Estratégia e Execução

Por que ter geeks na direção da empres

Profissionais ligados a tecnologia no board são decisivos para que as organizações consigam acompanhar a atual velocidade das mudanças

Compartilhar:

Já imaginou ter o Sheldon, personagem geek da série de TV Big Bang Theory, como um dos colaboradores de sua empresa? A dor de cabeça seria tremenda, mas estudo recente mostra que ele e seus pares poderiam preencher um grande gap do mundo corporativo: conversando com executivos de 112 das maiores companhias de capital aberto da Europa e dos Estados Unidos, descobriu-se que falta aos membros de seus conselhos de administração e diretorias a expertise necessária para compreender como as inovações impactam a estratégia e as operações. 

Em um cenário em que as transformações impulsionadas pelo universo digital vêm se tornando um aspecto decisivo para o sucesso, isso equivale à morte. Clientes e fornecedores esperam das empresas que reinventem e reconstruam cada elemento de seus negócios diante de novidades como a rápida expansão do uso de dispositivos móveis. A melhor maneira – e talvez única – de enfrentar esse desafio é atrair nerds e geeks para posições de direção, pelo conhecimento natural que possuem de tecnologia e de como ela se relaciona com as pessoas e com os negócios. 

Artigo publicado pela strategy+business recentemente garante que consultores externos não incutem suficientemente essa visão nos conselhos das organizações. Os autores – Chunka Mui, coautor de The New Killer Apps, Toby Redshaw,   ex-CIO da American Express e hoje consultor, e Olof Pripp, da Korn Ferry – garantem que geeks  bem informados têm de atuar dentro da empresa. Segundo eles, hoje, nenhum conselheiro é capaz de tomar decisões adequadas sobre estratégia, investimentos e gestão de talentos se não levar em conta a tecnologia. 

**REPRESENTAÇÃO EFETIVA**

Alguns estudos indicam mais: a presença geek em um conselho de administração só é efetiva quando, na empresa, são abertas várias posições para pessoas com comprovado conhecimento em tecnologia. Não se trata de assegurar apenas um ponto de vista ligado à tecnologia da informação (TI), e sim muitos. 

Além disso, precisa haver uma mudança de mentalidade na composição do conselho: profissionais que ocuparam cargos de alta direção na área de tecnologia ou consultores especializados em TI devem ser cotados para os conselhos tanto quanto ex-CEOs ou diretores-financeiros. O mesmo vale, aliás, para oficiais militares aposentados, geeks a seu modo, pela atuação na área de informação. Sem a experiência tech no DNA, pode ficar cada vez mais difícil tomar decisões sobre o futuro.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando a IA desafia o ESG: o dilema das lideranças na era algorítmica

A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Liderança
Por em prática nunca é um trabalho fácil, mas sempre é um reaprendizado. Hora de expor isso e fazer o que realmente importa.

Caroline Verre

5 min de leitura
Inovação
Segundo a Gartner, ferramentas low-code e no-code já respondem por 70% das análises de dados corporativos. Entenda como elas estão democratizando a inteligência estratégica e por que sua empresa não pode ficar de fora dessa revolução.

Lucas Oller

6 min de leitura
ESG
No ATD 2025, Harvard revelou: 95% dos empregadores valorizam microcertificações. Mesmo assim, o reskilling que realmente transforma exige 3 princípios urgentes. Descubra como evitar o 'caos das credenciais' e construir trilhas que movem negócios e carreiras.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Empreendedorismo
33 mil empresas japonesas ultrapassaram 100 anos com um segredo ignorado no Ocidente: compaixão gera mais longevidade que lucro máximo.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Liderança
70% dos líderes não enxergam seus pontos cegos e as empresas pagam o preço. O antídoto? Autenticidade radical e 'Key People Impact' no lugar do controle tóxico

Poliana Abreu

7 min de leitura
Liderança
15 lições de liderança que Simone Biles ensinou no ATD 2025 sobre resiliência, autenticidade e como transformar pressão em excelência.

Caroline Verre

8 min de leitura
Liderança
Conheça 6 abordagens práticas para que sua aprendizagem se reconfigure da melhor forma

Carol Olinda

4 min de leitura
Cultura organizacional, Estratégia e execução
Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

Norberto Tomasini

4 min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Natalia Ubilla

3 min de leitura
Estratégia
Em um mercado onde a reputação é construída (ou desconstruída) em tempo real, não controlar sua própria narrativa é um risco que nenhum executivo pode se dar ao luxo de correr.

Bruna Lopes

7 min de leitura