Na última década, a expressão “inovação” se tornou obrigatória no ambiente corporativo. Desde então, empresas investiram pesado em novas tecnologias e ferramentas, buscando otimizar processos e criar produtos disruptivos. No entanto, muitas vezes elas negligenciaram um aspecto fundamental: a gestão de pessoas.
Mesmo investindo em tecnologia de ponta, essas organizações mantêm uma cultura de controle e microgerenciamento. Essa inconsistência cria um ambiente desmotivador, que sufoca a autonomia e a criatividade dos colaboradores.
Por isso, quando falamos em gestão ambidestra, é fundamental focar também no papel das lideranças na implementação dessa transformação cultural. Afinal, é a [liderança ambidestra](https://www.mariaaugusta.com.br/liderancas-ambidestras/) que poderá aliar ferramentas e processos com o elemento mais importante para a inovação: as pessoas.
# O que é gestão ambidestra?
A gestão ambidestra é uma abordagem de negócios que busca o equilíbrio entre a eficiência operacional e a inovação. Essa estratégia entende que, para crescer no mercado de hoje, as empresas precisam ser capazes de navegar em duas frentes: uma que incentiva a criatividade e experimenta novos modelos; e outra que otimiza os processos já existentes e maximiza a eficiência da operação.
Porém, a ambidestria não delega a inovação a um único time ou departamento. Em vez disso, ela permeia toda a organização, criando um ambiente propício à experimentação e à aprendizagem. Essa mudança exige um esforço contínuo, liderado por indivíduos que compreendam e assumam os desafios dessa nova era.
# Características da liderança ambidestra
Para implementar uma gestão ambidestra, é preciso investir fortemente em lideranças qualificadas, que estejam dispostas a abrir mão do controle e incentivar times autônomos.
Só assim é possível criar o ambiente com a criatividade e a experimentação necessárias para a inovação. Além disso, algumas outras habilidades são fundamentais:
__● Abertura à mudança:__ É essencial que as lideranças ambidestras sejam receptivas a novas ideias e formas de fazer as coisas trazidas por seus liderados.
__● Tolerância ao risco:__ Lideranças ambidestras criam um ambiente que permite o aprendizado com falhas, sem punir os erros. Só assim é possível investir em experimentação e inovação.
__● Empoderamento das equipes:__ A autorresponsabilidade é um dos pilares da gestão ambidestra. Por isso, bons líderes delegam responsabilidades e confiam na capacidade dos colaboradores para tomar decisões.
__● Diversidade:__ A diversidade de pensamentos, experiências e perspectivas é essencial para a inovação. Por isso, lideranças ambidestras promovem a inclusão e valorizam as diferenças.
__● Decisões baseadas em dados:__ O uso da tecnologia pode ser um importante aliado para permitir decisões assertivas e acompanhar o desempenho da equipe, sem depender de microgerenciamento.
# Implementando a gestão ambidestra
Para implementar a gestão ambidestra de forma eficaz, é importante comunicar de maneira clara a visão e os objetivos da área a todos os profissionais, garantindo que todos estejam alinhados e engajados com o propósito da organização.
Além disso, investir em treinamento e desenvolvimento dos colaboradores é fundamental para capacitá-los a assumir novas responsabilidades e tomar decisões embasadas em dados.
Por fim, é imprescindível que a gestão ambidestra esteja alinhada com a estratégia mais ampla da empresa, garantindo que todas as iniciativas estejam direcionadas para os mesmos objetivos.
De forma geral, podemos dizer que a liderança ambidestra não é uma fórmula mágica, mas sim uma jornada que transforma a cultura organizacional. Ao abraçar essa nova forma de liderar, as empresas podem se preparar para os desafios do futuro e prosperar em um mundo em constante mudança.
Porém, é importante reforçar que o sucesso depende da participação de todos os colaboradores. Não se trata de um processo que acontece apenas entre as lideranças ou só na base. É necessário que toda a equipe colabore e incorpore essa mentalidade.
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