Uncategorized

Por que cuidar do ciclo de vida do colaborador dentro da empresa?

Cofundador e CEO da Feedz

Compartilhar:

Em um passado não tão distante, o papel do setor de recursos humanos nas empresas era, basicamente, cuidar da burocracia de entrada e de saída de colaboradores. Hoje, para as companhias que entendem o papel estratégico do RH, a atuação dele começa antes da contratação e vai além do desligamento de um profissional.

Olhar para o ciclo completo de relacionamento de uma pessoa com uma empresa é essencial para contratação eficaz, produtividade, engajamento e melhora do clima organizacional. Assim, além de economizar recursos com turnover, por exemplo, as empresas ainda potencializam seus resultados com uma equipe motivada e produtiva.

Muito mais do que o papel burocrático, o RH hoje é peça fundamental para o crescimento saudável de uma empresa. **Quem gera valor ao negócio são os colaboradores**; sem eles não há quem crie estratégias ou execute funções essenciais para manter a empresa ativa. Se por um lado o mercado de trabalho apresenta bastante mão-de-obra disponível, por outro, é difícil encontrar colaboradores comprometidos, que tenham as habilidades necessárias para o trabalho, se encaixem na cultura organizacional e se mantenham satisfeitos.

Quando encontram o profissional que apresente as características necessárias para exercer determinada função, as empresas devem investir na retenção. Além disso, é necessário ficar atento em relação às ações de retenção, que mudam de acordo com o ciclo de vida do funcionário na empresa. Entenda como o RH é estratégico no acompanhamento do ciclo de vida de um profissional dentro de uma empresa:

Atração e contratação
———————

Além dos processos de admissão, um RH estratégico se antecipa e pensa em ações de atração de talentos que tenham _fit_ com a empresa. Isso pode ser feito por meio de iniciativas de _employer branding_, construindo uma forte imagem de marca empregadora, apresentando de forma transparente a cultura e mostrando os benefícios que a empresa oferece aos seus colaboradores. Assim, pessoas que se identificarem com o perfil da empresa irão se submeter às vagas.

Início das atividades
———————

Assim que o profissional entra na empresa é essencial que seja feito um _onboarding_ – o termo está associado ao processo de integração de colaboradores recém-contratados. Dessa forma, este se adapta à cultura organizacional e conhece os processos da companhia. Assim, o colaborador tem menos atrito no período inicial, consegue desenvolver seu trabalho e se sentir parte do negócio de forma mais rápida.

Evolução
——–

Durante seu ciclo de vida dentro de uma empresa, o profissional precisa se desenvolver. Por isso, auxiliar na criação de um plano de carreira, manter expectativas alinhadas e até mesmo oferecer benefícios para o profissional aprimorar seus conhecimentos são estratégias que o aproximam da empresa e o fazem crescer. A retenção é facilitada se o colaborador enxerga um caminho nítido dentro do negócio e a empresa dá subsídio para que ele adquira conhecimento para tal evolução. Além disso, é importante estar atento à evolução na vida pessoal do colaborador. 

Desligamento
————

Caso aconteça alguma situação em que seja necessário o desligamento de um profissional, é preciso acompanhamento além das questões burocráticas. O profissional que está saindo da empresa se sente mais livre para apontar possíveis pontos de melhoria ou exaltar ações positivas. Por isso, uma entrevista após o desligamento é essencial para evoluir as práticas de RH das empresas.

Mudanças favoráveis
——————-

É negativo manter o colaborador estático durante a jornada na companhia. Uma empresa que acompanha de perto e oferece mudanças positivas durante o ciclo de vida do colaborador tende a ser um lugar mais agradável de se trabalhar e, portanto, tende também a reter mais talentos. Ouvir o colaborador em todos os seus estágios dentro da organização é essencial para entender suas necessidade e incentivar a evolução conjunta: do negócio e do profissional.

Quando a empresa olha para todo o ciclo de vida do colaborador, é possível acelerar o processo de _onboarding_ de maneira saudável, aumentar o engajamento dos colaboradores, retê-los mais felizes e por mais tempo. Como consequência, teremos colaboradores mais preparados, felizes e agregando mais valor ao negócio.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Empreendedorismo
Pela primeira vez, o LinkedIn ultrapassa o Google e já é o segundo principal canal das empresas brasileiras. E o seu negócio, está pronto para essa nova era da comunicação?

Bruna Lopes de Barros

5 min de leitura
ESG
O etarismo continua sendo um desafio silencioso no ambiente corporativo, afetando tanto profissionais experientes quanto jovens talentos. Mais do que uma questão de idade, essa barreira limita a inovação e prejudica a cultura organizacional. Pesquisas indicam que equipes intergeracionais são mais criativas e produtivas, tornando essencial que empresas invistam na diversidade etária como um ativo estratégico.

Cleide Cavalcante

4 min de leitura
Empreendedorismo
A automação e a inteligência artificial aumentam a eficiência e reduzem a sobrecarga, permitindo que advogados se concentrem em estratégias e no atendimento personalizado. No entanto, competências humanas como julgamento crítico, empatia e ética seguem insubstituíveis.

Cesar Orlando

5 min de leitura
ESG
Em um mundo onde múltiplas gerações coexistem no mercado, a chave para a inovação está na troca entre experiência e renovação. O desafio não é apenas entender as diferenças, mas transformá-las em oportunidades. Ao acolher novas perspectivas e desaprender o que for necessário, criamos ambientes mais criativos, resilientes e preparados para o futuro. Afinal, o sucesso não pertence a uma única geração, mas à soma de todas elas.

Alain S. Levi

6 min de leitura
Carreira
O medo pode paralisar e limitar, mas também pode ser um convite para a ação. No mundo do trabalho, ele se manifesta na insegurança profissional, no receio do fracasso e na resistência à mudança. A liderança tem papel fundamental nesse cenário, influenciando diretamente a motivação e o bem-estar dos profissionais. Encarar os desafios com autoconhecimento, preparação e movimento é a chave para transformar o medo em crescimento. Afinal, viver de verdade é aceitar riscos, aprender com os erros e seguir em frente, com confiança e propósito.

Viviane Ribeiro Gago

4 min de leitura
Liderança
A liderança eficaz exige a superação de modelos ultrapassados e a adoção de um estilo que valorize autonomia, diversidade e tomada de decisão compartilhada. Adaptar-se a essa nova realidade é essencial para impulsionar resultados e construir equipes de alta performance.

Rubens Pimentel

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, emerge como força disruptiva que desafia o domínio das big techs ocidentais, propondo uma abordagem tecnológica mais acessível, descentralizada e eficiente. Desenvolvido com uma estratégia de baixo custo e alto desempenho, o modelo representa uma revolução que transcende aspectos meramente tecnológicos, impactando dinâmicas geopolíticas e econômicas globais.

Leandro Mattos

0 min de leitura
Empreendedorismo
País do sudeste asiático lidera o ranking educacional PISA, ao passo que o Brasil despencou da 51ª para a 65ª posição entre o início deste milênio e a segunda década, apostando em currículos focados em resolução de problemas, habilidades críticas e pensamento analítico, entre outros; resultado, desde então, tem sido um brutal impacto na produtividade das empresas

Marina Proença

5 min de leitura
Empreendedorismo
A proficiência amplia oportunidades, fortalece a liderança e impulsiona carreiras, como demonstram casos reais de ascensão corporativa. Empresas visionárias que investem no desenvolvimento linguístico de seus talentos garantem vantagem competitiva, pois comunicação eficaz e domínio do inglês são fatores decisivos para inovação, negociação e liderança no cenário global.

Gilberto de Paiva Dias

9 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Com o avanço da inteligência artificial, a produção de vídeos se tornou mais acessível e personalizada, permitindo locuções humanizadas, avatares realistas e edições automatizadas. No entanto, o uso dessas tecnologias exige responsabilidade ética para evitar abusos. Equilibrando inovação e transparência, empresas podem transformar a comunicação e o aprendizado, criando experiências imersivas que inspiram e engajam.

Luiz Alexandre Castanha

4 min de leitura