Uncategorized

Mulheres que lideram

Ana Fontes e Junia Nogueira de Sá, empreendedoras e delegadas brasileiras no W20/G20, falam sobre os desafios da equidade de gêneros no Brasil e no mundo

Compartilhar:

Como pede toda grande estreia, o eXtraCast, podcast da revista HSM eXtra, chega com uma temática relevante e entrevistadas superespecialistas no assunto. Além de terem vivenciado os desafios de liderar em setores predominantemente masculinos, tanto Ana Fontes, hoje CEO da Rede Mulher Empreendedora, quanto Junia Nogueira de Sá, sócia-fundadora da Oito, consultoria de comunicação estratégica, há anos se dedicam ao tema da equidade de gênero. Não à toa, representam o Brasil no W20, grupo do G20 que debate e propõe soluções para temas que vão desde a violência doméstica até políticas públicas para incentivar o ingresso de mulheres nas carreiras chamadas de STEM – sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática. 

A conversa, que fluiu em um grupo de WhatsApp criado especificamente para essa ação, foi transformada em podcast. Confira trechos a seguir e, para ouvir o conteúdo completo, utilize o QR Code no fim da página. 

**Ana Fontes**

“As empresas até já despertaram para essa temática, entretanto a grande maioria ainda encara o ‘preciso estar’ como ‘preciso mostrar que eu estou’. Então investem em propaganda para falar que é amiga da mulher, que tem diversidade. 

E isso, efetivamente, não é algo que muda. Transformação de verdade são poucas as que estão fazendo.”

**Junia Nogueira de Sá**

“Sim, há mais mulheres em cargos de liderança. Mas também existem estudos do Banco Mundial que mostram que essa curva vem desacelerando. Continua subindo, mas numa velocidade menor. E, como disse Sheryl Sandberg, CEO do Facebook, em um artigo, é preciso ter cuidado com o fenômeno ‘já está bom assim’, que ela descreve como sendo aquele momento em que a empresa coloca uma mulher na diretoria e pensa ‘já está bom assim’. Ter mais mulheres nos centros de decisão é inevitável, mas precisamos tomar muito cuidado com essa questão que eu chamo de ‘cota’ – você preenche aquela cota mínima e ‘já está bom assim’. Portanto, a situação melhora, mas a gente tem que estar sempre de olho nos números e indicadores, acompanhando muito de perto o que vem realmente acontecendo.”

Compartilhar:

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura
Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura
ESG
Um ano depois e a chuva escancara desigualdades e nossa relação com o futuro

Anna Luísa Beserra

6 min de leitura
Empreendedorismo
Liderar na era digital: como a ousadia, a IA e a visão além do status quo estão redefinindo o sucesso empresarial

Bruno Padredi

5 min de leitura
Liderança
Conheça os 4 pilares de uma gestão eficaz propostos pelo Vice-Presidente da BossaBox

João Zanocelo

6 min de leitura
Inovação
Eventos não morreram, mas 78% dos participantes já rejeitam formatos ultrapassados. O OASIS Connection chega como antídoto: um laboratório vivo onde IA, wellness e conexões reais recriam o futuro dos negócios

Vanessa Chiarelli Schabbel

5 min de leitura