Business content

Serviços sob demanda aliviam gastos das PMEs

Necessidades particulares das empresas podem ser atendidas quando se aposta nos modelos de serviços por assinatura. Isto é, você só paga o que consome

Carolina Tavares

Carolina Tavares é jornalista e colaboradora da HSM Management. Em 2011, fundou a Jazz House,...

Compartilhar:

O mercado de assinaturas soma 10 bilhões de dólares anuais nos Estados Unidos, tendo como grandes exemplos o Spotify e a Netflix. No Brasil, movimenta 1 bilhão de reais e, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), de 2016 a 2020, o mercado cresceu 167%.

E embora a consultoria Deloitte tenha revelado em uma pesquisa recente que os millennials são a geração mais inclinada a aderir aos clubes de assinatura, a pandemia da covid-19 tem feito com que esse modelo seja buscado por todos os consumidores – e não somente eles. As [PMEs têm buscado esses modelos](https://www.revistahsm.com.br/post/comunidade-empreendedora-e-alavanca-para-transformacao-digital) para aliviar seus gastos.

Para quem possui uma loja online de arte em camisetas, por exemplo, o que vale a pena? Contratar um serviço de impressão que permita a customização das camisetas de acordo com as vendas ou comprar uma grande leva de peças, pois os grandes negócios de impressão só imprimem grandes quantidades, e deixá-las em estoque, esperando que alguém as compre? A primeira opção, além de otimizar o serviço, sai mais barato e evita desperdícios.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) descreve esse tipo de serviço como benéfico às empresas, considerando que traz soluções específicas para as particularidades do empreendimento, as ajudando a alcançar resultados melhores. E quando pensamos no investimento que os pequenos e médios empresários precisam fazer para colocar seu produto na rua, o modelo de assinatura para veículos funciona como mais um alívio para as contas.

## Carro por assinatura
Meoo, [serviço de carro por assinatura da Localiza](https://www.revistahsm.com.br/post/o-que-sua-empresa-esta-falando-por-ai), possibilita que o empreendedor alugue até dez carros para si. Assim, as PMEs não precisam investir em um serviço de frota – que costuma ser mais parrudo e, consequentemente, mais caro – e escolhem um pacote mais adequado às suas necessidades, sem perder o atendimento de qualidade. Ou seja, os empreendedores pagam exatamente o que utilizam. Isso significa mais economia e gestão muito mais adequada, sem desperdício.

O serviço pode ser contratado por pessoa física ou jurídica e ajuda a economizar até 30% em relação a compra de um automóvel. Meoo também fornece veículo 0Km com documentação e manutenção inclusas. Para profissionais que precisam de poucos veículos para um serviço de entrega, por exemplo, é possível escolher o plano, entre 24 e 48 meses, e calcular quanto vai rodar por mês. O resto é por conta da Localiza e não há preocupação com a desvalorização do carro em uma futura venda, além de suporte técnico.

## Como saber se o modelo de assinatura é para você
Os serviços sob demanda são inúmeros, mas é preciso ter em mente alguns fatores antes de optar por esse modelo. Primeiro, detecte as necessidades do seu empreendimento neste exato momento e responda à pergunta: “eu já possuo ferramentas internas e/ou mão de obra para dar conta dessa questão?”.

Se a resposta for não, busque entender quem poderia fazer isso por você – delegar atividades é uma das bases de uma boa produtividade a baixo custo. Busque entender mais sobre os fornecedores, seus princípios, contratos e vantagens. E não se esqueça da [reputação no mercado](https://www.revistahsm.com.br/post/qual-e-o-segredo-de-uma-boa-estrategia-de-employer-branding)! A internet está cheia de promessas, não caia em palavras vazias e não assine papéis que tragam dúvidas a respeito daquilo que está comprando.

Em seguida, entenda qual pacote realmente faz sentido para você. Nem sempre o que funciona para o [concorrente](https://www.revistahsm.com.br/post/nao-deixe-seu-concorrente-trazer-o-longo-para-o-curto-prazo) vai dar certo para sua empresa também. Observe suas particularidades, sua rotina e a maneira como lida com as questões. Esse autoconhecimento empresarial vai ser crucial na hora de bater o martelo naquilo que realmente necessita.

## Um mundo de possibilidades
Quando se começa a enxergar a pluralidade desse universo sob demanda, é possível entrar em uma dimensão onde tudo é uma possibilidade. Você pode aderir a serviços que vão otimizar seu trabalho e diminuir custos da sua empresa, assim como pode fazer parte desses serviços de maneira integrada – isso significa usar as ofertas de maneira inteligente e gerar mais lucros. Por fim, você também pode enxergar nesse mercado uma brecha de criação de um serviço do seu próprio empreendimento.

Esse mundo de possibilidades está diretamente ligado à [personalização](https://www.revistahsm.com.br/post/a-hora-h-do-sxsw-consumo-imersivo-no-varejo), palavra-chave do momento. Tanto se ouve dizer sobre dados, big data, small data, algoritmos… Mas o que isso significa no mundo offline? A particularidade das entregas, a maneira personalizada como se tornou possível realizar tarefas para um cliente ou uma outra empresa é a vivência real daquilo que o digital consome a cada segundo.

“A transformação digital carrega o potencial de permitir às organizações resolver os maiores desafios da sociedade e precisamos começar a questionar para além das metodologias ou boas práticas de como fazê-la. De forma macro, a transformação digital tem duas forças motrizes principais. A primeira são as tecnologias passíveis de serem aplicadas a produtos e serviços. A segunda é a força invisível do mercado que evolui e responde conforme as necessidades dos consumidores”, ressalta Jan Kishi Diniz, sócio do Grupo Anga&D4namo.

*Confira mais artigos para empreendedores na [Comunidade Gestão PME](https://www.revistahsm.com.br/comunidade/gestao-pme).*

Compartilhar:

Artigos relacionados

Por que será que não escutamos?

Cada vez mais palavras de ordem, imperativos e até descontrole tomam contam do dia-dia. Nesse costume, poucos silêncios são entendidos como necessários e são até mal vistos. Mas, se todos falam, no fim, quem é que está escutando?