Uncategorized

Empresas ágeis conseguem se adaptar melhor em meio à crise

As mudanças nos últimos dois meses no modo em que vivemos e trabalhamos com avanço da pandemia da Covid-19 chegaram rápido e atingiram toda a sociedade.
CEO da Supero

Compartilhar:

Ao longo desse curto período, já é possível ver que algumas empresas estão conseguindo adaptar processos e manter-se firmes em meio à tempestade, enquanto outras – muitas vezes do mesmo segmento – enfrentam sérias dificuldades de adaptação. 

Certamente as práticas de gestão e a cultura da empresa estão fazendo diferença neste momento, e aquelas que já eram adeptas das metodologias ágeis e do **lean thinking** saíram em vantagem diante da nova realidade. 

A importância de ser ágil
————————-

Ser ágil não significa fazer as coisas de forma mais rápida, mas se adaptar mais rápido as mudanças necessárias para uma entrega final de mais qualidade.  Vamos imaginar que uma empresa já tivesse em seus planos implementar o home office para seus times. 

Provavelmente levaria algum tempo até estruturar como faria isso e realmente começar o processo de migração,  mas com a chegada do coronavírus, essa decisão precisou ser tomada de maneira muito rápida. 

De uma semana para outra, funcionários começaram a trabalhar de suas casas e, para isso, precisaram de equipamentos da empresa, como laptops, e em alguns casos, até mesmo mobiliário – mesas e cadeiras – para terem condições mínimas de trabalho. 

A empresa tradicional geralmente se fecha muito no seu espaço físico, porque tem medo de se expor, muitas vezes não confia no seu funcionário. Na necessidade uma mudança rápida,  como presenciamos para o home office, esta empresa pode exigir uma série de procedimentos burocráticos para a liberação dos equipamentos, e enquanto isso acontece, está deixando de tocar os projetos. 

Em uma empresa ágil, a confiança é o alicerce que sustenta o negócio. Existe a confiança que os colaboradores irão continuar desempenhando suas funções, independente de onde estejam, e existem métodos para manter a motivação, integração das equipes e verificar os resultados. 

Um ditado que se tem falado muito é que não foram os diretores ou departamentos de inovação que aceleraram a transformação digital das empresas, mas o  coronavírus. 

Naturalmente, uma empresa de tecnologia já possui grande parte dos seus processos realizados de maneira online, por nuvem, sistemas com acessos remotos, entre outros. Porém, não basta a tecnologia para que uma empresa consiga funcionar bem com todos os profissionais distantes. 

A agilidade é um dos meio para ter times de alta performance, pois o agile ajuda a entender qual a dor do cliente que precisa ser solucionada, e como você vai conseguir chegar nessa solução mais rápido. 

Para isso, a equipe vai aprendendo a medida que vai evoluindo no projeto. Não é uma simples entrega de um produto ou um software. Mas de uma solução. Para isso, existem os métodos, como o  Kanban e o  Scrum.

Cultura lean thinking e filosofia agile
—————————————

Do mesmo modo, as organizações que já tem em sua cultura o lean thinking , metodologia que  leva em conta cinco princípios que devem ser aplicados em sequência –  definir valor, mapear o fluxo de valor, criar um fluxo contínuo, organizar um fluxo puxado  e buscar a perfeição – também estão se adaptando melhor ao cenário atual.  

As filosofias lean e agile se complementam, e ao unir os valores e princípios que são mais adequados para cada empresa, o benefício é muito maior. É fundamental dosar a gestão ágil, achar o ponto de equilíbrio. 

Mudar a cultura de uma empresa é das coisas mais desafiadoras e complexas.  O primeiro passo é a mudança de mindset, e isso deve vir pelo exemplo. 

A alta liderança deve promover e seguir o conjunto de valores, crenças e normas que espera de todos os colaboradores, pois essa mudança começa de cima, mas é nutrida por baixo. 

Acredito que a essência de tudo isso é a adaptação, de modo que o time vai sendo formado por pessoas que tem o capacidade de se adaptarem mais tranquilamente, de acordo com a realidade de cada equipe, cada projeto e cada organização. 

Quando é estabelecido um vínculo com cada um dos profissionais, o propósito e a cultura da empresa são claros e vivenciados na prática, as pessoas se sentem empoderadas  e têm clareza do seu papel naquela organização, que são parte da construção daquele negócio. 

E em momentos de crise como o atual, no qual não podemos prever quais novas mudanças ainda estão por vir,  é possível afirmar que as empresas que possuem um time engajado e ágil, com certeza conseguem se adaptar melhor.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Tecendo caminhos de Baku para Belém

Entre nós e o futuro desejado, está a habilidade de tecer cada nó de um intricado tapete que une regeneração, adaptação e compromisso climático — uma jornada que vai de Baku a Belém, com a Amazônia como palco central de um novo sistema econômico sustentável.

Empreendedorismo
Saiba como transformar escassez em criatividade, ativar o potencial das pessoas e liderar mudanças com agilidade e desapego com 5 hacks práticos que ajudam empresas a inovar e crescer mesmo em tempos de incerteza.

Alexandre Waclawovsky

4 min de leitura
ESG
Para 70% das empresas brasileiras, o maior desafio na comunicação interna é engajar gestores a serem comunicadores dentro das equipes

Nayara Campos

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
A liderança C-Level como pilar estratégico: a importância do desenvolvimento contínuo para o sucesso organizacional e a evolução da empresa.

Valéria Pimenta

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
Um convite para refletir sobre como empresas e líderes podem se adaptar à nova mentalidade da Geração Z, que valoriza propósito, flexibilidade e experiências diversificadas em detrimento de planos de carreira tradicionais, e como isso impacta a cultura corporativa e a gestão do talento.

Valeria Oliveira

6 min de leitura
Empreendedorismo
Um guia para a liderança se antecipar às consequências não intencionais de suas decisões

Lilian Cruz e Andréa Dietrich

4 min de leitura
ESG
Entre nós e o futuro desejado, está a habilidade de tecer cada nó de um intricado tapete que une regeneração, adaptação e compromisso climático — uma jornada que vai de Baku a Belém, com a Amazônia como palco central de um novo sistema econômico sustentável.

Bruna Rezende

5 min de leitura
ESG
Crescimento de reclamações à ANS reflete crise na saúde suplementar, impulsionada por reajustes abusivos e falta de transparência nos planos de saúde. Empresas enfrentam desafios para equilibrar custos e atender colaboradores. Soluções como auditorias, BI e humanização do atendimento surgem como alternativas para melhorar a experiência dos beneficiários e promover sustentabilidade no setor.
4 min de leitura
Finanças
Brasil enfrenta aumento de fraudes telefônicas, levando Anatel a adotar medidas rigorosas para proteger consumidores e empresas, enquanto organizações investem em tecnologia para garantir segurança, transparência e uma comunicação mais eficiente e personalizada.

Fábio Toledo

4 min de leitura
Finanças
A recente vitória de Donald Trump nos EUA reaviva o debate sobre o protecionismo, colocando em risco o acesso do Brasil ao segundo maior destino de suas exportações. Porém, o país ainda não está preparado para enfrentar esse cenário. Sua grande vulnerabilidade está na dependência de um número restrito de mercados e produtos primários, com pouca diversificação e investimentos em inovação.

Rui Rocha

0 min de leitura
Finanças
O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Fábio Duran

3 min de leitura