fb-embed

Gestão de pessoas

3 min de leitura

ESG e os jovens: qual a relação entre eles?

ESG ganha ainda mais força quando integra ações estratégicas de inclusão de jovens nos processos seletivos de estagiários e trainees

Colunista Sabina Augras e Laura Fuks

Sabina Augras e Laura Fuks

24 de Agosto

Compartilhar:
Artigo ESG e os jovens: qual a relação entre eles?

Ao longo dos últimos anos, a parte “social” do ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança) está ganhando cada vez mais força dentro das organizações. Discussões sobre inclusão, impacto social e marca empregadora nunca antes estiveram tão à frente das decisões estratégicas e dos indicadores das bolsas de valores. O conceito do RH estratégico e humanizado está fazendo cada vez mais sentido para as organizações.

Esse novo movimento faz com os RHs das empresas comecem a repensar sobre seus processos seletivos e, principalmente, sobre qual nível de exigência é realmente necessário quando se descreve um perfil para uma vaga júnior ou de estágio dentro de uma organização. E o quanto essa empresa pode ajudar esse jovem no desenvolvimento que será necessário para atuar nessa empresa, preparando-o mesmo antes ou durante os processos seletivos. Por isso, cada vez mais, as áreas de RH das empresas vêm buscando soluções para essa questão.

Para se falar em soluções, é fundamental pensarmos antes em necessidades e alguns indicadores sociais podem contribuir nessa direção. Se falarmos em taxa de desemprego no Brasil, principalmente de jovens, perceberemos que inclusão e empregabilidade são, sem dúvida, grandes problemas sociais no nosso país. Neste sentido, a sustentabilidade social deixa de ser uma escolha para as empresas e passa a ser uma questão de sobrevivência.

Ter a área de Recursos Humanos envolvida no desenvolvimento de ações e projetos alinhados aos preconizados pelo ESG permitirá ao RH gerar indicadores realmente estratégicos e, aos jovens, contar com mais oportunidades de acessar o mercado de trabalho.

Uma questão de sobrevivência para as empresas

Para corroborar com essa afirmativa, a maior gestora de recursos do mundo, a BlackRock, colocou a sustentabilidade no centro da estratégia de investimento e vai considerar o risco ESG no mesmo patamar das avaliações de crédito e liquidez. A gestora reforçou a intenção de aumentar a alocação de recursos em companhias que, além do lucro, gerem benefícios à sociedade. Não é à toa que indicadores como inclusão e empregabilidade começam a ganhar cada vez mais força nas empresas e em seus processos seletivos.

Estando o RH à frente dos principais programas de "porta de entrada" das empresas, ele deve ser um dos grandes catalisadores para esse processo de transformação, principalmente atuando no desenvolvimento de jovens que não teriam a chance de conseguir ser aprovados nos seus processos seletivos sem essa oportunidade.

A Eureca, empresa responsável pelo processo seletivo de estagiários e trainees de grandes organizações, a Eneva, empresa privada de geração de energia, a UISA, através do seu Instituto Florescer e a Vinci Partners, empresa de fundos de investimentos são alguns exemplos de organizações que já estão à frente nesse caminho. Apoiar o desenvolvimento dos jovens que ainda estão buscando oportunidades no mercado, para aumentar a sua empregabilidade, já é uma realidade nessas empresas.

O papel dos jovens nessa jornada

Se por um lado as empresas têm um papel importantíssimo a desempenhar na questão da inclusão e empregabilidade dos jovens, por outro, os jovens passam a ter também um papel fundamental nesse caminho. Aproveitar essas oportunidades significa engajamento e dedicação. Identificar empresas e oportunidades que, de fato, estão propondo soluções de apoio ao desenvolvimento e empregabilidade dos jovens pode ser um caminho menos árduo na busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.

Incluir passa a significar também desenvolver e oferecer ferramentas para permitir o aumento da empregabilidade dos jovens. É importante possibilitar que esse jovem esteja preparado para as possíveis vagas dentro da organização, mas também mostrar para eles que é possível trilhar diferentes caminhos de carreira. Nesse processo, todos ganham. A empresa passa a ter jovens mais preparados e engajados para suas vagas e os jovens passam a entender que têm um espaço muito maior dentro do mercado de trabalho.

Compartilhar:

Colunista

Colunista Sabina Augras e Laura Fuks

Sabina Augras e Laura Fuks

Sabina Augras e Laura Fuks

Sabina Augras e Laura Fuks são sócias fundadoras da Cmov, edtech na área de carreira e empregabilidade.

Artigos relacionados

Imagem de capa Como capacitar os chefes para que eles sejam líderes?

Gestão de pessoas

17 Abril | 2024

Como capacitar os chefes para que eles sejam líderes?

A tríplice necessidade de capacitação aos líderes que todo chefe precisa aprender

Samir Iásbeck

3 min de leitura

Imagem de capa Como as estratégias de gestão podem reduzir os custos elevados dos reajustes anuais dos planos de saúde empresariais?

Gestão de pessoas

16 Abril | 2024

Como as estratégias de gestão podem reduzir os custos elevados dos reajustes anuais dos planos de saúde empresariais?

Entenda os impactos e estratégias para garantir a sustentabilidaded dos planos de saúde, que devem aumentar em até 25% neste ano.

Katia De Boer

5 min de leitura

Imagem de capa Aerofólios, back office e diferenciação competitiva

Gestão de pessoas

15 Abril | 2024

Aerofólios, back office e diferenciação competitiva

Você sabe qual foi a revolução do aerofólio na Fórmula 1? Imagina de que maneira podemos utilizar esta lógica para a diferenciação no empreendedorismo? É essa reflexão que Valter Pieracciani nos convida a fazer em seu novo texto para a HSM Management.

Valter Pieracciani

3 min de leitura

Imagem de capa A inevitável transição do people analytics para o people intelligence

Gestão de pessoas

11 Abril | 2024

A inevitável transição do people analytics para o people intelligence

O cenário é de rápidas transformações e uma coisa é certa: a IA chegou para ficar e as companhias precisam absorvê-la e usá-la a seu favor. Por isso, é hora de estar preparado para usar isso com inteligência

Ivan Cruz

5 min de leitura

Imagem de capa Como a cultura data-driven acelera a transformação digital

Gestão de pessoas

10 Abril | 2024

Como a cultura data-driven acelera a transformação digital

É necessário compreender como empresas estão alcançando crescimento acima de 30% ao ano através de uma cultura analítica madura. Aprenda com casos reais de empresas que transformaram seus negócios com estratégias orientadas por dados nas tomadas de decisão.

Denys Fehr

7 min de leitura