Marketing e vendas

Nem só de gestão de dados vive o marketing

Os defensores do data-driven deveriam ficar alertas quanto à potencial cegueira pelos dados; intuição e criatividade precisam ser valorizadas tanto quanto
Neil Patel é considerado um dos principais influenciadores da web pelo The Wall Street Journal e integrou a lista dos 100 melhores empreendedores do ex-presidente Barack Obama antes de completar 30 anos. Rafael Mayrink é CEO da NP Digital no Brasil, atua há 20 anos na área de marketing e comunicação.

Compartilhar:

Hoje em dia nos vangloriamos por tomarmos decisões baseadas em dados. Isso, por si só, não é ruim. Mas fato é que estamos nos tornando excessivamente dependentes de números e gráficos no marketing. Neste mundo maluco, onde cada clique, cada visualização e cada interação são minuciosamente rastreados e interpretados, parece que já virou um dogma o fato de que essa área deve ser inteiramente data-driven.

Mas…. e se eu te dissesse que essa obsessão por dados está nos cegando para o verdadeiro coração do marketing? Muitos profissionais estão se perdendo na floresta densa da razão de gráficos e números. A ponto de sufocar sua intuição e sua criatividade.

Estamos esquecendo daquela máxima: “Nem tudo que é mensurável importa, e nem tudo que importa é mensurável”. Dispensa explicações, certo? E tem outra máxima: “Muitas vezes os dados olham para trás e não para frente”. Realmente. No tal mundo maluco onde tudo muda muito rápido, confiar demais em dados históricos pode nos deixar cegos para as inovações disruptivas que podem mudar a história do nosso negócio.

O verdadeiro insight vem quando percebemos que o marketing, em sua essência, é tanto uma arte quanto uma ciência. É sobre contar histórias, trazer emoções que só a sua marca pode evocar e criar conexões intangíveis com o seu cliente. Os dados podem até nos dizer o que aconteceu, mas não necessariamente vão nos dizer o porquê.

Eles não capturam a magia de um anúncio bem elaborado; não medem a satisfação de uma pessoa que tinha um problema e, encontrando sua marca no Google, conseguiu resolvê-lo! Você, profissional de marketing, precisa reconhecer que sua intuição, experiência e criatividade são tão valiosas quanto qualquer conjunto de dados.

Mas, se isso convence você e não necessariamente os acionistas, o que fazer? No dia que você conseguir convencer alguém apenas com argumentos intangíveis e criativos, me conte como fez, porque eu nunca consegui! Então aí é a hora de lançar mão dos dados. Busque mapear o lead e todas as ações que ele tem na jornada de compra.

Mostre para sua liderança, por exemplo, que aquele determinado lead comprou o seu produto, mas que meses antes ele consumiu muitos conteúdos que você divulgou para ele que não estavam necessariamente ligados a aspectos racionais da sua marca ou produto.

Precisamos ser lembrados: muitas vezes na vida – muitas mesmo –, quem manda é o coração e não a razão.

Compartilhar:

Neil Patel é considerado um dos principais influenciadores da web pelo The Wall Street Journal e integrou a lista dos 100 melhores empreendedores do ex-presidente Barack Obama antes de completar 30 anos. Rafael Mayrink é CEO da NP Digital no Brasil, atua há 20 anos na área de marketing e comunicação.

Artigos relacionados

Mercado de RevOps desponta e se destaca com crescimento acima da média 

O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Uso de PDI tem sido negligenciado nas companhias

Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Regulamentação da IA: Como empresas podem conciliar responsabilidades éticas e inovação? 

A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Governança estratégica: a gestão de riscos psicossociais integrada à performance corporativa

A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Transformação Digital
A preocupação com o RH atual é crescente e fizemos questão de questionar alguns pontos viscerais existentes que Ricardo Maravalhas, CEO da DPOnet, trouxe com clareza e paciência.

HSM Management

Uncategorized
A saúde mental da mulher brasileira enfrenta desafios complexos, exacerbados por sobrecarga de responsabilidades, desigualdade de gênero e falta de apoio, exigindo ações urgentes para promover equilíbrio e bem-estar.

Letícia de Oliveira Alves e Ana Paula Moura Rodrigues

ESG
A crescente frequência de desastres naturais destaca a importância crucial de uma gestão hídrica urbana eficaz, com as "cidades-esponja" emergindo como soluções inovadoras para enfrentar os desafios climáticos globais e promover a resiliência urbana.

Guilherme Hoppe

Gestão de Pessoas
Como podemos entender e praticar o verdadeiro networking para nos beneficiar!

Galo Lopez

Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança
Na coluna deste mês, Alexandre Waclawovsky explora o impacto das lideranças autoritárias e como os colaboradores estão percebendo seu próprio impacto no trabalho.

Alexandre Waclawovsky

Marketing Business Driven, Comunidades: Marketing Makers, Marketing e vendas
Eis que Philip Kotler lança, com outros colegas, o livro “Marketing H2H: A Jornada do Marketing Human to Human” e eu me lembro desse tema ser tão especial para mim que falei sobre ele no meu primeiro artigo publicado no Linkedin, em 2018. Mas, o que será que mudou de lá para cá?

Juliana Burza

Transformação Digital, ESG
A inteligência artificial (IA) está no centro de uma das maiores revoluções tecnológicas da nossa era, transformando indústrias e redefinindo modelos de negócios. No entanto, é crucial perguntar: a sua estratégia de IA é um movimento desesperado para agradar o mercado ou uma abordagem estruturada, com métricas claras e foco em resultados concretos?

Marcelo Murilo

Liderança, times e cultura, Cultura organizacional
Com a informação se tornando uma commoditie crucial, as organizações que não adotarem uma cultura data-driven, que utiliza dados para orientar decisões e estratégias, vão ficar pelo caminho. Entenda estratégias que podem te ajudar neste processo!

Felipe Mello

Gestão de Pessoas
Conheça o framework SHIFT pela consultora da HSM, Carol Olinda.

Carol Olinda

Melhores para o Brasil 2022
Entenda como você pode criar pontes para o futuro pós-pandemia, nos Highlights de uma conversa entre Marina gorbis, do iftf, e Martha gabriel

Martha Gabriel e Marina Gorbis