Dossiê HSM

O que nos espera em 2050

Há 25 anos, HSM Management vem acompanhando a transformação do espírito do tempo. Em uma coleção de dez artigos, futuristas e líderes empresariais criam um panorama do que as organizações devem esperar até 2050

Compartilhar:

Uma pergunta instiga __HSM Management__ ao longo dos últimos 25 anos: o que separa empresas vencedoras e duradouras daquelas que dão errado? A resposta é longa, com muitas nuances. Uma delas, certamente, é “uma liderança com o hábito de olhar para o futuro”. Algo que ficou mais nítido com a covid-19, segundo os próprios gestores, e separou as empresas que conseguiram resistir à disrupção sanitária daquelas que enfrentaram (e ainda enfrentam) extrema dificuldade.

Quem havia feito exercícios de cenários antes conseguiu “improvisar” melhor; quem fez exercícios de cenários constantes durante esse período pôde tomar decisões melhores e se adaptar mais facilmente aos acontecimentos. A visão de longo alcance permitiu a esse líder ter mais controle emocional para navegar a tormenta e obter maior produtividade da equipe no percurso.

Agora, o que faz com que algumas pessoas de negócios tenham mais facilidade de olhar para o futuro do que outras? Para muitas, trata-se de uma característica intrínseca do futuro: ele não poder ser medido. “O que não se mede não se gerencia”, nos ensinou W.E. Deming, uma tônica ainda presente no meio empresarial, que faz com que poucos integrantes desse grupo se sintam confortáveis para falar do que ainda não aconteceu. Para estes, é imperativo apresentar cases, algo que __HSM Management__ se orgulha de ter apresentado nos últimos 25 anos. Porém a pandemia mostrou que nem sempre os cases são suficientes. E as transformações esperadas para os próximos 25 anos não encontram paralelo no passado.

Para que as lideranças possam estar em sintonia com o que pode vir a ocorrer nos próximos 25 anos, este dossiê faz um grande estudo de cenários, a partir da visão de estudiosos sobre futuros e de empreendedores e executivos reconhecidos pelo hábito de pensar no longo prazo. Esperamos, assim, inspirar nossos leitores a criar seus caminhos e suas previsões sobre o amanhã.

## Como dividimos este dossiê
Nas próximas páginas, você encontra uma narrativa sobre o futuro até 2050, formada por dez artigos independentes, divididos em cinco grandes temas: macrotendências; trabalho e carreira; economia e sociedade; tecnologia; e Brasil. Cada um deles conta com dois olhares que se complementam: o de um futurista e o de uma liderança do mundo dos negócios. Juntos, eles criam uma sinergia de ideias, com conceitos e práticas para as organizações (e suas lideranças) criarem os cases dos próximos 25 anos.

Luís Rasquilha, CEO da Inova TrendsInnovation Ecosystem, aborda as grandes forças e tendências que moldarão os próximos 25 anos, com a aproximação do momento da singularidade tecnológica como pano de fundo. Em contraponto, Ricardo Neves, CEO da NTTData, reforça a importância de as organizações terem um forte senso de propósito corporativo para sobreviver às mudanças.

Rosa Alegria, pioneira do futurismo no Brasil e representante do Projeto Millennium, leva os leitores a uma viagem pelo tempo, apresentando as possíveis transformações no futuro do trabalho até 2050. E, no âmbito das organizações, Luiz Valente, CEO do Talenses Group, faz um alerta: cada vez mais as pessoas escolherão seus trabalhos pela conexão a propósito e causas.

Jacques Barcia, pesquisador do Institute for the Future, apresenta duas histórias possíveis de ser contadas e que afetam economia e sociedade: uma de colapso e outra de transformação, dependendo das escolhas que serão feitas, principalmente com relação ao meio ambiente. Tais quais os modelos de investimento associados à agenda social tratados por Carolina da Costa, sócia da Mauá Investimentos, e Marcelo Orticelli, diretor do Insper e do Instituto Unibanco, em seu artigo.

Colaboração é uma das 25 boas práticas destacadas por Lala Deheinzelin, futurista criadora da Fluxonomia 4D, que podem ser adotadas pelas organizações para vencer este momento ainda mais acentuado de transição de eras. E também é fundamental para superar o desafio da segurança alimentar em um mundo com quase 10 bilhões de pessoas em 2030, como pontua Fabricio Bloisi, CEO do iFood.

Imaginar futuro é quase sinônimo de tecnologias disruptivas, que foram mostradas por Ligia Zotini, fundadora da Voicers. Ela vai além: traz a importância do avanço das tecnologias humanas em paralelo ao da inteligência artificial. O fator humano também é destacado por Ricardo Garrido, diretor da loja de vendedores parceiros da Amazon Brasil, que diz que o cliente é quem aponta o caminho do futuro.

Por fim, assumimos aqui um compromisso. Na edição de 50 anos, faremos um balanço entre o projetado e o que aconteceu e veremos quantos cases conseguimos antecipar neste especial.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Mercado de RevOps desponta e se destaca com crescimento acima da média 

O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Uso de PDI tem sido negligenciado nas companhias

Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Regulamentação da IA: Como empresas podem conciliar responsabilidades éticas e inovação? 

A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Governança estratégica: a gestão de riscos psicossociais integrada à performance corporativa

A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Transformação Digital
A preocupação com o RH atual é crescente e fizemos questão de questionar alguns pontos viscerais existentes que Ricardo Maravalhas, CEO da DPOnet, trouxe com clareza e paciência.

HSM Management

Uncategorized
A saúde mental da mulher brasileira enfrenta desafios complexos, exacerbados por sobrecarga de responsabilidades, desigualdade de gênero e falta de apoio, exigindo ações urgentes para promover equilíbrio e bem-estar.

Letícia de Oliveira Alves e Ana Paula Moura Rodrigues

ESG
A crescente frequência de desastres naturais destaca a importância crucial de uma gestão hídrica urbana eficaz, com as "cidades-esponja" emergindo como soluções inovadoras para enfrentar os desafios climáticos globais e promover a resiliência urbana.

Guilherme Hoppe

Gestão de Pessoas
Como podemos entender e praticar o verdadeiro networking para nos beneficiar!

Galo Lopez

Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança
Na coluna deste mês, Alexandre Waclawovsky explora o impacto das lideranças autoritárias e como os colaboradores estão percebendo seu próprio impacto no trabalho.

Alexandre Waclawovsky

Marketing Business Driven, Comunidades: Marketing Makers, Marketing e vendas
Eis que Philip Kotler lança, com outros colegas, o livro “Marketing H2H: A Jornada do Marketing Human to Human” e eu me lembro desse tema ser tão especial para mim que falei sobre ele no meu primeiro artigo publicado no Linkedin, em 2018. Mas, o que será que mudou de lá para cá?

Juliana Burza

Transformação Digital, ESG
A inteligência artificial (IA) está no centro de uma das maiores revoluções tecnológicas da nossa era, transformando indústrias e redefinindo modelos de negócios. No entanto, é crucial perguntar: a sua estratégia de IA é um movimento desesperado para agradar o mercado ou uma abordagem estruturada, com métricas claras e foco em resultados concretos?

Marcelo Murilo

Liderança, times e cultura, Cultura organizacional
Com a informação se tornando uma commoditie crucial, as organizações que não adotarem uma cultura data-driven, que utiliza dados para orientar decisões e estratégias, vão ficar pelo caminho. Entenda estratégias que podem te ajudar neste processo!

Felipe Mello

Gestão de Pessoas
Conheça o framework SHIFT pela consultora da HSM, Carol Olinda.

Carol Olinda

Melhores para o Brasil 2022
Entenda como você pode criar pontes para o futuro pós-pandemia, nos Highlights de uma conversa entre Marina gorbis, do iftf, e Martha gabriel

Martha Gabriel e Marina Gorbis