Sentada num café esta manhã, não pude deixar de ouvir uma conversa interessante e acalorada sobre os novos e os velhos “anos 20”.
Três homens falavam sobre os “anos loucos”, como ficaram conhecidos os anos 20 de cem anos atrás. Apesar de não terem vivido nesses anos, falavam com propriedade sobre a realidade da época marcada por uma geração de jovens perdidos, disrupção cultural, avanço do estilo de vida dos norte-americanos, luta pelos direitos femininos e uma explosão de liberdade que contrastava com a intolerância, o preconceito e a xenofobia da época.
Tive a sensação clara de que evoluímos repetindo os mesmos eventos, em diferentes níveis de consciência, como se subíssemos uma montanha contornando-a em círculos em direção ao topo. Vamos passando pelas mesmas regiões, sob condições meteorológicas semelhantes, só que em alturas diferentes.
Estamos entrando nos “novos anos 20” com grandes desafios globais em áreas críticas, como meio ambiente, mudanças climáticas, desigualdade social, falta de alimentos, água, atenção à saúde, entre outros.
Penso que estamos sendo convidados a dar um salto um pouco maior no nosso nível de consciência para lidar com o que se apresenta.
Já é possível perceber linhas claras dos contornos de novos tempos: o poder feminino, a valorização de soft skills, o afloramento da verdade, o autoconhecimento e a experiência de uma vida com propósito.
Em suma, estamos vivendo um ótimo momento para trabalhar, simplificar a vida, questionar crenças e autolimitações e adquirir habilidades para fazer escolhas superiores diante do que vem por aí. Aproveitemos os anos 20!