Mudam-se os comportamentos, mudam-se as regras. Ou seria o contrário?
A pandemia – que, entre tantas coisas, nos fez experimentar o sabor do trabalho remoto, a reaprender a gerenciar o nosso tempo e também a voltar a conviver com a família num espaço físico limitado –, nos permitiu também abrir olhares para novos estilos de vida que antes nos pareciam utópicos.
Viajar, por exemplo, está em alta. É o que sinalizou [a pesquisa](https://www.google.com/url?q=https://news.booking.com/pt-br/para-brasileiros-o-desejo-de-viajar-supera-a-vontade-de-encontrar-o-verdadeiro-amor/&sa=D&source=docs&ust=1634753016845000&usg=AOvVaw1uvzO2MO9yGr9dxlD6-Dmj) realizada pelo site Booking.com em julho de 2021, mostrando que mais da metade dos brasileiros (51%) escolheriam viajar em vez de receber uma promoção no trabalho.
E não para por aí: também foi prioridade para 74% dos brasileiros viajar a encontrar o verdadeiro amor. E 62% dos entrevistados no Brasil priorizaram uma viagem em vez da compra de um carro.
Claro que esses dados têm forte conexão com o desejo de retomar a liberdade, mas é evidente que parte desse comportamento de vida em trânsito não tem mais volta. E até onde as empresas estão conscientes e atentas a esse desejo por mobilidade, liberdade e vida nova dos seus colaboradores, para evitar a perda do capital intelectual e promover felicidade?
## O mundo como plataforma de desenvolvimento de pessoas
O nomadismo fará parte da vida da geração digital, que transforma o mundo em uma ferramenta de desenvolvimento humano, e seu uso é uma prioridade do próprio indivíduo. Porém, e se fosse, desde já, uma prioridade também para as organizações?
Essa é uma perspectiva relevante do tema nomadismo que transcende as discussões de trabalho remoto. Trata-se de valorizar o turismo como potencializador do capital intelectual e da realização mais genuína de inovação aberta que uma empresa pode desejar.
A mistura de culturas e conhecimentos sendo estimulada como benefício estratégico, onde há dinâmicas que aproveitam as diferenças, inclusive de localidades, para sair da mesmice das salas de reunião tendenciosas a repetirem caminhos já conhecidos.
Colaboradores tendo várias ideias extraordinárias dentro de uma sala é muito legal! No entanto, depois de um ano, o ambiente não é mais tão legal, frutífero e instigante assim. E se esses mesmos colaboradores estiverem espalhados pelo mundo, se alimentando de novas percepções e estímulos, onde toda esquina é uma referência? Todos ganham!
## Localismo
E aí entra o localismo. Mais do que um conceito de potencializar negócios locais, trata-se de uma estratégia de incluir cada região, com suas individualidades e microculturas, como importantes ativos culturais para diferenciação de ideias, serviços e produtos da sua organização.
O caminho? Acredito que um deles seja as empresas começarem a fazer curadoria de regiões que podem contribuir de maneira direta no desenvolvimento criativo do seu negócio, assim como estimular os colaboradores a viverem nesses espaços como parte de um trabalho que integra conhecimento e qualidade de vida.
Seria essa a empresa mais desejada para se trabalhar? Creio que sim.
Lidar com uma cultura verdadeiramente criativa é algo desafiador para a maioria dos negócios porque requer a quebra de paradigmas, reduções hierárquicas e abertura à vulnerabilidades que o mercado não está, de fato, disposto a engolir. Mas sabemos que este é um caminho sem volta. E, tendo você ciência ou não desse movimento, seu bilhete já está agendado e a passagem é só de ida.
Aperte os cintos, pois seus processos tendem a decolar tendo a equipe alinhada com essa nova etapa da jornada e suas limitações de espaço físico acabam de ser substituídas por incontáveis pontos de trabalho pelo mundo. Cada um, inclusive, contribui com novas e diferentes visões para inovar como parte do time.
Processos de inovação realmente abertos começam tendo segurança na liberdade. E que esse seja o começo da sua grande viagem gerencial.
## Borogoday
Este e demais assuntos serão tratados no Borogoday, evento promovido pela Transcriativa em parceria com UNESCO Sost, Revista HSM, Microsoft, AWS, SKY, Cubo Itaú e outras marcas que estão atentas ao desenvolvimento do principal capital intelectual do brasileiro: o borogodó.
Será um evento gratuito e 100% online, tratando dos temas de criatividade, nomadismo e localismo como ferramentas para os negócios do futuro, portanto discutidos no hoje.
Venha conosco e traga seus colaboradores para três dias da mais genuína imersão criativa. As inscrições estão abertas em [www.borogoday.com.br].