ESG
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O esforço e determinação na luta para persistir com a diversidade

Atualmente, 2,5% dos colaboradores da Pernambucanas se autodeclaram pessoas trans e 100% dos colaboradores trans da varejista disseram que se sentem seguros para ser quem são dentro da empresa.
Nivaldo Tomasio, Gerente de Visual Merchandising da Pernambucanas e Líder do Grupo de Afinidade “Sim eu Sou”.

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No Brasil, os desafios enfrentados por pessoas trans no mercado de trabalho ainda são expressivos. Dados do Datafolha (maio/24), indicam que 15,5 milhões de brasileiros pertencem à comunidade LGBTQIAPN+, representando cerca de 7% da população. No entanto, um levantamento realizado em quase 300 empresas, abrangendo 1,5 milhão de trabalhadores, revelou que apenas 4,5% dos postos de trabalho são ocupados pela comunidade LGBTQIAPN+. Ao considerar apenas as pessoas trans, o grupo representa apenas 0,38% do quadro de colaboradores. 

No dia 29 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Para contribuir com a transformação dessa realidade, a Pernambucanas demonstrou que promove um ambiente corporativo que prioriza o respeito, a diversidade, a inclusão e o pertencimento.

Atualmente, 16,7% dos colaboradores fazem parte do público LGBTQIAPN+, com 15% dos líderes fazem parte do grupo LGBTQIAPN+. Além disso, 2,5% (cerca de 300 pessoas), se autodeclaram pessoas trans ou não binários. Os dados são do Censo de Diversidade – pesquisa interna realizada pela Pernambucanas, de forma anônima, com o objetivo de entender o perfil do time e acelerar, cada vez mais, o desenvolvimento e a carreira desse público.

De acordo com o levantamento, 100% dos colaboradores trans da varejista disseram que se sentem seguros para ser quem são dentro da empresa. Além disso, 90% do público LGBTQIAPN+ mencionaram se sentirem confortáveis para serem quem são dentro da empresa e 91% desse mesmo grupo destacaram que consideram a empresa livre de discriminação.


Compromisso contínuo

A companhia tem buscado, constantemente, adotar iniciativas que fortaleçam o impacto positivo para o planeta, para as pessoas e para o negócio. Para isso, possui um Comitê Estratégico de Sustentabilidade que conta com a participação de membros da diretoria e do Conselho de Administração, cujo objetivo é viabilizar as oportunidades de avanço em iniciativas que envolvem diversidade, inclusão, equidade e pertencimento e dar celeridade às decisões. Além disso, a empresa conta com o Grupo de Afinidade “Sim, Eu Sou”, composto por colaboradores de diversas áreas, que tem a missão de debater o tema e propor melhorias à comunidade LGBTQIAPN+ dentro e fora da Pernambucanas. 

A equidade, diversidade e inclusão nas empresas é uma importante ferramenta de transformação em nossa sociedade, mas não basta obter representatividade dentro dos muros da organização. Acredito que o primeiro passo é compreender as necessidades dos grupos minorizados, praticar efetivamente a inclusão e implantar iniciativas que ultrapassem os muros.

Para contribuir com a conscientização sobre a importância do respeito às diferentes identidades sexuais, de gênero e orientações afetivas, a varejista promove, constantemente, rodas de conversa, lives e ações educativas aos colaboradores. Em 2024, por exemplo, convidou pessoas trans, referências em suas áreas de atuação, para dividirem histórias, os desafios sobre o mercado de trabalho e inspirar a todos sobre a adoção de práticas mais inclusivas.

Na operação, mais de 100 lojas da marca já possuem banheiros unissex como forma de democratizar, cada vez mais, o respeito entre as pessoas. Outra importante iniciativa é possibilitar que o colaborador utilize o pronome e o nome social no crachá, na rede social interna e em outros ambientes administrativos, independentemente de possuir o documento oficial atualizado. 

A empresa entende que o processo de transição de gênero necessita de apoio e é também papel das organizações desenvolverem ações nesse sentido. Na Pernambucanas, as iniciativas vão desde o esclarecimento de dúvidas sobre o registro civil do nome social, adaptação da rotina de trabalho presencial durante o processo de transição, orientações educativas a líderes e equipe para recebimento do colaborador após transição, entre outras.

Este texto é uma síntese de diversas ações que foram feitas e com diversas pessoas que se propuseram a continuar este trabalho fantástico que é continuar a criar ambientes inclusivos. Inclusive, ouvimos quem foi afetado por isso.

“Moro há 3 meses em um centro de acolhimento a pessoas trans. Minha vida não é fácil, mas quando estou aqui é como se eu esquecesse das dificuldades. Hoje eu me sinto acolhida trabalhando na empresa. Meus líderes observam meu trabalho, não o meu gênero, e isso faz muita diferença”, conta a colaboradora da loja da Consolação, Ramona Vitória Ferraz Zanetti.

Além dela, Terra Duraes dos Santos, colaboradora da mesma loja, reforça o ambiente empático e respeitoso. “Este é o meu primeiro emprego desde que eu me entendi como uma pessoa trans. Vejo que aqui as pessoas têm empatia e se dedicam a querer aprender sobre a melhor forma de nos apoiar. Na loja, a maioria do time faz parte do público LGBTQIAPN+ e isso me dá ainda mais tranquilidade para eu ser como sou. Por exemplo, tenho liberdade e incentivo a me maquiar da maneira como eu me sinto bem e isso é tratado com tranquilidade por aqui”.

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