Vale Ocidental

Mitigar a desigualdade de gênero, uma missão coletiva

As mulheres ainda são minoria em muitos mercados, e o de tecnologia é um deles. Muitas organizações, porém, trabalham para equilibrar essa balança

Ellen Kiss

__Ellen Kiss__ é empreendedora e consultora de inovação especializada em design thinking e transformação digital,...

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Diversidade de gênero na liderança corporativa continua a ser um tópico recorrente. Em muitos casos, o Vale do Silício e a indústria de tecnologia são o centro das investigações, por serem exemplos e pelo impacto que as empresas daqui provocam nas demais indústrias. Além disso, a baixa representatividade e a desvalorização da mulher nos ambientes de trabalho são críticos, especialmente na área de tecnologia.

Apesar de representarem globalmente quase a metade da força de trabalho (46,7%), as mulheres ocupam apenas 21% dos empregos em computação. A diferença de gêneros é ainda maior nos níveis hierárquicos mais altos. Dos CEOs das 150 maiores empresas do Vale do Silício, apenas 4,7% são mulheres, exemplificando quão raro é uma mulher se tornar CEO nos Estados Unidos.

Uma pesquisa recente, cujo foco era a diversidade de gênero no Vale do Silício, indica que o tamanho da empresa é um dos fatores mais importantes para a diversidade. Quanto maior a empresa, mais diversificada é sua liderança. Uma das razões é o esforço concentrado existente nessas empresas para ajudar as mulheres a progredir em suas carreiras e a prosperar em um mundo de tecnologia dominado por homens.

Desde 2014, ao abrir os números de sua força de trabalho, empresas como Google e Apple reconheceram o problema e se comprometeram publicamente a aumentar o número das mulheres e das minorias, investindo recursos e criando uma série de programas internos, como um treinamento de vieses inconscientes para toda a liderança.

Além dos esforços internos das empresas, e das iniciativas nacionais e estaduais na Califórnia, existem várias organizações dedicadas a aumentar a diversidade de gênero em tecnologia no Vale do Silício.

Trago neste artigo algumas delas, na esperança de que possam provocar, inspirar e impulsionar uma nova geração de mulheres que tenha a ambição de trabalhar com tecnologia, no Brasil ou no mundo.

__ChIPs:__ organização sem fins lucrativos que “promove e conecta mulheres em tecnologia, lei e política” e busca “acelerar a inovação por meio de diversidade de pensamento, participação e engajamento”.

__Leading Women in Technology:__ organização sem fins lucrativos que tem a missão de “empoderar mulheres a aumentar suas redes, seu conhecimento e suas habilidades de liderança para maior impacto profissional e pessoal”.

__All Raise:__ organização sem fins lucrativos que trabalha com “todos os membros do ecossistema de startups de tecnologia, incluindo empreendedores, parceiros e aliados” com foco em “conectar iniciativas com resultados para envolver mais mulheres e minorias na fundação e no financiamento de empresas”.

__Watermark:__ a “maior organização de mulheres da Bay Area, representando centenas de executivos seniores, empreendedores e executivos”.

__Astia Silicon Valley:__ organização sem fins lucrativos “dedicada a identificar e promover os melhores empreendimentos de rápido crescimento que incluem mulheres na liderança”.

__Instituto Anita Borg para Mulheres e Tecnologia:__ organização sem fins lucrativos que vislumbra “um futuro em que as pessoas que imaginam e constroem tecnologia espelhem as pessoas e sociedades para as quais a constroem”.

__Women 2.0:__ “uma empresa focada em gênero, diversidade e inclusão nos espaços de tecnologia e startups” por meio de “conteúdo, programação, produtos e serviços”.

A campanha __Lean In de Sheryl Sandberg__: organização sem fins lucrativos cuja missão é “ajudar as mulheres a alcançar suas ambições e trabalhar para criar um mundo igualitário”.

__The Club:__ “uma comunidade diversificada de profissionais inspiradores que ajudam mulheres a acelerar suas jornadas de liderança”.

__Thrive-WiSE:__ fundada por um grupo de mulheres engenheiras do Vale, a fim de “apoiar e reter mulheres engenheiras e técnicas para que possam prosperar e se destacar em suas carreiras”.

__Girls Who Code:__ foi fundada com uma única missão: “romper com a diferença de gênero na tecnologia”.

__pyladies:__ comunidade mundial que foi trazida ao Brasil com o propósito de instigar mais mulheres a entrarem na área tecnológica e programarem na linguagem Python.

E mais:

[All Raise](https://www.allraise.org/)

[Watermark](https://www.wearewatermark.org/)

[Astia Silicon Valley](https://www.astia.org/)

[Instituto Anita Borg para Mulheres e Tecnologia](https://anitab.org/)

[Women 2.0](https://women2.com/)

[Lean In de Sheryl Sandberg](https://leanin.org/)

[The Club](https://theclubsv.org/)

[Thrive-WiSE](https://www.thrive-wise.org/)

[Girls Who Code](https://girlswhocode.com/)

[PyLadies](https://brasil.pyladies.com/)

Se você, que está lendo este artigo, é uma mulher considerando uma carreira em tecnologia, uma profissional experiente desta ou de outra indústria, ou mesmo um homem trabalhando em qualquer segmento de mercado, saiba que todos compartilhamos o desafio de criar um ambiente de trabalho igualitário e seguro e temos um papel importante nessa missão de mitigar as desigualdades de gênero. Só assim transformaremos o mundo em um lugar melhor.

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