Uncategorized

Nº 1: o colapso da revolução industrial e a transição

Use inteligência artificial e crie agentes inteligentes para projetar cenários estratégicos de sua empresa no ano que entra. Esta anotação saiu de nove agentes
Cientista-chefe do C.E.S.A.R, presidente do conselho de administração do Porto Digital e professor-titular de engenharia de software da Universidade Federal de Pernambuco.

Compartilhar:

Está é a primeira de minhas 24 anotações para 2024, fruto de trocas com agentes inteligentes e mais os meus próprios insights e leituras, de especialistas como Klaus Schwab, Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee. Diz respeito ao declínio iminente da Revolução Industrial, exacerbado pela rápida evolução do espaço figital, fusão sinérgica das dimensões física, digital e social, que juntas constituem o espaço competitivo global.

Essa transição é marcante e será impulsionada, em grande medida, pelo contínuo avanço das tecnologias digitais que, ao se integrarem com o domínio físico, deslocam estruturas industriais hereditárias, inaugurando assim uma nova era econômica ancorada no conhecimento e na informação. A essência do novo paradigma repousa na valorização substancial dos ativos intangíveis (como informação, conhecimento e inovação), que agora eclipsam os ativos físicos tradicionais.

A metamorfose em direção a uma economia de conhecimento e informação desencadeia uma série de desafios e oportunidades tanto para indivíduos quanto para organizações e sociedades. Por exemplo, demanda uma requalificação abrangente da força de trabalho para equipar os indivíduos com as habilidades necessárias para navegar no intricado terreno da economia do conhecimento. A formulação de políticas inovadoras que facilitam a transição do emprego e mitigam adversidades é uma exigência premente.

Partindo disso, pedi a nove agentes inteligentes que falassem sobre os impactos desse movimento de colapso e transição sobre sua área de conhecimento. Os primeiros testes ficara mais superficiais. Mas as conversas com Alice e Ari já mostraram como isso é promissor e evoluirá rápido. Vejamos:

__Bianca (1. Planejamento Urbano), Luana (2. Comércio Exterior), Paulo (3. Pedagogia), Sara (4. Desenvolvimento Sustentável), Lucas (5. Psicologia Organizacional), Marco (7. Bioquímica) e Igor (8. Marketing Digital)__ deram respostas similares com pequenas variações. “O impacto é significativo em minha área”, disseram todos – e, de fato, o é. O maior uso de tecnologias digitais vai requerer adaptações em estruturas e modos de operação, e exigir também inovação, o que levará à requalificação da força de trabalho. Desafios como desigualdade e desemprego estrutural precisam ser endereçados, alertou a maioria; políticas inclusivas foram citadas como um modo de fazer isso.

E especificamente? Quais os efeitos do colapso da era industrial e da transição à era do conhecimento para quem atua em comércio exterior, por exemplo? “Sinto o tecido da economia global se transformando”, disse Luana. Paulo, pedagogo, reforçou a necessidade de políticas educacionais inovadoras para mitigar a desigualdade crescente, o que abre oportunidades em sua área de conhecimento. Lucas, de psicologia organizacional, afirmou que temas como bem-estar no trabalho, gestão de mudanças, desenvolvimento de competências e ética nos negócios ganham proeminência nesse cenário.

Mas nos chamaram a atenção mesmo os agentes inteligentes Ari e Alice, ambos com doutorado e mais treino:

__6. Ari (ciências Políticas).__ Cinco efeitos foram apontados por Ari, com citações a fontes como Thomas Piketty. Um foi o impacto sobre governança e políticas públicas, haverá a necessidade de reformular políticas que apoiem a economia do conhecimento; elas devem não apenas fomentar a inovação, como também abordar questões de inclusão e equidade, evitando a concentração de poder e recursos. Isso pode envolver o desenvolvimento de políticas de educação para a requalificação da força de trabalho, bem como regulamentações que garantam uma distribuição equitativa dos benefícios da digitalização.

Ele abordou ainda impactos na dinâmica do poder entre as nações; na democracia e participação cívica; na segurança e na ética; e na desigualdade social e econômica.

__9. Alice (Psicologia do Consumidor).__ Ela definiu o momento como um novo território fértil para investigação e prática, uma vez que consumidor já não olha só para produtos tangíveis; ele está cada vez mais envolvido em experiências, personalização e interações significativas com as marcas. Então, ela desceu a detalhes em seis campos: comportamento do usuário e experiência dgital (“plataformas se tornam cenários principais para as interações com consumidor”), personalização e privacidade, desigualdades socioeconômicas, requalificação e novos paradigmas de emprego, narrativas de marca e consumo consciente.

No último caso, o que Alice ponderou foi que, “à medida que os consumidores ficarem mais bem informados, as narrativas com elementos como sustentabilidade e ética vão ganhar maior relevância”.

Entrevistando uma IA

Há quatro formatos de entrevistas:

One-on-One: os usuários podem fazer perguntas diretas a um agente específico, recebendo respostas personalizadas.

Questionário Q&A: os usuários enviam um documento e fazem perguntas específicas sobre o conteúdo, recebendo respostas elucidativas dos agentes.

Em Focus Group: aqui, os usuários podem instigar um debate entre os agentes do squad.AI, fornecendo, se desejado, documentos adicionais para contextualizar a discussão.

Na plataforma: os agentes também estão integrados à plataforma da TDS, a strateegia.digital, na qual participam ativamente de debates, respondem a questões e comentam as contribuições de humanos e de outros agentes.

Artigo publicado na HSM Management nº 160.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Cultura organizacional, Empreendedorismo
A ilusão da disponibilidade: como a pressão por respostas imediatas e a sensação de conexão contínua prejudicam a produtividade e o bem-estar nas equipes, além de minar a inovação nas organizações modernas.

Dorly

6 min de leitura
ESG
No texto deste mês do colunista Djalma Scartezini, o COO da Egalite escreve sobre os desafios profundos, tanto à saúde mental quanto à produtividade no trabalho, que a dor crônica proporciona. Destacando que empresas e gestores precisam adotar políticas de inclusão que levem em conta as limitações físicas e os altos custos associados ao tratamento, garantindo uma verdadeira equidade no ambiente corporativo.

Djalma Scartezini

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A adoção de políticas de compliance que integram diretrizes claras de inclusão e equidade racial é fundamental para garantir práticas empresariais que vão além do discurso, criando um ambiente corporativo verdadeiramente inclusivo, transparente e em conformidade com a legislação vigente.

Beatriz da Silveira

4 min de leitura
Inovação, Empreendedorismo
Linhas de financiamento para inovação podem ser uma ferramenta essencial para impulsionar o crescimento das empresas sem comprometer sua saúde financeira, especialmente quando associadas a projetos que trazem eficiência, competitividade e pioneirismo ao setor

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Estratégia
Este texto é uma aula de Alan Souza, afinal, é preciso construir espaços saudáveis e que sejam possíveis para que a transformação ocorra. Aproveite a leitura!

Alan Souza

4 min de leitura
Liderança
como as virtudes de criatividade e eficiência, adaptabilidade e determinação, além da autorresponsabilidade, sensibilidade, generosidade e vulnerabilidade podem coexistir em um líder?

Lilian Cruz

4 min de leitura
Gestão de Pessoas, Liderança
As novas gerações estão redefinindo o conceito de sucesso no trabalho, priorizando propósito, bem-estar e flexibilidade, enquanto muitas empresas ainda lutam para se adaptar a essa mudança cultural profunda.

Daniel Campos Neto

4 min de leitura
ESG, Empreendedorismo
31/07/2024
O que as empresas podem fazer pelo meio ambiente e para colocar a sustentabilidade no centro da estratégia

Paula Nigro

3 min de leitura
ESG
Exercer a democracia cada vez mais se trata também de se impor na limitação de ideias que não façam sentido para um estado democrático por direito. Precisamos ser mais críticos e tomar cuidado com aquilo que buscamos para nos representar.
3 min de leitura