Diversidade

Mulheres nos conselhos de administração: qual é a parte que te falta?

Grandes empresas devem ter mínimo de 30% de assentos femininos
Elisa Rosenthal é a diretora presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário. LinkedIn Top Voices, TEDx Speaker, produz e apresenta o podcast Vieses Femininos. Autora de Proprietárias: A ascensão da liderança feminina no setor imobiliário.

Compartilhar:

Na União Europeia, a representatividade feminina nos conselhos de administração de companhias listadas em bolsa vai deixar de ser apenas sinal de boas práticas. Vai passar a ser lei.

O Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a um acordo para criar a legislação que impõe metas de equilíbrio de gênero para as empresas de capital aberto do bloco. Em conselhos com funções executivas, o mínimo será de 33%. Em ambos os casos, o prazo de adequação às metas é 2026. O texto prevê ainda que, em colegiados sem função executiva, o percentual mínimo de mulheres deve ser de 40% dos assentos.

No mesmo mês em que o bloco europeu avança mais um passo em direção à equidade em cargos de liderança, o Instituto Mulheres do Imobiliário firmou seu compromisso com o “30% Club”, uma campanha global liderada por presidentes e CEOs que atuam de forma voluntária para aumentar a diversidade de gênero nos níveis de diretoria e gerência sênior.

O “30% Club Chapter Brazil” foi lançado oficialmente em 2019. Desde então, serve para “influenciar a promoção do equilíbrio de gênero nos conselhos das 100 maiores companhias de capital aberto listadas na B3”, afirma a presidente da iniciativa no Brasil, Anna Guimarães.

Alguns setores já possuem 30% de conselheiras, com destaque para varejo e telecomunicações. Outros, menos preparados, estão se preparando para a mudança, como é o caso do imobiliário.

Guimarães indica que os fundadores de uma companhia que deseja abrir seu capital devem dar atenção à composição do seu conselho de administração. Afinal, é ele que irá governar a organização dali em diante.

Como a tendência europeia pode impactar quem ainda não se preparou para a mudança? Fique atento à parte que lhe falta e busque chegar, no mínimo, a 30%.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura
Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura
ESG
Um ano depois e a chuva escancara desigualdades e nossa relação com o futuro

Anna Luísa Beserra

6 min de leitura
Empreendedorismo
Liderar na era digital: como a ousadia, a IA e a visão além do status quo estão redefinindo o sucesso empresarial

Bruno Padredi

5 min de leitura
Liderança
Conheça os 4 pilares de uma gestão eficaz propostos pelo Vice-Presidente da BossaBox

João Zanocelo

6 min de leitura
Inovação
Eventos não morreram, mas 78% dos participantes já rejeitam formatos ultrapassados. O OASIS Connection chega como antídoto: um laboratório vivo onde IA, wellness e conexões reais recriam o futuro dos negócios

Vanessa Chiarelli Schabbel

5 min de leitura