Editorial
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O setor de tecnologia cresceu exponencialmente

Toda empresa é uma empresa de tecnologia, seja qual for a atividade que exerce, assim como todo profissional. A 158ª da HSM Managament se debruça nessas novas fronteiras das organizações

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Até pouco tempo atrás – e muitos acreditam nisso ainda –, empresas de tecnologia eram aquelas que vendiam produtos e serviços de tecnologia. Hoje, muito de repente, o conceito mudou: empresas de tecnologia são aquelas que, para seu sucesso, fazem uso intensivo de tecnologia, seja qual for a atividade que exercerem, desde plantar verduras e legumes até fabricar cimento, passando pela venda de roupas e por serviços educacionais.

As empresas de tecnologia estão aumentando seu uso de tecnologia de maneira exponencial e, por causa dessas tecnologias, vêm mudando todo o seu pensamento de linear para exponencial. (Abro parênteses aqui para lembrar que o berço do conceito “exponencial” é a Singularity University, fundada por Peter Diamandis e Ray Kurzweil, com a qual a HSM, como parceira oficial para a América Latina, divide a SingularityU Brazil.)

Então, o *Relatório Setorial 2022* da Brasscom, no macrossetor de TIC – que soma TIC, TI in-house e telecom –, está por definição subestimando o negócio da tecnologia. Ele aponta uma movimentação de R$ 653,7 bilhões em 2022 no Brasil e mais de 2 milhões de empregos (6,1% a mais que em 2021), mas isso é pouco em relação ao que essa nova visão sugere.

O entendimento de que muitos de nós também estamos no negócio da tecnologia tem uma série de implicações, das quais a mais imediata é a seguinte: tornamo-nos quase todos, de uma maneira ou de outra, profissionais de tecnologia. Eu, por exemplo, posso não saber escrever códigos, mas tenho que considerar dados e algoritmos nas decisões que tomo como gestor, pois tecnologia mexe ponteiros no business HSM.

Assim sendo, chegou a hora de __HSM Management__ dedicar um Dossiê inteiro a essas novas fronteiras das nossas organizações – e um Dossiê especial, com o dobro do tamanho usual. Contamos com os especialistas da Singularity University Alexandre Nascimento e Ricardo Cavallini explicando, respectivamente, como a inteligência artificial (re)molda a gestão e quais os casos de uso da impressão 3D, mas vamos muito além, discutindo os novos formatos das áreas de pesquisa e desenvolvimento (ou de inovação, se você preferir), o uso que a Vale faz da inteligência artificial, os novos perfis profissionais e, claro, o que fazer com a escassez de talentos especialistas e generalistas para atuar nas novas empresas de tecnologia. Falta uma formação e um letramento em escala, e não nos furtamos a falar desses temas e potenciais soluções aqui. Chamo a atenção em especial para o artigo sobre como questionar dados – todo gestor deveria obrigatoriamente ler.

Esta edição tem outros conteúdos muito ricos, como o que enfatiza a relação entre o setor de franquias e a sigla ESG, que, em inglês, designa as responsabilidades ambientais, sociais e de governança corporativas. Ou como o artigo sobre startup cities – sim, talvez esse seja o passo anterior às smart cities. Ou como o que propõe que a solução para todos os gargalos das cadeias de fornecimento é, justamente, lidar com os gargalos, por meio da famosa teoria das restrições. É o filho do proponente da teoria, Rami Goldratt, que o escreve para nós, com exclusividade. (Se tivesse nascido no Brasil, estou certo de que se chamaria “teoria dos gargalos” – risos.) Enfim, faço o alerta de aprendizado riquíssimo nas próximas páginas.

Artigo publicado na HSM Management nº 158.

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