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Gestão de pessoas

3 min de leitura

O que são o nomadismo e localismo e porque eles devem fazer parte da agenda das organizações

Em uma dinâmica de trabalho cada vez mais anywhere office, sua empresa pode estimular vivências em diferentes locais do mundo como espaço de desenvolvimento dos colaboradores

Colunista Alex Lima

Alex Lima

20 de Outubro

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Artigo O que são o nomadismo e localismo e porque eles devem fazer parte da agenda das organizações

Mudam-se os comportamentos, mudam-se as regras. Ou seria o contrário?

A pandemia – que, entre tantas coisas, nos fez experimentar o sabor do trabalho remoto, a reaprender a gerenciar o nosso tempo e também a voltar a conviver com a família num espaço físico limitado –, nos permitiu também abrir olhares para novos estilos de vida que antes nos pareciam utópicos.

Viajar, por exemplo, está em alta. É o que sinalizou a pesquisa realizada pelo site Booking.com em julho de 2021, mostrando que mais da metade dos brasileiros (51%) escolheriam viajar em vez de receber uma promoção no trabalho.

E não para por aí: também foi prioridade para 74% dos brasileiros viajar a encontrar o verdadeiro amor. E 62% dos entrevistados no Brasil priorizaram uma viagem em vez da compra de um carro.

Claro que esses dados têm forte conexão com o desejo de retomar a liberdade, mas é evidente que parte desse comportamento de vida em trânsito não tem mais volta. E até onde as empresas estão conscientes e atentas a esse desejo por mobilidade, liberdade e vida nova dos seus colaboradores, para evitar a perda do capital intelectual e promover felicidade?

O mundo como plataforma de desenvolvimento de pessoas

O nomadismo fará parte da vida da geração digital, que transforma o mundo em uma ferramenta de desenvolvimento humano, e seu uso é uma prioridade do próprio indivíduo. Porém, e se fosse, desde já, uma prioridade também para as organizações?

Essa é uma perspectiva relevante do tema nomadismo que transcende as discussões de trabalho remoto. Trata-se de valorizar o turismo como potencializador do capital intelectual e da realização mais genuína de inovação aberta que uma empresa pode desejar.

A mistura de culturas e conhecimentos sendo estimulada como benefício estratégico, onde há dinâmicas que aproveitam as diferenças, inclusive de localidades, para sair da mesmice das salas de reunião tendenciosas a repetirem caminhos já conhecidos.

Colaboradores tendo várias ideias extraordinárias dentro de uma sala é muito legal! No entanto, depois de um ano, o ambiente não é mais tão legal, frutífero e instigante assim. E se esses mesmos colaboradores estiverem espalhados pelo mundo, se alimentando de novas percepções e estímulos, onde toda esquina é uma referência? Todos ganham!

Localismo

E aí entra o localismo. Mais do que um conceito de potencializar negócios locais, trata-se de uma estratégia de incluir cada região, com suas individualidades e microculturas, como importantes ativos culturais para diferenciação de ideias, serviços e produtos da sua organização.

O caminho? Acredito que um deles seja as empresas começarem a fazer curadoria de regiões que podem contribuir de maneira direta no desenvolvimento criativo do seu negócio, assim como estimular os colaboradores a viverem nesses espaços como parte de um trabalho que integra conhecimento e qualidade de vida.

Seria essa a empresa mais desejada para se trabalhar? Creio que sim.

Lidar com uma cultura verdadeiramente criativa é algo desafiador para a maioria dos negócios porque requer a quebra de paradigmas, reduções hierárquicas e abertura à vulnerabilidades que o mercado não está, de fato, disposto a engolir. Mas sabemos que este é um caminho sem volta. E, tendo você ciência ou não desse movimento, seu bilhete já está agendado e a passagem é só de ida.

Aperte os cintos, pois seus processos tendem a decolar tendo a equipe alinhada com essa nova etapa da jornada e suas limitações de espaço físico acabam de ser substituídas por incontáveis pontos de trabalho pelo mundo. Cada um, inclusive, contribui com novas e diferentes visões para inovar como parte do time.

Processos de inovação realmente abertos começam tendo segurança na liberdade. E que esse seja o começo da sua grande viagem gerencial.

Borogoday

Este e demais assuntos serão tratados no Borogoday, evento promovido pela Transcriativa em parceria com UNESCO Sost, Revista HSM, Microsoft, AWS, SKY, Cubo Itaú e outras marcas que estão atentas ao desenvolvimento do principal capital intelectual do brasileiro: o borogodó.

Será um evento gratuito e 100% online, tratando dos temas de criatividade, nomadismo e localismo como ferramentas para os negócios do futuro, portanto discutidos no hoje.

Venha conosco e traga seus colaboradores para três dias da mais genuína imersão criativa. As inscrições estão abertas em www.borogoday.com.br.

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Autoria

Colunista Alex Lima

Alex Lima

É fundador da Transcriativa.

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