Uncategorized

Proximidade digital

Streaming e serviços inovadores conectam pessoas em tempos de distanciamento social
__Ellen Kiss__ é empreendedora e consultora de inovação especializada em design thinking e transformação digital, com larga experiência no setor financeiro. Em agosto de 2022. após um período sabático, assumiu o posto de diretora do centro de excelência em design do Nubank.

Compartilhar:

Como dizem, a necessidade é o motor da inovação. No momento em que fomos proibidos de viajar, frequentar escolas, ir aos shoppings ou aos nossos encontros sociais e tivemos de ficar em casa, nos vimos obrigados a inovar e a reorganizar nossas vidas em torno de uma nova rotina, preservando algumas das nossas atividades essenciais.

Para os fãs do universo digital que, como eu, já realizavam boa parte de suas atividades digitalmente, o impacto, em termos práticos, não foi tão grande. Continuamos fazendo compras, pagando contas, participando das aulas, assistindo a filmes e lendo jornais com o apoio da tecnologia. Ou seja, não houve uma mudança radical. 

Mas como sempre há espaço para evoluir, resolvi experimentar outros hábitos e confesso que fui surpreendida. Descobri, por exemplo, que é possível, sim, fazer atividades físicas como ioga e meditação na sala da minha casa, no horário e na duração mais conveniente para mim. Outra (re)descoberta foi a Peloton, empresa fundada em 2012 com sede em Nova York, cujo principal produto era uma bicicleta de spinning que permitia aos usuários participarem remotamente de aulas. Recentemente, a empresa lançou o Peloton Digital, um serviço de assinatura mensal que permite participar de aulas de ciclismo, corrida (em esteira e ao ar livre), ioga e meditação via streaming. 

Descobri também que além das mídias sociais tradicionais como 

Facebook e Instagram que me conectam com meus amigos, posso me conectar com quem não conheço, mas está geograficamente próximo a mim. O Nextdoor, serviço digital que permite que as pessoas se conectem e compartilhem em seus bairros, tem ajudado muitos lojistas locais durante a crise. A empresa, com sede nos Estados Unidos, está presente em 11 países, com mais de 10 milhões de usuários. Por meio do Nextdoor consegui saber da chegada de um novo carregamento de papel higiênico no mercado local, por exemplo. E me inspirei a deixar um cartaz na porta de casa, agradecendo aos entregadores por seu papel fundamental durante a crise.

A pandemia de Covid-19, que nos obrigou a um total distanciamento social, na verdade, nos aproximou. Esperava me sentir distante, mas estou mais próxima do que nunca. Meu WhatsApp nunca esteve tão ativo, com convites para Zoom, lives e party houses. Conversei com amigos com os quais há muito tempo eu não falava. Participei de aniversários em que, por morar fora do País, certamente eu não iria. Consegui apoiar algumas causas, promovidas por pessoas que eu não conhecia. 

Acredito que um dos benefícios desta crise é nos forçar a usar a internet como sempre deveria ter sido – para conectar, compartilhar recursos e apresentar soluções individuais de forma coletiva. Se usadas da forma correta, as ferramentas digitais nos ajudam a fortalecer nossos laços no mundo real. Assim, além de novas situações, experimentaremos a tecnologia como meio para mantermos a saúde mental em tempos de crise. E que fique a lição quando tudo isso passar.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Liderança
5 de novembro de 2025
Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas - mas sim coragem para sustentar as perguntas certas. Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Angelina Bejgrowicz - Fundadora e CEO da AB – Global Connections

12 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
4 de novembro de 2025

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude

3 minutos min de leitura
Liderança
3 de novembro de 2025
Em um mundo cada vez mais automatizado, liderar com empatia, propósito e presença é o diferencial que transforma equipes, fortalece culturas e impulsiona resultados sustentáveis.

Carlos Alberto Matrone - Consultor de Projetos e Autor

7 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
1º de novembro de 2025
Aqueles que ignoram os “Agentes de IA” podem descobrir em breve que não foram passivos demais, só despreparados demais.

Atila Persici Filho - COO da Bolder

8 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
31 de outubro de 2025
Entenda como ataques silenciosos, como o ‘data poisoning’, podem comprometer sistemas de IA com apenas alguns dados contaminados - e por que a governança tecnológica precisa estar no centro das decisões de negócios.

Rodrigo Pereira - CEO da A3Data

6 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
30 de ouutubro de 2025
Abandonando o papel de “caçador de bugs” e se tornando um “arquiteto de testes”: o teste como uma função estratégica que molda o futuro do software

Eric Araújo - QA Engineer do CESAR

7 minutos min de leitura
Liderança
29 de outubro de 2025
O futuro da liderança não está no controle, mas na coragem de se autoconhecer - porque liderar os outros começa por liderar a si mesmo.

José Ricardo Claro Miranda - Diretor de Operações da Paschoalotto

2 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
28 de outubro 2025
A verdadeira virada digital não começa com tecnologia, mas com a coragem de abandonar velhos modelos mentais e repensar o papel das empresas como orquestradoras de ecossistemas.

Lilian Cruz - Fundadora da Zero Gravity Thinking

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
27 de outubro de 2025
Programas corporativos de idiomas oferecem alto valor percebido com baixo custo real - uma estratégia inteligente que impulsiona engajamento, reduz turnover e acelera resultados.

Diogo Aguilar - Fundador e Diretor Executivo da Fluencypass

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Inovação & estratégia
25 de outubro de 2025
Em empresas de capital intensivo, inovar exige mais do que orçamento - exige uma cultura que valorize a ambidestria e desafie o culto ao curto prazo.

Atila Persici Filho e Tabatha Fonseca

17 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)