Tecnologia e inovação, Diversidade

O equilíbrio no metaverso

A experiência plurisensorial proposta por Zuckerberg nos leva a refletir sobre o equilíbrio entre a vida pessoal, profissional e familiar
Elisa Rosenthal é a diretora presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário. LinkedIn Top Voices, TEDx Speaker, produz e apresenta o podcast Vieses Femininos. Autora de Proprietárias: A ascensão da liderança feminina no setor imobiliário.

Compartilhar:

No último mês você deve ter acrescentado uma nova palavra a seu vocabulário ou, pelo menos, deveria. A mudança de nome da maior plataforma social do mundo despertou-nos para um melhor entendimento sobre o [metaverso](https://mitsloanreview.com.br/post/a-ascensao-do-metaverso-e-dos-nfts).

“Meta”, que vem do grego e significa algo como “além”, é o novo nome do Facebook e gerou diversos “memes”, desde os mais eróticos aos que brincam com as metas (alvos) que tanto nos desafiam no universo corporativo.

A provocação que faço é sobre o tema que venho abordando em meus artigos para este espaço na __HSM Management__ acerca do equilíbrio entre as energias feminina e masculina nos negócios.

Esta é uma pauta que inclui essencialmente o equilíbrio entre vida pessoal, profissional e familiar e o malabarismo que fazemos – especialmente nós mulheres – para dar conta de tudo.

Lendo mais sobre o que o [metaverso](https://mitsloanreview.com.br/post/metaverso-e-um-mundo-maravilhoso-mas-ainda-distante) idealizado por Zuckerberg pretende oferecer, entendemos tratar-se de uma experiência plurisensorial, com interações por meio de realidades virtuais e aumentadas, camadas de interações e presença virtual representada por meio de avatares cada vez mais “humanizados” (se é que isto é possível).

O termo “metaverso” foi cunhado pela primeira vez no livro de ficção científica “Snow Crash”, escrito por Neal Stephenson em 1992, onde dois entregadores de pizza viajam pelo metaverso para se salvar de uma distopia capitalista. (fonte: Exame )

## Metaverso, multiversos e universos paralelos

O debate sobre a não unicidade do Universo é pauta na física antes mesmo da década de 40, com a descoberta do “anti-elétron” de Paul Dirac, com a i[nterpretação dos muitos mundos](https://pt.wikipedia.org/wiki/Interpreta%C3%A7%C3%A3o_de_muitos_mundos) de Hugh Everett e com teorias que desafiam nossa compreensão, como a [das Cordas, de Brian Greene](https://www.ted.com/talks/brian_greene_making_sense_of_string_theory/transcript?language=pt-br).

É sabido que a tecnologia é um reflexo do mundo no qual vivemos e, com a possibilidade de vivermos em muitos mundos simultaneamente (isto ainda é tão complexo de entender!), como fica a nossa capacidade de gestão do tempo e espaço?

O físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser, ganhador do prêmio Templeton, criado para “servir como um catalisador filantrópico para descobertas relacionadas às questões mais profundas que a humanidade enfrenta”, questionou em artigo para a Folha de S. Paulo (26-06-2011): “em um multiverso infinito, como ter uma probabilidade que justifique nossa existência?”.

À medida que a pluralidade de realidades se torna parte do nosso cotidiano, aumenta a complexidade de nos posicionarmos em cada uma destas “camadas” e retornarmos ao ponto de partida, incluindo nossos propósitos individuais, imprimindo novos desafios à gestão do tempo e de nossas habilidades.

Saber administrar a pluralidade de espaços, nossas emoções e “metas” permanece como um grande desafio desta nova realidade, ou melhor, novas realidades, incluindo, as paralelas.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Tecnologias exponenciais
Entenda como a ReRe, ao investigar dados sobre resíduos sólidos e circularidade, enfrenta obstáculos diários no uso sustentável de IA, por isso está apostando em abordagens contraintuitivas e na validação rigorosa de hipóteses. A Inteligência Artificial promete transformar setores inteiros, mas sua aplicação em países em desenvolvimento enfrenta desafios estruturais profundos.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
Liderança
As tendências de liderança para 2025 exigem adaptação, inovação e um olhar humano. Em um cenário de transformação acelerada, líderes precisam equilibrar tecnologia e pessoas, promovendo colaboração, inclusão e resiliência para construir o futuro.

Maria Augusta Orofino

4 min de leitura
Finanças
Programas como Finep, Embrapii e a Plataforma Inovação para a Indústria demonstram como a captação de recursos não apenas viabiliza projetos, mas também estimula a colaboração interinstitucional, reduz riscos e fortalece o ecossistema de inovação. Esse modelo de cocriação, aliado ao suporte financeiro, acelera a transformação de ideias em soluções aplicáveis, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.

Eline Casasola

4 min de leitura
Empreendedorismo
No mundo corporativo, insistir em abordagens tradicionais pode ser como buscar manualmente uma agulha no palheiro — ineficiente e lento. Mas e se, em vez de procurar, queimássemos o palheiro? Empresas como Slack e IBM mostraram que inovação exige romper com estruturas ultrapassadas e abraçar mudanças radicais.

Lilian Cruz

5 min de leitura
ESG
Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade

Cris Sabbag

6 min de leitura
ESG
No mundo corporativo, onde a transparência é imperativa, a Washingmania expõe a desconexão entre discurso e prática. Ser autêntico não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para líderes que desejam prosperar e construir confiança real.

Marcelo Murilo

8 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo onde as empresas têm mais ferramentas do que nunca para inovar, por que parecem tão frágeis diante da mudança? A resposta pode estar na desconexão entre estratégia, gestão, cultura e inovação — um erro que custa bilhões e mina a capacidade crítica das organizações

Átila Persici

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A ascensão da DeepSeek desafia a supremacia dos modelos ocidentais de inteligência artificial, mas seu avanço não representa um triunfo da democratização tecnológica. Embora promova acessibilidade, a IA chinesa segue alinhada aos interesses estratégicos do governo de Pequim, ampliando o debate sobre viés e controle da informação. No cenário global, a disputa entre gigantes como OpenAI, Google e agora a DeepSeek não se trata de ética ou inclusão, mas sim de hegemonia tecnológica. Sem uma governança global eficaz, a IA continuará sendo um instrumento de poder nas mãos de poucos.

Carine Roos

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A revolução da Inteligência Artificial está remodelando o mercado de trabalho, impulsionando a necessidade de upskilling e reskilling como estratégias essenciais para a competitividade profissional. Empresas como a SAP já investem pesadamente na requalificação de talentos, enquanto pesquisas indicam que a maioria dos trabalhadores enxerga a IA como uma aliada, não uma ameaça.

Daniel Campos Neto

6 min de leitura
Marketing
Empresas que compreendem essa transformação colhem benefícios significativos, pois os consumidores valorizam tanto a experiência quanto os produtos e serviços oferecidos. A Inteligência Artificial (IA) e a automação desempenham um papel fundamental nesse processo, permitindo a resolução ágil de demandas repetitivas por meio de chatbots e assistentes virtuais, enquanto profissionais se concentram em interações mais complexas e empáticas.

Gustavo Nascimento

4 min de leitura