Marketing Business Driven, Comunidades: Marketing Makers, Marketing e vendas

Marketing H2H ou negócios são feitos por pessoas, para pessoas

Eis que Philip Kotler lança, com outros colegas, o livro “Marketing H2H: A Jornada do Marketing Human to Human” e eu me lembro desse tema ser tão especial para mim que falei sobre ele no meu primeiro artigo publicado no Linkedin, em 2018. Mas, o que será que mudou de lá para cá?
Gerente de Produtos de Inovação & Parcerias no Learning Village, hub criado pela HSM e SingularityU Brazil. Master em Marketing e Relações Internacionais. Professora de Design Estratégico da CESAR School, mentora de negócios e startups na Distrito. Líder do Comitê Mundo Digital do Grupo Mulheres do Brasil. Membro do Comitê de Inovação da I2AI (International Association of Artificial Intelligence). Co-autora do Livro TI de Salto. Autora e apresentadora do podcast “Dá pra Inovar?” (@daprainovar no Youtube e Spotify).

Compartilhar:

Do alto dos seus 93 anos, o “pai do Marketing” continua a nos surpreender. Depois de tantos livros sobre os princípios do Marketing desde 1967, e das versões 3.0, 4.0 e 5.0 sobre o assunto, agora é hora de retomar ao tema central de toda a relação humana: indivíduos interagindo com indivíduos, pessoas com pessoas: gerando ideias, trocando dores, criando soluções, desenvolvendo negócios.

Quando ouvi esse termo H2H pela primeira vez, fiquei realmente surpresa com o poder de sua simplicidade, para trazer à tona conceitos tão profundos. Por isso, resolvi contar uma história pessoal que vivi com o [Sr. Carlos](https://www.linkedin.com/pulse/o-que-marketing-e-h2h-human-tem-ver-com-suas-f%25C3%25A9rias-juliana-burza/?trackingId=b2mH0PXtR5qUDvwVj4tbTA%3D%3D), um agente de viagens que foi tão propositivo e empático numa simples viagem para Floripa com meus pais, que me encantei.

Aquele colaborador, certamente, fez toda a diferença para que eu decidisse, ou não, fechar o negócio naquela agência específica. Mesmo porque, naquela época, a experiência online “self-service” para a compra de pacotes ainda não era tão boa e assertiva, então o atendimento pessoal fazia toda a diferença.

Uma vez ouvi que “uma empresa é um CNPJ composto por diversos CPFs” que se relacionam entre si e com o mercado. Isso não poderia ser tão atual quanto nos dias de hoje, onde deliberamos sobre máquinas substituindo humanos e o quanto as habilidades humanas são necessárias, valiosas e (em alguns casos) insubstituíveis.

Pelo menos, até que alguma AI prove o contrário!

Olhando para o consumidor de volta no centro da estratégia, Kotler destaca que “As novas organizações, focadas no marketing H2H, possuem uma clareza tão profunda em sua essência e papel na comunidade que podem adaptar-se continuamente às necessidades de seu ecossistema, mantendo a coerência estratégica e decisória. Esta é a nova forma de se fazer estratégia e de trabalhar o marketing”.

É preciso entender que, além de bolso, o consumidor é coração.

De alguma forma percebemos que o senso de comunidade e pertencimento é muito mais forte do que a entrega ou o produto em si. É importante que as organizações enxerguem seus papeis e o impacto que causam na sociedade e em como se relacionam com seus clientes e com as pautas relevantes a eles.

Para entendermos melhor, é importante saber que o conceito H2H aborda três importantes lacunas, presentes nos livros didáticos tradicionais:

__1) Lógica de serviços:__ Enfatiza que o valor é co-criado entre a empresa e seus stakeholders, tornando o consumidor um agente ativo no processo.

__2) Digitalização:__ Utiliza tecnologias emergentes de conectividade e inteligência artificial para personalizar interações e humanizar o atendimento.

__3) Design thinking:__ Promove uma abordagem flexível, com ênfase em inovações contínuas e iteração de processos.

Aproveitando essas provocações, vou repetir o que disse no texto de 2018: Te convido a só por hoje fazer diferente. Só por hoje, enxergue seu cliente como um amigo.

Pergunte suas dores, entenda seus dilemas, descubra seus sonhos e projetos, mas com um interesse sincero. Você pode se acostumar e vai ver o quanto isso ajuda na negociação. Depois me conte se não foi surpreendente!

E para quem ficou curioso com a história do Sr. Carlos, pode encontrá-la [clicando aqui. ](https://www.linkedin.com/pulse/o-que-marketing-e-h2h-human-tem-ver-com-suas-f%25C3%25A9rias-juliana-burza/?trackingId=b2mH0PXtR5qUDvwVj4tbTA%3D%3D)

Compartilhar:

Gerente de Produtos de Inovação & Parcerias no Learning Village, hub criado pela HSM e SingularityU Brazil. Master em Marketing e Relações Internacionais. Professora de Design Estratégico da CESAR School, mentora de negócios e startups na Distrito. Líder do Comitê Mundo Digital do Grupo Mulheres do Brasil. Membro do Comitê de Inovação da I2AI (International Association of Artificial Intelligence). Co-autora do Livro TI de Salto. Autora e apresentadora do podcast “Dá pra Inovar?” (@daprainovar no Youtube e Spotify).

Artigos relacionados

Inovação e comunidades na presença digital

A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Imaginar como ato de reinvenção  

A pergunta “O que você vai ser quando crescer?” parece ingênua, mas carrega uma armadilha: a ilusão de que há um único futuro esperando por nós. Essa mesma armadilha ronda o setor automotivo. Afinal, que futuros essa indústria, uma das mais maduras do mundo, está disposta a imaginar para si?

Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 de dezembro de 2025
A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Gabriel Andrade - Aluno da Anhembi Morumbi e integrante do LAB Jornalismo e Fernanda Iarossi - Professora da Universidade Anhembi Morumbi e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
2 de dezembro de 2025
Modelos generativos são eficazes apenas quando aplicados a demandas claramente estruturadas.

Diego Nogare - Executive Consultant in AI & ML

4 minutos min de leitura
Estratégia
1º de dezembro de 2025
Em ambientes complexos, planos lineares não bastam. O Estuarine Mapping propõe uma abordagem adaptativa para avaliar a viabilidade de mudanças, substituindo o “wishful thinking” por estratégias ancoradas em energia, tempo e contexto.

Manoel Pimentel - Chief Scientific Officer na The Cynefin Co. Brazil

10 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Liderança
29 de novembro de 2025
Por trás das negociações brilhantes e decisões estratégicas, Suits revela algo essencial: liderança é feita de pessoas - com virtudes, vulnerabilidades e escolhas que moldam não só organizações, mas relações de confiança.

Lilian Cruz - Fundadora da Zero Gravity Thinking

3 minutos min de leitura
Estratégia, Marketing & growth
28 de novembro de 2025
De um caos no trânsito na Filadélfia à consolidação como código cultural no Brasil, a Black Friday evoluiu de liquidação para estratégia, transformando descontos em inteligência de precificação e redefinindo a relação entre consumo, margem e reputação

Alexandre Costa - Fundador do grupo Attitude Pricing (Comunidade Brasileira de Profissionais de Pricing)

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
27 de novembro de 2025
A pergunta “O que você vai ser quando crescer?” parece ingênua, mas carrega uma armadilha: a ilusão de que há um único futuro esperando por nós. Essa mesma armadilha ronda o setor automotivo. Afinal, que futuros essa indústria, uma das mais maduras do mundo, está disposta a imaginar para si?

Marcello Bressan, PhD, futurista, professor e pesquisador do NIX - Laboratório de Design de Narrativas, Imaginação e Experiências do CESAR

4 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Liderança
26 de novembro de 2025
Parar para refletir e agir são forças complementares, não conflitantes

Jose Augusto Moura - CEO da brsa

3 minutos min de leitura
Marketing & growth
25 de novembro de 2025

Rafael Silva - Head de Parcerias e Alianças na Lecom Tecnologia

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, ESG
24 de novembro de 2025
Quando tratado como ferramenta estratégica, o orçamento deixa de ser controle e passa a ser cultura: um instrumento de alinhamento, aprendizado e coerência entre propósito, capital e execução.

Dárcio Zarpellon - Chief Financial Officer na Hypofarma

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
22 de novembro de 2025
Antes dos agentes, antes da IA. A camada do pensamento analógico

Rodrigo Magnano - CEO da RMagnano

5 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança