Marketing e vendas

Os milagres (ou pecados) da mídia programática

Conheça três pilares fundamentais para elaborar a estratégia ideal para sua empresa quanto o assunto é mídia programática e evite erros que podem causar danos sérios à sua reputação
Diretor de marketing digital e mídia da General Motors da América do Sul. Formado em publicidade e propaganda pela UFRJ e com um MBA em marketing pelo IAG-PUC-RJ, iniciou sua carreira na Infoglobo, foi trainee na C&A e teve sólidas passagens por empresas como Nike e ABInBev. Bruno é mestre em administração de empresas pela EAESP-FGV (MPA) e tem um canal no Youtube, o @MarketingFC, para falar de marketing, mídia e um pouco de futebol.

Compartilhar:

Inteligência Artificial, machine learning, growth hacking, cloud computing, Google, Facebook, Skynet e até mesmo a Matrix – absolutamente nenhuma tecnologia, inovação ou sistema automatizado funciona se não houver por trás uma estratégia determinada, com métricas claras e objetivos muito bem definidos por um time competente e capaz.

Com a mídia programática, não é diferente. O novo milagre da mídia data-driven, realizada a partir de comportamentos e interesses do público-alvo, tem o poder de enaltecer e crescer sua marca na mesma potência que pode prejudicá-la ou até mesmo detoná-la no melhor estilo Arnoldão Exterminador do Futuro.

Antes de mais nada, vamos aos números: hoje, o investimento em mídia programática chega a representar 35% do investimento total de mídia de uma empresa especializada em [marketing digital](https://www.revistahsm.com.br/post/a-cura-para-o-trauma-na-digitalizacao-de-marketing-e-vendas “marketing digital”), e sua eficiência está atrelada a três pilares.

## 1º pilar da mídia programática: planejamento

É preciso que um time preparado, conhecedor do funcionamento dos algoritmos e do ecossistema digital disponha de um banco de dados bem elaborado, internalizado, consistente e totalmente acessível, para que possa usá-lo em modelos matemáticos preditivos que otimizem os investimentos de mídia e os personalizem, a fim de dar mais eficiência ao marketing mix. (E tudo isso, claro, respeitando a privacidade do consumidor e as novas regras previstas na [recém-publicada LGPD](https://www.revistahsm.com.br/post/privacidade-de-dados-lgpd-e-filosofia-estamos-realmente-preparados “recém-publicada LGPD”)).

## 2º pilar da mídia programática: mensuração

Em um cenário como este não cabem mais decisões tomadas por *feeling*. Claro que o insight e o tino comercial são sempre bem-vindos, mas não estamos mais falando apenas de campanhas baseadas em glamurosos filmes para TV, premiações e festas luxuosas.

Aqui, os modelos, métricas e metodologias usadas em campanhas nos dão muito mais precisão nas análises dos resultados e estão sempre [de acordo com os KPIs pré-estabelecidos](https://www.revistahsm.com.br/post/marketing-orientado-a-dados-8-kpis-que-voce-precisa-mensurar “de acordo com os KPIs pré-estabelecidos”). Esse é um modelo cada vez mais demandado pelos comitês executivos que, vendo a força estratégica dos algoritmos, passaram a exigir estes conhecimentos dos seus CMO’s.

## 3º pilar da mídia programática: proteção de marca

As maravilhas do mundo data-driven e tecnológico da mídia programática precisam de uma atenção extra. Máquinas aprendem via linguagem numérica e por meio de testes de hipóteses, que sempre buscam a maior eficiência. Porém, nem sempre isto faz sentido para a emoção humana. O que quero dizer com isso?

Tenho dois exemplos claros de como é imprescindível um cuidado com o uso da mídia programática em relação à proteção de marca: os casos recentes de empresas expostas pelo perfil @SleepingGiants devido a anúncios em sites reconhecidos pela divulgação de fake news e promoções da GOL vinculadas a notícias do trágico acidente com o voo da Chapecoense, em 2016.

## Nada é tão simples quanto parece

Como evitar tudo isso e mais um pouco, garantindo os dois primeiros pilares citados acima? Parece simples, mas não é. Sem essas reflexões, o que temos são ações e mais ações básicas, travestidas de inteligentes, e que, na verdade, já são retrô no mundo exponencial de hoje, como as de re-targeting, por exemplo.

E os problemas não param por aí. O que acontece quando uma jovem que, embora não seja afeita à tecnologia, ama gastronomia e faz todos os cursos que lhe aparecem pela frente, mas não para de ser impactada por anúncios de cursos de pós-graduação na melhor faculdade de tecnologia da cidade? Qual foi o cuidado desse “algoritmo”, ou melhor, dessa configuração?

Minha dica é: procure profissionais qualificados. Para escrever este artigo, de um assunto que é demanda do mercado atual, eu procurei e convidei meu amigo e “parceiro” de milhares de campanhas e estratégias na Nike e na General Motors, Marco Saurin, hoje country manager da Myntelligence – Mynt para os íntimos –, uma martech italiana que está no Brasil e atende clientes como a TIM Brasil. Ele e outros grandes profissionais vão proteger sua marca e ainda vão vender muito no caminho. *Capisci le persone?*

Confira mais artigos como esse no [Fórum Marketing Makers HSM Management](https://www.revistahsm.com.br/forum/marketing-makers-hsm-management “Fórum Marketing Makers HSM Management”).

Compartilhar:

Artigos relacionados

Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Cultura organizacional
21 de novembro de 2025
O RH deixou de ser apenas operacional e se tornou estratégico - desmistificar ideias sobre cultura, engajamento e processos é essencial para transformar gestão de pessoas em vantagem competitiva.

Giovanna Gregori Pinto - Executiva de RH e fundadora da People Leap

3 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Liderança
20 de novembro de 2025
Na era da inteligência artificial, a verdadeira transformação digital começa pela cultura: liderar com consciência é o novo imperativo para empresas que querem unir tecnologia, propósito e humanidade.

Valéria Oliveira - Especialista em desenvolvimento de líderes e gestão da cultura

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
19 de novembro de 2025
Construir uma cultura organizacional autêntica é papel estratégico do RH, que deve traduzir propósito em práticas reais, alinhadas à estratégia e vividas no dia a dia por líderes e equipes.

Rennan Vilar - Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
18 de novembro de 2025
Com agilidade, baixo risco e cofinanciamento não reembolsável, a Embrapii transforma desafios tecnológicos em inovação real, conectando empresas à ciência de ponta e impulsionando a nova economia industrial brasileira.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação, Atitude Collab e sócia da Hub89 empresas

4 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de novembro de 2025
A cultura de cocriação só se consolida quando líderes desapegam do comando-controle e constroem ambientes de confiança, autonomia e valorização da experiência - especialmente do talento sênior.

Juliana Ramalho - CEO da Talento Sênior

4 minutos min de leitura
Liderança
14 de novembro de 2025
Como dividir dúvidas, receios e decisões no topo?

Rubens Pimentel - CEO da Trajeto Desenvolvimento Empresarial

2 minutos min de leitura
Sustentabilidade
13 de novembro de 2025
O protagonismo feminino se consolidou no movimento com a Carta das Mulheres para a COP30

Luiza Helena Trajano e Fabiana Peroni

5 min de leitura
ESG, Liderança
13 de novembro de 2025
Saiba o que há em comum entre o desengajamento de 79% da força de trabalho e um evento como a COP30

Viviane Mansi - Conselheira de empresas, mentora e professora

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
12 de novembro de 2025
Modernizar o prazo de validade com o conceito de “best before” é mais do que uma mudança técnica - é um avanço cultural que conecta o Brasil às práticas globais de consumo consciente, combate ao desperdício e construção de uma economia verde.

Lucas Infante - CEO da Food To Save

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, ESG
11 de novembro de 2025
Com a COP30, o turismo sustentável se consolida como vetor estratégico para o Brasil, unindo tecnologia, impacto social e preservação ambiental em uma nova era de desenvolvimento consciente.

André Veneziani - Vice-Presidente Comercial Brasil & América Latina da C-MORE Sustainability

3 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança