Desenvolvimento pessoal

Muita conversa no pós-pandemia

Pesquisadores da McKinsey & Company dão dicas práticas para ajudar a reforçar a confiança na volta ao trabalho

Compartilhar:

A fase de readaptação após a pandemia do novo coronavírus dá aos líderes uma possibilidade real de fortalecer as conexões com os colaboradores. Reconhecer e abordar emoções como pesar, perda e ansiedade no local de trabalho é uma chance de acolher e, ao mesmo tempo, reconstruir a saúde organizacional. O resultado oferece uma oportunidade histórica para se implantar um modo próprio da empresa de lidar com assuntos de saúde mental no trabalho, algo que vinha sendo muito falado, mas pouco implementado no ambiente corporativo.
Nesse sentido, os pesquisadores David Honigmann, Ana Mendy e Joe Spratt dão dicas práticas para abordar o assunto nesse momento:

– Converse regularmente com os colaboradores para saber em que situação eles se encontram. Concentre-se na prontidão psicológica e procure identificar preocupações práticas. Saiba quem quer voltar o mais rápido possível e quem precisará de mais tempo para se sentir confortável – por estar em grupos de alto risco, por precisar de ajuda com os filhos ou por qualquer outro motivo. As diferenças precisarão ser tratadas com sensibilidade.
– Crie processos transparentes de planejamento de retorno. Indique quem está trabalhando no plano, como ele está sendo pensado e quando serão feitos os anúncios. Deixe claro o que você está pensando sobre as fases e quem voltará em que momento. Sempre que possível, limite a incerteza: o que você sabe que definitivamente está acontecendo, o que definitivamente não está acontecendo e quando você espera obter respostas mais firmes?
– Ofereça informações sobre os aspectos práticos. Quão difícil é chegar ao local de trabalho? O que mudou em termos de transporte público? Como será voltar à empresa? Pode ser uma combinação de materiais escritos e vídeos.
– Solicite feedback de todas as partes interessadas de forma recorrente. Algumas empresas criaram forças-tarefa para processar os feedbacks; outras estabeleceram diálogos recorrentes com os funcionários.
– Deixe claro a quem as pessoas devem recorrer em caso de dúvidas.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

Saúde psicossocial é inclusão

Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

ESG
Compreenda como a parceria entre Livelo e Specialisterne está transformando o ambiente corporativo pela inovação e inclusão

Marcelo Vitoriano

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O anúncio do Majorana 1, chip da Microsoft que promete resolver um dos maiores desafios do setor – a estabilidade dos qubits –, pode marcar o início de uma nova era. Se bem-sucedido, esse avanço pode destravar aplicações transformadoras em segurança digital, descoberta de medicamentos e otimização industrial. Mas será que estamos realmente próximos da disrupção ou a computação quântica seguirá sendo uma promessa distante?

Leandro Mattos

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Entenda como a ReRe, ao investigar dados sobre resíduos sólidos e circularidade, enfrenta obstáculos diários no uso sustentável de IA, por isso está apostando em abordagens contraintuitivas e na validação rigorosa de hipóteses. A Inteligência Artificial promete transformar setores inteiros, mas sua aplicação em países em desenvolvimento enfrenta desafios estruturais profundos.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
Liderança
As tendências de liderança para 2025 exigem adaptação, inovação e um olhar humano. Em um cenário de transformação acelerada, líderes precisam equilibrar tecnologia e pessoas, promovendo colaboração, inclusão e resiliência para construir o futuro.

Maria Augusta Orofino

4 min de leitura
Finanças
Programas como Finep, Embrapii e a Plataforma Inovação para a Indústria demonstram como a captação de recursos não apenas viabiliza projetos, mas também estimula a colaboração interinstitucional, reduz riscos e fortalece o ecossistema de inovação. Esse modelo de cocriação, aliado ao suporte financeiro, acelera a transformação de ideias em soluções aplicáveis, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.

Eline Casasola

4 min de leitura
Empreendedorismo
No mundo corporativo, insistir em abordagens tradicionais pode ser como buscar manualmente uma agulha no palheiro — ineficiente e lento. Mas e se, em vez de procurar, queimássemos o palheiro? Empresas como Slack e IBM mostraram que inovação exige romper com estruturas ultrapassadas e abraçar mudanças radicais.

Lilian Cruz

5 min de leitura
ESG
Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade

Cris Sabbag

6 min de leitura
ESG
No mundo corporativo, onde a transparência é imperativa, a Washingmania expõe a desconexão entre discurso e prática. Ser autêntico não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para líderes que desejam prosperar e construir confiança real.

Marcelo Murilo

8 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo onde as empresas têm mais ferramentas do que nunca para inovar, por que parecem tão frágeis diante da mudança? A resposta pode estar na desconexão entre estratégia, gestão, cultura e inovação — um erro que custa bilhões e mina a capacidade crítica das organizações

Átila Persici

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A ascensão da DeepSeek desafia a supremacia dos modelos ocidentais de inteligência artificial, mas seu avanço não representa um triunfo da democratização tecnológica. Embora promova acessibilidade, a IA chinesa segue alinhada aos interesses estratégicos do governo de Pequim, ampliando o debate sobre viés e controle da informação. No cenário global, a disputa entre gigantes como OpenAI, Google e agora a DeepSeek não se trata de ética ou inclusão, mas sim de hegemonia tecnológica. Sem uma governança global eficaz, a IA continuará sendo um instrumento de poder nas mãos de poucos.

Carine Roos

5 min de leitura