Healing leadership

Nasce e cresce a segunda jornada ESG

A trajetória do autoconhecimento, a visão holística do ser e até mesmo a palavra “consciência” vem tomando novas proporções no ambiente corporativo

Daniela Garcia

Daniela Garcia é CEO do Instituto Capitalismo Consciente, entusiasta do terceiro setor e dos negócios...

Compartilhar:

A palavra “consciência” vem tomando novas proporções no ambiente corporativo. E é sobre isso que precisamos falar mais. Se empresas são pessoas, pensar em autoconhecimento é pensar no futuro dos negócios.

Tanto quanto parâmetros de sustentabilidade vem aumentando ano a ano para garantir que consigamos atingir nossas metas, a régua da autoconsciência vem subindo na mesma medida, e exigindo que repensemos a nós mesmos a cada dia. Numa linha do tempo básica, conseguimos juntar quatro temas que se conversam: inteligência emocional, inteligência espiritual, IDGs e Teoria Integral. Todas juntas refletem uma boa parte do que andamos procurando nos últimos tempos, e todas colaboram para que a liderança possa seguir a sua jornada de ampliação de consciência.

O que vale hoje é o todo, a interconexão, o estado de plenitude. Não, isso não está fora do ambiente de trabalho. Está cada vez mais dentro e interconectado. Lembra? Negócios são pessoas.

A teoria integral de Ken Wilber é uma estrutura conceitual que reconhece a complexidade da experiência humana. Ela sugere que uma compreensão completa do nosso desenvolvimento deve levar em consideração quatro quadrantes interligados: interior individual, exterior individual, interior coletivo e exterior coletivo. Isso significa que, para alcançar um estado mais completo e saudável de ser, devemos abordar não apenas o aspecto individual, mas também considerar o contexto social, cultural e espiritual em que estamos inseridos.

Já os IDGs, ou objetivos de desenvolvimento interno, são habilidades que precisamos desenvolver para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Os IDGs estão organizados em cinco pilares: ser, pensar, relacionar, colaborar e agir, e nos impulsionam ao autoconhecimento destacando a importância de medir o progresso global não apenas em termos econômicos, mas em resultados pessoais positivos.

A inteligência emocional trouxe à luz a ideia de que a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar nossas emoções é fundamental. O autodesenvolvimento requer uma atenção especial e consciente das emoções, não apenas em termos individuais, mas também em nossas interações com os outros e com o ambiente. Já a inteligência espiritual não está necessariamente ligada à religião, mas à exploração da conexão entre o indivíduo e o significado mais profundo da vida.

Finalmente, a busca pela consciência, propagada por meio da meditação ou outras práticas, é outra dimensão vital. Ao cultivá-la, expandimos a capacidade de observar pensamentos, emoções e padrões de comportamento sem julgamento. Isso nos permite responder de forma mais consciente, em vez de reagir de maneira impulsiva.

Artigo publicado na HSM Management nº 159.

A abordagem integrada reconhece a interconexão desses aspectos, resultando em uma compreensão mais profunda de si mesmo. É essencial cultivar essas dimensões ter uma vida plena e saudável e ser uma liderança orientada para o impacto positivo.

Compartilhar:

Artigos relacionados

O novo sucesso que os RHs não estão percebendo

As novas gerações estão redefinindo o conceito de sucesso no trabalho, priorizando propósito, bem-estar e flexibilidade, enquanto muitas empresas ainda lutam para se adaptar a essa mudança cultural profunda.

Quem pode mais: o que as eleições têm a nos dizer? 

Exercer a democracia cada vez mais se trata também de se impor na limitação de ideias que não façam sentido para um estado democrático por direito. Precisamos ser mais críticos e tomar cuidado com aquilo que buscamos para nos representar.