criem fluxos de trabalho, dashboards e até aplicações robustas com pouca ou nenhuma linha de código.

O impacto? Redução de gargalos operacionais, entregas mais rápidas e mais autonomia para os times de negócio. A própria Gartner projeta que até o final deste ano, mais de 70% das aplicações voltadas à análise de dados serão desenvolvidas por meio dessas plataformas.

Empresas que entendem isso cedo não estão apenas economizando tempo: estão

distribuindo inteligência estratégica por toda a organização.

Democratização e automação da análise de dados

Ferramentas como Power BI, Tableau e Looker Studio estão tornando a análise de dados mais acessível, prática e estratégica. Elas oferecem integração com múltiplas fontes, visualizações interativas e até recursos de análise preditiva — com uma curva de aprendizado surpreendentemente baixa.

Além disso, plataformas como o Power Automate viabilizam a automação de processos antes manuais e morosos, como limpeza e validação de dados. Isso melhora a qualidade da informação desde a origem, elevando o padrão analítico da empresa como um todo.

Automatizar tarefas operacionais libera tempo e potencial criativo das equipes, abrindo espaço para um foco mais claro em resultados e inovação.

Superando silos com integração inteligente

A fragmentação de dados entre departamentos é um dos principais freios à inteligência organizacional. Ferramentas como SAP Build, GEP e Power Platform estão resolvendo esse problema de forma objetiva, conectando sistemas ERP, CRM, supply chain e financeiros com baixo esforço técnico e alta eficiência operacional.

O resultado? Uma visão integrada do negócio, com insights que antes eram invisíveis por falta de comunicação entre sistemas.

A ascensão dos desenvolvedores cidadãos

A verdadeira transformação vem quando profissionais das áreas de negócio passam a resolver seus próprios desafios usando tecnologia. São os chamados desenvolvedores cidadãos — pessoas que, com capacitação adequada, constroem soluções eficazes sem depender da TI para cada passo.

As empresas que apostam nesse modelo não apenas ganham agilidade: elas reduzem custos, promovem engajamento interno e aumentam o senso de pertencimento à jornada digital.

Por onde começar?

Toda transformação exige método. O primeiro passo é entender a maturidade dos dados

da organização. Mapear lacunas de qualidade e estruturar fluxos de validação são pontos-chave para garantir que as ferramentas escolhidas entreguem resultados reais.

É igualmente essencial promover uma cultura de dados. Criar trilhas de capacitação para desenvolvedores cidadãos, definir políticas claras de governança e alinhar os projetos LCNC à estratégia corporativa garantem que essa transformação seja sustentável — e escalável.

Medição de impacto: muito além do ROI

Os desafios existem: segurança, governança, escalabilidade e integração com sistemas legados. Mas são superáveis com planejamento e clareza de objetivos. O impacto da adoção de LCNC deve ser medido com indicadores como:

  • Número de automações criadas fora da TI
  • Tempo médio de entrega de soluções
  • Redução de erros manuais
  • Aumento da cobertura de dados confiáveis
  • Engajamento dos desenvolvedores cidadãos

Esses KPIs vão além do tradicional ROI e refletem ganhos reais de autonomia, velocidade e inovação distribuída.

Dados são a nova moeda — mas só se forem acessíveis

Low-code e no-code não são atalhos: são aceleradores de inteligência corporativa. Em áreas críticas como suprimentos, finanças e operações, essas ferramentas entregam mais que eficiência — promovem conformidade, padronização e capacidade preditiva.

Empresas que adotarem esse modelo agora estarão não apenas resolvendo problemas imediatos, mas se posicionando na liderança de um mercado onde a vantagem competitiva é construída com dados confiáveis — e decisões ágeis.

Compartilhar:

GEP

A GEP é uma empresa global de referência em tecnologia e consultoria para procurement e supply chain. A companhia apoia grandes organizações na transformação de suas operações e gestão de gastos por meio de soluções inovadoras e digitais. Com diversas soluções em plataformas, como a GEP Costdriver, Smart e Quantum, a GEP impulsiona eficiência, inovação e vantagem competitiva nas operações de seus clientes através de soluções digitais práticas.

Artigos relacionados

Gestão de Pessoas
O aprendizado está mudando, e a forma de reconhecer habilidades também! Micro-credenciais, certificados e badges digitais ajudam a validar competências de forma flexível e alinhada às demandas do mercado. Mas qual a diferença entre eles e como podem impulsionar carreiras e instituições de ensino?

Carolina Ferrés

9 min de leitura
Inovação
O papel do design nem sempre recebe o mérito necessário. Há ainda quem pense que se trata de uma área do conhecimento que é complexa em termos estéticos, mas esse pensamento acaba perdendo a riqueza de detalhes que é compreender as capacidades cognoscíveis que nós possuímos.

Rafael Ferrari

8 min de leitura
Inovação
Depois de quatro dias de evento, Rafael Ferrari, colunista e correspondente nos trouxe suas reflexões sobre o evento. O que esperar dos próximos dias?

Rafael Ferrari

12 min de leitura
ESG
Este artigo convida os profissionais a reimaginarem a fofoca — não como um tabu, mas como uma estratégia de comunicação refinada que reflete a necessidade humana fundamental de se conectar, compreender e navegar em paisagens sociais complexas.

Rafael Ferrari

7 min de leitura
ESG
Prever o futuro vai além de dados: pesquisa revela que 42% dos brasileiros veem a diversidade de pensamento como chave para antecipar tendências, enquanto 57% comprovam que equipes plurais são mais produtivas. No SXSW 2025, Rohit Bhargava mostrou que o verdadeiro diferencial competitivo está em combinar tecnologia com o que é 'unicamente humano'.

Dilma Campos

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Para líderes e empreendedores, a mensagem é clara: invista em amplitude, não apenas em profundidade. Cultive a curiosidade, abrace a interdisciplinaridade e esteja sempre pronto para aprender. O futuro não pertence aos que sabem tudo, mas aos que estão dispostos a aprender tudo.

Rafael Ferrari e Marcel Nobre

5 min de leitura
ESG
A missão incessante de Brené Brown para tirar o melhor da vulnerabilidade e empatia humana continua a ecoar por aqueles que tentam entender seu caminho. Dessa vez, vergonha, culpa e narrativas são pontos cruciais para o entendimento de seu pensamento.

Rafael Ferrari

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A palestra de Amy Webb foi um chamado à ação. As tecnologias que moldarão o futuro – sistemas multiagentes, biologia generativa e inteligência viva – estão avançando rapidamente, e precisamos estar atentos para garantir que sejam usadas de forma ética e sustentável. Como Webb destacou, o futuro não é algo que simplesmente acontece; é algo que construímos coletivamente.

Glaucia Guarcello

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O avanço do AI emocional está revolucionando a interação humano-computador, trazendo desafios éticos e de design para cada vez mais intensificar a relação híbrida que veem se criando cotidianamente.

Glaucia Guarcello

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
No SXSW 2025, Meredith Whittaker alertou sobre o crescente controle de dados por grandes empresas e governos. A criptografia é a única proteção real, mas enfrenta desafios diante da vigilância em massa e da pressão por backdoors. Em um mundo onde IA e agentes digitais ampliam a exposição, entender o que está em jogo nunca foi tão urgente.

Marcel Nobre

5 min de leitura