A evolução do papel do conselheiro nas empresas modernas
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Com o avanço da imunização, o olhar dos conselhos e do C-level está cada vez mais voltado para o futuro. Em uma conversa com seis desses executivos, Joseph Teperman reuniu as principais preocupações e – mais importante – os principais insights sobre o futuro da gestão de pessoas e do ambiente de trabalho.
Joseph Teperman
13 de Setembro
No último dia 9 de setembro, organizei um brainstorming com seis dos principais líderes de organizações do Brasil, dos setores de tecnologia, realidade virtual, real estate e venture capital.
As perguntas para discussão eram aquelas que todos querem responder hoje em dia: como será a nova forma de trabalhar e de estudar?
Na mesa, CEOs, conselheiros, sócios e investidores trataram de dores comuns e geraram uma “tempestade” de insights poderosos que, com certeza, serão sentidos na dinâmica das organizações nos próximos anos. São esses tópicos que compartilho com vocês.
Onboarding de gente nova remota é um caos, dificuldade de passar a cultura é grande.
Bill Gates diz que as viagens corporativas vão cair 50%. No período pré-pandemia, as companhias aéreas tinham sua ocupação na proporção de 70% para o segmento corporativo e 30% para viajantes a lazer.
Outra percepção de Bill Gates compartilhada no grupo: ele diz que 30% do trabalho é remotizável, ou seja, pode ser feito de qualquer lugar!
Há uma preocupação de fragmentação da cultura organizacional para os times que ficarem 100% no home office.
Segunda a sexta-feira, 8h às 17h, de dentro dos escritórios não vai existir nunca mais. As empresas que estão obrigando as pessoas a voltarem dessa forma, estão tendo reclamações e já começam a perder gente boa.
Em empresas de varejo com lojas físicas, construtoras com funcionários em obra, entre outras, as pessoas têm que ir trabalhar no local, não tem jeito.
Para aumentar o senso de pertencimento, a estratégia dos kits está bombando: caneta, livro, caderno, meias, etc.
Vale a criatividade e investimentos de integração, como a entrega de pizza para 50 pessoas ao mesmo tempo durante uma reunião virtual.
O cuidado com a integração é relevante, ou pode-se conviver com perdas e alta de turn over, como no exemplo de um estagiário novo que ficou três meses na empresa e acabou saindo porque ficou esquecido. Não estava no campo de visão dos líderes e acabou ficando sem receber tarefas, e sem aprender!
O ramp-up entre a contratação e o começo efetivo da produção está muito mais longo. Se, antes da pandemia, a geração da receita acontecia em três meses, agora está sendo em seis. Esse novo colaborador sente-se muito solitário; na pré-pandemia, os funcionários mais seniores podiam apoiar e ensinar no começo, ouvindo os calls ou levando em reuniões. Nos últimos meses, não está acontecendo.
É preciso sair do modelo “comando e controle” para o de “liberdade e resultado”. Dar meta, ferramentas, possibilidade de ajuda e cobrar resultado. O uso da Salesforce, por exemplo, ajuda a medir como está o funil, o tempo no telefone, reuniões no Zoom, reuniões já marcadas no futuro, etc.
Sanidade mental: o RH (CEOs!) tem que colocar muita grana, porque tem muita gente “pirando”.
As empresas estão fazendo meet ups sem o propósito de trabalhar, mas sim com o foco em humanizar as relações.
Desenvolvedores: a produtividade explodiu, só que trabalham até esticar a corda demais. Já foi criada ferramenta de desenvolvimento colaborativo — entra todo mundo junto, tem alguma interação. Pode entrar como espectador também, para ver como estão trabalhando.
Os brasileiros que ganham R$ 15k recebem proposta de empresas do exterior para U$ 10k, que são R$ 50k! Como solução: stock options.
Major techs nos EUA alinharam os salários o com custo de vida de onde a pessoa passou a morar. Lá é possível reduzir salários.
Workpods: prédios espalhados com pods de trabalho. As casas têm muitas distrações, pouca estrutura, cadeiras inadequadas, etc. No workpod, é possível resolver essas contexto, e contam com alguns mecanismos positivos para empresas e pessoas, como horário de check-in, de check-out, etc.
Horizon workroom: a possibilidade de levar o metaverso para o espaço de trabalho com o Horizon Workrooms, que permite ver ter a experiência completa de linguagem corporal do avatar, traz uma interação mais realista para ambiente de trabalho corporativo remoto. Os presentes concordam que, com a entrada do 5G, a experiência digital vai melhorar. Veja a experiência neste link.
Neat traz mais qualidade para as reuniões hibrídas no Zoom. Um equipamento que enquadra cada uma das pessoas de uma mesa grande de reuniões, mesmo que a pessoa se mexa durante a reunião. Assim quem está na reunião de forma remota, enxerga todos adequadamente, como você pode ver aqui.
Density IO: apoia o conceito de espaços flexíveis de trabalho, ao ajudar a otimizar o uso – recursos e investimentos – do espaço físico. Permite a análise do uso do espaço em tempo real a partir da coleta de dados de ocupação com uma câmera no ambiente, dimensionando a necessidade real de espaço de escritório.
Faculdades: para se diferenciar, tem que entregar ambiente e conteúdo. Como disponibiliza, e como prepara espaços físicos e virtuais, é o que está fazendo e vai fazer a diferença.
Hubs de aprendizados: sala de reunião com whiteboard, lousa digital. Cena imersiva.
Cursos: escola de ensino que se posicionar como híbrido vai levar mais mercado. Espaço físico será usado para cocriação, aula oral. E tecnologia para dar suporte ao ensino remoto.
Escola pública: em um exemplo real, 40% está no presencial e 30% no remoto. Ou seja, 30% dos alunos abandonaram a escola!
Joseph Teperman
CEO da Amrop INNITI, Board Member, Lifelong Learner, Anticarreirista
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