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Desenvolvimento pessoal

3 min de leitura

Pare de mentir no seu CV

E as razões você encontra aqui nessa lista de (maus) exemplos

Colunista Joseph Teperman

Joseph Teperman

28 de Agosto

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Artigo Pare de mentir no seu CV

Scott Thompson, foi CEO do Yahoo por 4 meses em 2012.  Disse que tinha se formado em contabilidade e ciência da computação, mas o segundo era mentira. Tentou culpar um headhunter a quem ele tinha enviado o CV dez anos antes, que conseguiu provar que foi o próprio Scott que mandou o arquivo já “embelezado”.

Quer entrar no MIT? Se você aplicou entre 1997 e 2007, quem tinha a palavra final era Marilee Jones. Foi dela a ideia de cortar o espaço que os candidatos tinham para descrever atividades extracurriculares, com a justificativa que mais espaço significava mais “fluff”. O que ela não conseguiu justificar foi o fato de ter inventado três diplomas jamais conquistados, o que a fez pedir demissão do cargo quando descoberta. Hoje em dia acredito que o chefe da área não tenha colocado mentiras em seu CV.

Dilma Rousseff. Em seu currículo lattes constava que era doutora. Inclusive com o nome da tese, conforme reportagem do Reinaldo Azevedo. Foi desmascarada em 2009 em uma reportagem da revista Piaui, e ficou por isso mesmo. Na sequência, a elegemos presidente.

Jeffrey Papows falava que tinha PHD e não tinha. Que era piloto da marinha americana e tinha sido controlador de tráfego aéreo. Que seu posto era de capitão, e não era. Falava também que era órfão, mas seus pais estavam vivos. Foi presidente da Lotus, empresa de software americana. Quando foi descoberto em 1999, se demitiu.

Como CEO da Bausch & Lomb, Ronald Zerrella escreveu em seu currículo que tinha feito um MBA pela New York University, perdeu bônus de U$1mi, mas não foi demitido.

Robert Irvine, famoso chefe de cozinha, disse ter criado o bolo de aniversário da princesa Diana, que ganhou o título de cavaleiro da rainha e que era responsável por jantares na Casa Branca. Nada disso era verdade. Foi demitido do Food Network, e depois readmitido.

Joana D’arc Felix. Filha de empregada doméstica com um operário. Entrou na faculdade aos 19 anos e fez graduação, mestrado e doutorado na área de química na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e dedicou a vida ao trabalho com jovens em estado de vulnerabilidade social. Impressionante, não? O problema foi ter falado que entrou na faculdade aos 14 anos e que tinha pós-doutorado em Harvard, informações que mais tarde se provaram falsas. Estava decolando como palestrante e o filme contando a história dela estava prestes a acontecer. 

Carlos Alberto Decotelli. Concluiu, com aprovação, todos os créditos da pós-graduação em nível de doutorado em administração pela Universidade Nacional de Rosário (AR). É mestre em administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/EBAPE), tem Master Business Administration (MBA) em administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/EBAPE/EPGE), é graduado em ciências econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e é intendente honorário da marinha do Brasil. Pergunto: precisava dizer que concluiu o doutorado na  Universidade Nacional de Rosário? E dizer que tinha pós doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha? Tudo que ele estudou e realizou não era suficiente? Não dá para um país ter um ministro da educação que mente no CV.

Uma ou duas vezes por ano achamos um exagero no CV de alguém, que inviabiliza a contratação por parte do nosso cliente. Então, posso pedir um favor a você? Abra aí o seu Linkedin (agora, é rapidinho!) e tire tudo que é exagero, meia verdade, ou qualquer coisa parecida com isso. Nunca, em hipótese alguma, minta no seu CV.

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Autoria

Colunista Joseph Teperman

Joseph Teperman

CEO da Amrop INNITI, Board Member, Lifelong Learner, Anticarreirista

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