Como as estratégias de gestão podem reduzir os custos elevados dos reajustes anuais dos planos de saúde empresariais?
5 min de leitura
“A pandemia deve ser um chamado para mudarmos a forma como vemos o mundo, colocando o coletivo acima do individual.” Essa frase foi dita por Walter Schalka, CEO da fabricante de celulose de eucalipto Suzano, à HSM Management, em nossa edição 146, e é emblemática para retratar o momento atual, seja para empreendedores, seja para grandes empresas. A hora pede, além da colaboração, uma preocupação ainda maior com a responsabilidade das atividades empresariais. É a boa (e ainda atual) responsabilidade social.
Práticas corporativas dedicadas à sustentabilidade ambiental e social estão em alta, especialmente com a emergência do ESG (ambiental, social e governança corporativa, na tradução do termo em inglês). Mas aqui estamos falando de um “pedaço” dessa estratégia, aquela que contribui para uma sociedade mais justa, que leva em conta o bem-estar comum, que está acima do lucro. É ter o poder para transformar a sociedade e usá-lo de forma ética.
Ações de responsabilidade social são costumeiramente conectadas a grandes corporações, especialmente por serem contribuições feitas diante do olhar de todos, com grande apelo de marketing. Contudo, essa mesma responsabilidade sobre o impacto que os negócios podem gerar na sociedade também existe entre os empreendedores, que buscam promover a robustez do comércio local, que conhecem cada cliente e fortalecem uma rede de confiança por meio de suas atuações. Por isso, responsabilidade social também é dever dos pequenos. Há muito espaço para o desenvolvimento de ações de impacto no empreendedorismo.
Mas como os pequenos negócios podem fazer a diferença em sua comunidade? O primeiro passo é olhar para dentro e desenvolver o espírito de voluntariado entre os colaboradores. Esse tipo de ação costuma ter grandes impactos no clima organizacional, na disseminação da cultura e do propósito da empresa e na motivação em geral. Outra maneira de aplicar conceitos de responsabilidade social dentro de casa está no estímulo à realização de doações via Lei de Incentivo Fiscal.
No dia a dia, empreendedores também podem apostar na mão de obra local e em fornecedores da região para promover o relacionamento entre os atores da comunidade e auxiliar o desenvolvimento de outros pequenos, fortalecendo o ecossistema. Uma outra ação interna e válida nesse sentido é a gestão dos resíduos provocados pelo negócio. Ao respeitar a correta destinação dos resíduos, as micro e pequenas empresas conseguem evitar desperdícios de matéria-prima e insumos.
Finalmente, a ideia da parceria entre empresas para a cocriação de projetos é muito benéfica para a comunidade. Empreendedores têm a possibilidade de buscar organizações sociais de sua região e sugerir novos projetos ou ações que reúnam valores e posicionamentos de ambas as organizações. Caso não seja possível o desenvolvimento de novas ideias, as pequenas empresas podem anunciar e apoiar organizações e projetos sociais já existentes – e esse apoio pode ser feito por meio de doações financeiras ou de suporte profissional.
Meoo, o serviço de assinatura de carros da Localiza, acredita que atuar de forma responsável socialmente significa muito mais do que um ato de caridade, e por isso se uniu à Gerando Falcões, ecossistema de desenvolvimento social que acelera e viabiliza o impacto de líderes de favelas em todo o Brasil.
A parceria se dá da seguinte maneira: a cada novo contrato assinado em Meoo, uma porcentagem do valor é destinado para a Gerando Falcões, mais especificamente para o Projeto Favela 3D, que tem o objetivo de transformar as favelas em ambientes para moradia digna, com acesso digital, direito à educação e empregabilidade. O projeto Doe um Futuro, de Localiza Meoo para o Favela 3D, espera um verdadeiro redesenho das favelas brasileiras a partir de impactos reais nas comunidades.
De acordo com Mônica Schimenes, fundadora e CEO da MCM Brand Experience, agência de comunicação integrada e marketing, existem cinco dicas para que as PMEs adotem o ESG em seus negócios, conforme entrevista dada à HSM Management.
Observe a trajetória de sua empresa, reflita sobre ações já realizadas em relação à responsabilidade social e passe a documentá-las.
Escolha alguém de sua confiança para fazer a curadoria de registros de responsabilidade social ou ESG para iniciar a geração de informações e novas ideias.
A partir da organização de ações realizadas e novas ideias, não tenha medo, seja ousado, comece com os recursos que tem à mão.
Pequenas e médias empresas também têm o ímpeto de fazer o novo em seu DNA. Assim, teste na prática novas ideias de responsabilidade social.
Busque parcerias que façam sentido com a missão e a visão de futuro de sua pequena ou média empresa. Quando há objetivos em comum, as responsabilidades são divididas de maneira mais natural e orgânica.
A Comunidade: Gestão PME é uma coprodução de HSM Management e Localiza Meoo.
Angela Miguel é editora de conteúdos customizados das revistas HSM Management e MIT Sloan Management Review Brasil.
5 min de leitura
3 min de leitura
3 min de leitura
4 min de leitura
3 min de leitura
4 min de leitura