Desenvolvimento pessoal

Preconceito de idade começa antes do que você imagina

E é alto o percentual de pessoas que já vivenciaram ou presenciaram situações embaraçosas no ambiente de trabalho, segundo artigo publicado na revista Fast Company

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Não é de hoje que profissionais mais velhos sofrem preconceito no mercado de trabalho. No entanto, é cada vez mais importante discutir o assunto, a julgar pelos resultados da mais recente pesquisa da Fairygodboss, uma plataforma de empregos voltada ao público feminino.

O levantamento mostra que 28% dos entrevistados já vivenciaram o preconceito de idade no local de trabalho, mas quase o dobro disso, 44%, observaram casos assim em sua trajetória profissional. As formas mais comuns de preconceito incluem observações negativas dos colegas e ser preterido em relação a uma oportunidade de emprego. 

Um dos aspectos da pesquisa que mais chamou a atenção se refere à época da vida em que o preconceito de idade começa a ser percebido. Uma em cada três pessoas que vivenciaram algum tipo de preconceito passaram por essa experiência antes dos 45 anos, explica a presidente e cofundadora da Fairygodboss, Georgene Huang, em artigo publicado na revista Fast Company.

Não surpreende, portanto, que 45% das pessoas que participaram da pesquisa queiram se aposentar quando chegarem aos 65 anos e que 25% tenham medo de perder o emprego antes disso por causa da idade. Também é compatível com os resultados gerais o fato de as pessoas que já vivenciaram esse tipo de preconceito apresentarem quase quatro vezes mais chances de temer a demissão por conta da idade do que as demais. “A diversidade de ideias, de experiências e de habilidades que uma força de trabalho intergeracional oferece é de valor inestimável”, escreve Huang. “Está na hora de os empregadores fazerem sua parte e reconhecerem esse fato, assegurando que atitudes e práticas preconceituosas não tenham mais lugar no ambiente de trabalho”, acrescenta. 

**HOMENS E MULHERES**

Um dos objetivos primordiais da pesquisa era investigar se homens e mulheres vivenciam o preconceito de idade da mesma forma. A conclusão, destaca Huang, é que são distintas as formas como eles e elas lidam com o problema. 

Para combater o problema ou, pelo menos, evitar suas consequências negativas, mais mulheres apresentam tendência de tingir os cabelos, esconder a idade no currículo, usar óculos para disfarçar rugas e ouvir músicas e ler livros identificados com o público mais jovem, mesmo que não se encaixem exatamente no gosto delas. Além disso, 31% das mulheres que participaram da pesquisa, e que já vivenciaram situações de preconceito de idade, contaram que buscaram fazer cursos envolvendo novas tecnologias para escapar da discriminação.

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