Thomas Friedman é um dos palestrantes da nossa HSM Expo 2016. O homem que, anos atrás, avisou aos gestores empresariais que a tecnologia e a globalização deixaram o mundo plano garante que nos fará olhar para o planeta de uma forma totalmente nova mais uma vez.
Seu novo livro, Thank You for Being Late, pode ser descrito como um guia para o presente e para o futuro, com oportunidades sem fim para salvarmos ou destruirmos nossa civilização, e tem um título estranho – ele agradece quando seus amigos se atrasam para algum encontro e pode fazer uma pausa para pensar.
Quero me apropriar da gratidão de Friedman para dizer que, toda vez que você lê uma revista como esta ou vai a um evento como a HSM Expo, também faz uma pausa para analisar as possibilidades e perigos em pauta. As três maiores forças que, segundo Friedman, influenciam nossos destinos atualmente – a tecnologia, o mercado global e a natureza em crise – são continuamente discutidas tanto em nossas páginas como em nossos palcos, e sempre com a tentativa de entender seus desdobramentos sobre a gestão e os negócios.
Agradeça aos que se atrasam, como agradece Friedman, portanto, e faça pausas para ler esta revista e pensar nas possibilidades e nos perigos. Nosso Dossiê fala do desafio de executar estratégias nos dias de hoje, com o reframing dos problemas e as soluções inovadoras sendo oferecidos por especialistas como Ram Charan e Claudio Galeazzi e pelos mais experientes CEOs. Reavalie o que você anda fazendo com seus talentos, a tecnologia, as inovações e o supply chain, e logo as possibilidades pularão na sua frente.
O mesmo acontecerá, talvez, quando você chegar à matéria da Tesla, a inovadora montadora de Elon Musk e J.B. Straubel, que agora vem subverter o modo de comprarmos carros (aliás, o Model S vem aí em 2017 e o Straubel vem aqui – na HSM).
Igual efeito terá a reportagem sobre a era das plataformas cognitivas em que estamos entrando, agora mais acentuadamente, já que o Brasil ganhou acesso ao supercomputador Watson, da IBM. A Under Armour, de Kevin Plank, tema de outra reportagem, é um exemplo de empresa que vem competindo com base em uma plataforma cognitiva.
Dê pausa e reflita: como será o futuro? Friedman fez um guia sobre isso e, na coluna HSM da última página, eu faço um convite para imaginarmos o futuro que queremos. Pessoas como Steve Case e Peter Thiel imaginam e constroem o futuro todos os dias, no café da manhã – confira as ideias e iniciativas dos dois descritas nesta edição e diga se eu não tenho razão. Não é só dinheiro o que eles possuem, ou coragem; eles fazem as tão necessárias pausas para reflexão.
Liderar um negócio no presente para construir o futuro é “o” desafio por excelência, mas esta revista será a pausa de que você precisa – e em boa companhia, de CEOs como Paula Gallizia (Microsoft), Claudia Sender (Latam), Luiz Pretti (Cargill), Marcelo Queiroz (Tetra Pak), Fábio Luchetti (Porto Seguro) e Paulo Chapchap (Hospital Sírio-Libanês). Agradeça aos que se atrasam. E não se esqueça que #ofuturoferve.