A fase de readaptação após a pandemia do novo coronavírus dá aos líderes uma possibilidade real de fortalecer as conexões com os colaboradores. Reconhecer e abordar emoções como pesar, perda e ansiedade no local de trabalho é uma chance de acolher e, ao mesmo tempo, reconstruir a saúde organizacional. O resultado oferece uma oportunidade histórica para se implantar um modo próprio da empresa de lidar com assuntos de saúde mental no trabalho, algo que vinha sendo muito falado, mas pouco implementado no ambiente corporativo.
Nesse sentido, os pesquisadores David Honigmann, Ana Mendy e Joe Spratt dão dicas práticas para abordar o assunto nesse momento:
– Converse regularmente com os colaboradores para saber em que situação eles se encontram. Concentre-se na prontidão psicológica e procure identificar preocupações práticas. Saiba quem quer voltar o mais rápido possível e quem precisará de mais tempo para se sentir confortável – por estar em grupos de alto risco, por precisar de ajuda com os filhos ou por qualquer outro motivo. As diferenças precisarão ser tratadas com sensibilidade.
– Crie processos transparentes de planejamento de retorno. Indique quem está trabalhando no plano, como ele está sendo pensado e quando serão feitos os anúncios. Deixe claro o que você está pensando sobre as fases e quem voltará em que momento. Sempre que possível, limite a incerteza: o que você sabe que definitivamente está acontecendo, o que definitivamente não está acontecendo e quando você espera obter respostas mais firmes?
– Ofereça informações sobre os aspectos práticos. Quão difícil é chegar ao local de trabalho? O que mudou em termos de transporte público? Como será voltar à empresa? Pode ser uma combinação de materiais escritos e vídeos.
– Solicite feedback de todas as partes interessadas de forma recorrente. Algumas empresas criaram forças-tarefa para processar os feedbacks; outras estabeleceram diálogos recorrentes com os funcionários.
– Deixe claro a quem as pessoas devem recorrer em caso de dúvidas.