Espaço lifelong learning

Para saber o futuro, observe as crianças

No começo do ano, costumamos fazer previsões. mas o futuro já está aí – basta olhar em volta e procurar os indícios. E a dica é olhar para os jovens de hoje
Jornalista com ampla experiência nas áreas de negócios, inovação e tecnologia. Especializado em produção de conteúdo para veículos de mídia, branded content e gestão de projetos multiplataforma (online, impresso e eventos). Vencedor dos prêmios Citi Journalistic Excellence Award e Editora Globo de Jornalismo. Também é gerente de conteúdo da HSM Management.

Compartilhar:

Além das contas acumuladas e do panetone ressecado, o início do ano costuma trazer muitas previsões e tendências. Engraçado pensar como acreditamos que tudo vai mudar em mais uma volta da Terra em torno do Sol – o planeta e o universo não estão muito aí para o calendário gregoriano. Mas a gente gosta de uma efeméride, não tem jeito. E, entre todas elas, a virada do ano é a mais carregada de expectativas de mudança. Mesmo que o ano se prenuncie ainda cheio de dúvidas.
Antecipar tendências é um jogo que costuma favorecer os pessimistas. Além de render cliques e comentários indignados em redes sociais, cenários exclusivamente catastróficos ajudam a diminuir a margem de erro das previsões. Se tudo der errado, eu avisei. Se tudo der certo, é porque vocês escutaram meus alertas. São os tais profetas do passado, como diria um conhecido. Apontar possibilidades e cenários desejáveis é sempre mais complexo: trata-se de um caminho que passa por apontar (e ajudar a abrir) os caminhos que nos levarão até lá.

Se o ano passado nos ensinou alguma coisa, é que precisamos começar a pensar mais em construções de longo prazo. Muitos dos movimentos que hoje despontam como tendências já existem há mais de 10 ou 20 anos. A diferença está na escala global de consumo e acessibilidade, que não acontece da noite para o dia. A beleza da coisa é saber identificar esses inícios. Pois o futuro, como bem disse o mestre da ficção científica William Gibson, já está por aí, apenas não foi distribuído. Por isso, precisamos olhar muito além de 2021 para pensar onde vamos investir nossa energia e nossos recursos daqui para frente.

Quer saber mais sobre o que vai realmente mudar o mundo nas próximas décadas? Prestar mais atenção nas crianças ao seu redor pode ser um bom começo. Tente cultivar um interesse genuíno sobre o que seu sobrinho, sua filha, seu enteado ou sua afilhada estão assistindo, ouvindo e fazendo. Aquele grupo esquisito de k-pop. Aquele aplicativo chinês que você baixou, mas não entende direito para que serve. Aquele vídeo que tem mais de 100 milhões de views de alguém que você nunca ouviu falar. Pois é. São essas as referências culturais e tecnológicas que estão formando as bases dos verdadeiros profissionais do futuro. Onde isso vai dar? Daqui a 20 anos me chame e conversamos de novo.

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Liderança, Gestão de Pessoas, Lifelong learning
11 de agosto de 2025
Liderar hoje exige mais do que estratégia - exige repertório. É preciso parar e refletir sobre o novo papel das lideranças em um mundo diverso, veloz e hiperconectado. O que você tem feito para acompanhar essa transformação?

Bruno Padredi

3 minutos min de leitura
Diversidade, Estratégia, Gestão de Pessoas
8 de agosto de 2025
Já parou pra pensar se a diversidade na sua empresa é prática ou só discurso? Ser uma empresa plural é mais do que levantar a bandeira da representatividade - é estratégia para inovar, crescer e transformar.

Natalia Ubilla

5 minutos min de leitura
ESG, Cultura organizacional, Inovação
6 de agosto de 2025
Inovar exige enxergar além do óbvio - e é aí que a diversidade se torna protagonista. A B&Partners.co transformou esse conceito em estratégia, conectando inclusão, cultura organizacional e metas globais e impactou 17 empresas da network!

Dilma Campos, Gisele Rosa e Gustavo Alonso Pereira

9 minutos min de leitura
Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas, Liderança, Marketing
5 de agosto de 2025
No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real - e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Cristiano Zanetta

6 minutos min de leitura
Inteligência artificial e gestão, Estratégia e Execução, Transformação Digital, Gestão de pessoas
29 de julho de 2025
Adotar IA deixou de ser uma aposta e se tornou urgência competitiva - mas transformar intenção em prática exige bem mais do que ambição.

Vitor Maciel

3 minutos min de leitura
Carreira, Aprendizado, Desenvolvimento pessoal, Lifelong learning, Pessoas, Sociedade
27 de julho de 2025
"Tudo parecia perfeito… até que deixou de ser."

Lilian Cruz

5 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura