A velocidade das mudanças no mercado atual e o fato de o tempo de resposta precisar ser cada vez mais curto exigem que as agências de comunicação adequem-se a novos formatos de trabalho, com um olhar atento aos novos perfis geracionais e a revisão dos formatos de contratação, os modelos de trabalho e as próprias convicções dos “criativos”.
Lá na agência, estamos potencializando o ambiente criativo com inteligência cenográfica e produção de conteúdo, como costumamos dizer, a fim de melhorar o diálogo entre gestores e equipes. Nossa liderança principal, que já é formada por millenials, recebe treinamentos e orientações que os preparam para lidar com times ainda mais jovens e com pessoas que têm outros mindsets. São times menores, por um lado, porém seu desafio é maior à medida que os membros de cada time são mais qualificados do que no passado.
Com que iniciativas potencializamos o ambiente criativo?
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Em primeiro lugar, as contratações vão além da escolha de competências; buscamos diversidade de culturas, credos, gêneros e orientações, além de garantir a valorização das mulheres e o empoderamento feminino, representatividade étnica etc. A formação das equipes chegou num patamar bastante complexo nos tempos atuais e trabalhá-la respeitando essa complexidade é um avanço social bastante importante para o mercado profissional como um todo. É um desafio extrair o melhor dessa diversidade.
Esse mix de perfis faz com que as empresas tenham caminhos mais complexos e de implementação mais demorada – de médio e longo prazos. Nossa liderança traça junto com cada profissional as metas – e os planos para alcançá-las são “one-to-one”, ou seja, tratados de forma única considerando a formação, posição no time, capacidade técnica, deficiências e potencialidades.
O plano de carreira é um pilar desse novo RH para criativos. As agências de comunicação a priori não têm a cultura da implantação de planos de carreira ou metodologias de promoções e incentivo. Esse mercado sempre foi muito amador, sem regras nesse sentido. Mas é possível criar metodologias de gestão de pessoas em que os líderes conseguem acompanhar a performance dos indivíduos criativos em diferentes posições dentro das agências e quantificar resultados. Então, com metas claras e propósitos alinhados, é possível traçar planos de carreiras que não são mais lineares como no passado – inclusive, porque não é essa a expectativa das novas gerações de profissionais. Eles querem reconhecimento com autonomia, empoderamento e liberdade, e não simplesmente um “cargo” no cartão de visitas.
A importância da qualidade de vida
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A qualidade de vida das pessoas é essencialmente importante no novo RH para criativos. É sabido que no ambiente de agências ser workaholic, não ter horário, emendar dias trabalhando, estar disponível 24×7 é default. Esses comportamentos são inaceitáveis no mercado 2.0, no entanto, e, assim, o que se espera hoje para esse capital humano é um baixo turnover, maior integração e a sensação de respeito contínuo pelas vidas das pessoas e suas carreiras.
Um estímulo particularmente relevante é o da formação técnica dos profissionais: o refresh é de extrema importância e, por isso, oferecer ferramentas e meios para as pessoas estarem sempre evoluindo em suas funções ou apostando em outras possibilidades dentro das agências.
Propósito
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Não poderia terminar este artigo sem falar em propósito. Todo o time orientado por um um único propósito é o que faz com que o processo colaborativo se torne orgânico, porque faz todo o sentido um profissional apoiar o crescimento do outro para atingir seu objetivo. Estas têm sido nossas regras na Netza. Nos dias de hoje, é preciso entender que criatividade e estratégia andam juntas. Este é o RH do futuro para uma empresa criativa que busca o inovador todos os dias e deve começar a ser praticado agora.