Uncategorized

O que falta nas lideranças para transformação digital

As lideranças que fazem diferença no processo de transformação digital devem colocar mais fichas na experiência do cliente do que na tecnologia em si
CEO da Amrop INNITI, Board Member, Lifelong Learner, Anticarreirista

Compartilhar:

“Preciso de alguém para nos ajudar na nossa transformação digital.” Essa foi uma das frases que mais ouvimos nos últimos dois ou três anos.

Todas as lideranças que se prezam estão olhando para isso. Algumas mais avançadas, outras ainda engatinhando.

Mas quem deve ser protagonista desse movimento? CTOs, CIOs, CDOs (spoiler: não contrate um CDO, a não ser que queira um PMO de luxo), CRHOs, CEOs?

Nenhuma das anteriores. O protagonista deve ser… o CLIENTE.

Óbvio, não? Infelizmente não… Vemos muita gente esquecendo de colocar o cliente no centro desta transformação. Depositando todas as suas fichas na tecnologia em si, sem pensar em qual problema ela vai solucionar.

Se o cliente é o protagonista, a liderança “da porta para dentro” deve ser da área de negócios. De quem está (ou deveria estar) ouvindo o mercado e se antecipando às necessidades dele (com uso de tecnologia – obviamente), que deve puxar as transformações na sua organização. Este é o pilar central de qualquer transformação digital.

## Mas, e meu ou minha CIO ou CTO?

Opa… essa pessoa é fundamental neste processo. É quem faz a dupla dinâmica com a área de negócio.

Alguém que além de estar mais do que atualizado tecnologicamente, deve entender do seu negócio também.

CTOs e CIOs “tiradores de pedido” atrapalham o seu negócio. Você precisa de líderes que entendam o impacto que você quer gerar no seu produto, serviço, atendimento etc. E que, a partir daí e junto com quem está na ponta, procure e implemente a melhor solução tecnológica para a tua demanda de negócio. Insistimos: a tecnologia, por si só, não resolve nada.

Com estes dois pilares bem preenchidos, você precisa então olhar para aquilo que dá liga a tudo isso: a cultura e a dinâmica organizacional.

Transformação digital não existe sem transformação cultural. Não queira lutar contra este fato.

Sua empresa precisa estar aberta a SER digital.

Essencialmente, você precisa que toda a sua organização se adapte a isso. Toda a sua organização precisa ter o novo mindset. Em português, e em maiúsculas: Novo Estado Mental. Toda a empresa precisa colocar o cliente no centro.

Isto significa revisitar como as coisas são mensuradas, como a comunicação se dá, como as pessoas são medidas, como os erros são tolerados (ou incentivados), como se aprende, como se ensina e como se lidera (recomendamos saber mais sobre liderança adaptativa, do Ronald Heifetz).

Fomentar isso é papel de toda a liderança, e o fiel da balança é o seu RH. Se você tem RH business partners, desenvolva-os (ou substitua) por um RH business player!

—–
**Artigo escrito em colaboração com [Paulo Aziz Nader](https://www.linkedin.com/in/paulonader/ “Linkedin de Paulo Aziz Nader”), sócio da Amrop Inniti*

Compartilhar:

Artigos relacionados

Economia climática: o clima no centro da estratégia

As mudanças climáticas colocaram o planeta no centro das decisões estratégicas. Liderar nessa nova era exige visão, inovação e coragem para transformar desafios ambientais em oportunidades
de crescimento e vantagem competitiva.

Gestão de Pessoas

Manoel Pimentel

4 min de leitura
ESG
As mudanças climáticas colocaram o planeta no centro das decisões estratégicas. Liderar nessa nova era exige visão, inovação e coragem para transformar desafios ambientais em oportunidades de crescimento e vantagem competitiva.

Marcelo Murilo

9 min de leitura
Gestão de Pessoas
Um convite para refletir sobre como o Brasil pode superar barreiras internas, abraçar sua identidade cultural e se posicionar como protagonista no cenário global

Angelina Bejgrowicz

11 min de leitura
Uncategorized
A redução da jornada para 36 horas semanais vai além do bem-estar: promove saúde mental, equidade de gênero e inclusão no trabalho. Dados mostram como essa mudança beneficia especialmente mulheres negras, aliviando a sobrecarga de tarefas e ampliando oportunidades. Combinada a modelos híbridos, fortalece a produtividade e a retenção de talentos.

Carine Roos

4 min de leitura
Inovação
Hábitos culturais e volume de usuários dão protagonismo ao Brasil na evolução de serviços financeiros por aplicativos de mensageria

Rodrigo Battella

0 min de leitura
Uncategorized
Este modelo que nasceu da necessidade na pandemia agora impulsiona o engajamento, reduz custos e redefine a gestão. Para líderes, o desafio é alinhar flexibilidade, cultura organizacional e performance em um mercado cada vez mais dinâmico.

Ana Fontes

4 min de leitura