Direto ao ponto

Programação e educação financeira para crianças na mira de startups latino-americanas

As estratégias de edtech peruana e fintech brasileira que ensinam programação e educação financeira às gerações Z e alpha

Compartilhar:

Duas mulheres estão à frente de startups que apoiam a educação financeira e tecnológica de crianças e adolescentes na América Latina. Criada no Peru, a edtech Crack the Code, que oferece aulas de programação para crianças de cinco a 18 anos na América Latina hispânica, foi fundada por Maria del Mar Velez, sua CEO e irmã de outro empreendedor de sucesso no continente: David Velez, fundador do Nubank.

Para ela, aprender a programar é uma solução para a falta de capital humano que a América Latina enfrenta. “Como empresa peruana, vemos em primeira mão a lacuna que existe entre os milhões de crianças nas escolas públicas e privadas e o acesso à informática e à programação, habilidades essenciais que abrem oportunidades para o ensino superior e a futura colocação em empregos”, avalia.

A startup peruana oferece programas especializados para meninas. Ao mesmo tempo, essas tecnologias precisam ser supervisionadas por grupos politicamente responsáveis que decidem o que ela deve ou não fazer. A Crack the Code recebeu recentemente uma rodada inicial de financiamento de US$ 2,7 milhões liderada pela Kaszek Ventures (a mesma de QuintoAndar, Remessas Online e Azos).

## Educação financeira
Já a brasileira Z1 é uma mistura de edtech e fintech com a premissa de introduzir autonomia e educação financeira na vida das pessoas desde cedo. Para isso, criou uma conta digital para adolescentes atrelada a um cartão de “crébito”. Esse termo foi adotado por Sophie Secaf, cofundadora e CMO da Z1, para definir a lógica do produto: um cartão de crédito pré-pago para ser usado principalmente em contas online, mas que só permite que o adolescente gaste o que tem na conta.

> “Educação financeira é uma lacuna gigante, que não se aprende na escola, e esse problema começou a me incomodar mais e mais”, conta Secaf para a reportagem do [Latin America Business Stories](https://labsnews.com/en/articles/business/brazilian-fintech-z1-digital-bank-kaszek-series-a/).

Ela acredita que o mercado financeiro está em descompasso com a realidade e as necessidades da geração Z. “Não faz sentido essa geração não ter educação financeira e só ser considerada adulta e poder mexer com dinheiro, entrar nos bancos, com 18 anos, sendo que a realidade do País não é essa.”

O cartão Z1 funciona como um escudo “antidívidas”. “É importante como marca ter essa responsabilidade com nosso público. Não faria sentido dar um cartão de crédito para adolescentes que estão aprendendo sobre educação financeira correrem o risco de se endividarem.”

Além do cartão e do app mobile, a Z1 criou uma comunidade de adolescentes e influenciadores para manter uma proximidade com seus clientes e pensar na evolução do produto.

__Leia mais: [Inovação é o caminho para a IA ética](https://www.revistahsm.com.br/post/inovacao-e-o-caminho-para-a-ia-etica)__

Compartilhar:

Artigos relacionados

O novo sucesso que os RHs não estão percebendo

As novas gerações estão redefinindo o conceito de sucesso no trabalho, priorizando propósito, bem-estar e flexibilidade, enquanto muitas empresas ainda lutam para se adaptar a essa mudança cultural profunda.

Quem pode mais: o que as eleições têm a nos dizer? 

Exercer a democracia cada vez mais se trata também de se impor na limitação de ideias que não façam sentido para um estado democrático por direito. Precisamos ser mais críticos e tomar cuidado com aquilo que buscamos para nos representar.