Uncategorized

Melhores reuniões, melhores decisões

Produtividade e eficiência dos encontros dependem de 3 fatores, segundo a consultoria McKinsey

Compartilhar:

Um levantamento recente da consultoria McKinsey mostra que a maioria dos executivos tem uma percepção negativa sobre a produtividade e a eficiência de reuniões que deveriam servir para a tomada de decisões relevantes para a organização. Talvez esse também seja o seu caso. Por isso, a própria McKinsey propõe que os gestores façam um exercício: abrir a agenda e analisar cada uma das reuniões agendadas para o dia a partir de três questões, detalhadas a seguir. O objetivo é aumentar a velocidade e a qualidade do processo de tomada de decisão, além de contribuir para a compreensão das dinâmicas da organização. 

**NÓS DEVERÍAMOS MESMO FAZER ESSA REUNIÃO?**

Eliminar reuniões desnecessárias é, talvez, o maior benefício que se pode oferecer à produtividade de um executivo. Comece por analisar os encontros recorrentes, pois nesse tipo de evento reside boa parte do risco de pautas úteis se transformarem em discussões improdutivas.

Se você é desses gestores que quase por reflexo aceita os convites para reuniões à medida que aparecem em sua agenda, então é melhor fazer uma pausa nessa prática, recomenda a McKinsey. Seu objetivo deve ser tratar sua capacidade de liderança – um recurso finito – tão a sério quanto sua empresa trata do capital financeiro, igualmente finito. 

Quando reuniões recorrentes se fazem necessárias, confira com outros executivos se eles acham que a frequência dos encontros está correta, por exemplo. Vale também avaliar se a decisão não pode ser tomada de maneira mais adequada por uma única pessoa, lembrando que delegar essa responsabilidade a alguém não significa que ele ou ela não possa, ainda assim, contar com a orientação de outras pessoas.

**DO QUE SE TRATA, AFINAL, ESSA REUNIÃO?**

É natural que as reuniões sejam associadas aos tópicos que fazem parte da pauta. Mas raramente as pessoas vão adiante e se perguntam para que vai servir a reunião – por exemplo, se é para compartilhar informações, para avançar na discussão de algum tema ou, efetivamente, para se tomar uma decisão. 

Muito provavelmente, todos os gestores conseguem se lembrar de um encontro em que as fronteiras entre informar, debater e decidir estavam pouco claras ou, às vezes, nem mesmo existiam. Em alguns casos, também, o propósito da reunião não está bem definido, tornando o evento frustrante ou simplesmente inútil. 

Na hora de definir o objetivo de uma reunião, vale ter em mente alguns parâmetros destacados pela McKinsey, tais como: reuniões voltadas à tomada de decisão contam, naturalmente, com um número menor de pessoas, em geral entre seis e oito participantes. No caso das reuniões em que o objetivo é o debate de algum tema, é fundamental que os participantes estejam previamente preparados para esse tipo de diálogo. Por fim, é importante ter em mente que, embora uma decisão tenha sido tomada, isso não significa que as pessoas estejam comprometidas com ela. Por isso, é importante que a reunião aborde e defina os próximos passos, incluindo o detalhamento da execução, além, é claro, de assegurar que todos estejam engajados. 

**QUAL O PAPEL DE CADA UM NESSA REUNIÃO?**

Tão decisivo quanto o fato de a reunião ter um propósito claramente definido e conhecido por todos os participantes, é saber quem vai tomar as decisões. 

Além disso, de acordo com a McKinsey, é um erro realizar um encontro sem que se tenha pleno conhecimento quanto ao papel de cada um dos participantes e como cada um pode influenciar o resultado final. 

A falta de clareza pode acabar com a produtividade e levar a frustrações quando as decisões envolvem atividades complicadas que vão além das fronteiras organizacionais. 

A consultoria elenca alguns papéis-chave, que, independentemente da nomenclatura, devem necessariamente fazer parte de uma reunião de tomada de decisão:

• Decisor: Esse papel cabe àqueles que podem votar e, portanto, têm a responsabilidade de decidir.

• Conselheiros: Fornecem dados e dão forma às possíveis decisões. Possuem uma voz de destaque, mas não têm direito a voto.

• Recomendadores: Realizam análises, exploram alternativas e esclarecem sobre prós e contras, oferecendo cenários para os conselheiros e para os que tomam as decisões.

• Parceiros de execução: Estão envolvidos na implementação da decisão e, portanto, devem ser informados. É importante ter os parceiros certos na sala de reunião quando a decisão é tomada, de modo que possam fazer as perguntas adequadas e apontar eventuais problemas. 

Há alguém que ninguém quer nas reuniões? Sim, diz a McKinsey: os turistas. Muitos de seus colegas vão querer estar envolvidos, mas se eles não têm um papel a desempenhar no processo de tomada de decisão, não devem participar da reunião. Seja disciplinado, deixe-os de fora e encontre outras maneiras, como os comunicados, para informar os públicos de interesse sobre as decisões.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Inovação & estratégia
22 de novembro de 2025
Antes dos agentes, antes da IA. A camada do pensamento analógico

Rodrigo Magnano - CEO da RMagnano

5 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Cultura organizacional
21 de novembro de 2025
O RH deixou de ser apenas operacional e se tornou estratégico - desmistificar ideias sobre cultura, engajamento e processos é essencial para transformar gestão de pessoas em vantagem competitiva.

Giovanna Gregori Pinto - Executiva de RH e fundadora da People Leap

3 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Liderança
20 de novembro de 2025
Na era da inteligência artificial, a verdadeira transformação digital começa pela cultura: liderar com consciência é o novo imperativo para empresas que querem unir tecnologia, propósito e humanidade.

Valéria Oliveira - Especialista em desenvolvimento de líderes e gestão da cultura

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
19 de novembro de 2025
Construir uma cultura organizacional autêntica é papel estratégico do RH, que deve traduzir propósito em práticas reais, alinhadas à estratégia e vividas no dia a dia por líderes e equipes.

Rennan Vilar - Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
18 de novembro de 2025
Com agilidade, baixo risco e cofinanciamento não reembolsável, a Embrapii transforma desafios tecnológicos em inovação real, conectando empresas à ciência de ponta e impulsionando a nova economia industrial brasileira.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação, Atitude Collab e sócia da Hub89 empresas

4 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de novembro de 2025
A cultura de cocriação só se consolida quando líderes desapegam do comando-controle e constroem ambientes de confiança, autonomia e valorização da experiência - especialmente do talento sênior.

Juliana Ramalho - CEO da Talento Sênior

4 minutos min de leitura
Liderança
14 de novembro de 2025
Como dividir dúvidas, receios e decisões no topo?

Rubens Pimentel - CEO da Trajeto Desenvolvimento Empresarial

2 minutos min de leitura
Sustentabilidade
13 de novembro de 2025
O protagonismo feminino se consolidou no movimento com a Carta das Mulheres para a COP30

Luiza Helena Trajano e Fabiana Peroni

5 min de leitura
ESG, Liderança
13 de novembro de 2025
Saiba o que há em comum entre o desengajamento de 79% da força de trabalho e um evento como a COP30

Viviane Mansi - Conselheira de empresas, mentora e professora

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
12 de novembro de 2025
Modernizar o prazo de validade com o conceito de “best before” é mais do que uma mudança técnica - é um avanço cultural que conecta o Brasil às práticas globais de consumo consciente, combate ao desperdício e construção de uma economia verde.

Lucas Infante - CEO da Food To Save

3 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança