Gestão de Pessoas

Qual a chave para uma boa tomada de decisão?

Cada vez mais será necessário exercermos nosso pensamento crítico diante das experiências cotidianas. Mas você sabe o que é isso, necessariamente? Sabe não cair no julgamento?
Networker, LinkedIn Creator, Professor e Consultor há 25 anos nas áreas de People Analytics, Data Driven, Inteligência de Mercado, Cultura e Transformação Organizacional, Gestão por Indicadores, Pesquisa Operacional, Análise Multivariada, Métodos Quantitativos, Modelagem e Estatística Aplicada. Docente da HSM, SingularityU, FIA, BSP, FIAP, Ibmec, Insper e FAAP em programas de MBA. Mestre em Engenharia pela Escola Politécnica da USP. Especialista em People Analytics, Data Driven Decision e Controle Estatístico de Processos. Yellow Belt. Graduação em Engenharia.

Compartilhar:

Muito se fala atualmente sobre a importância de tomar decisões precisas e assertivas. Infelizmente, é comum fazermos escolhas erradas.

O funcionamento do cérebro humano é bem confuso. Executamos diversas tarefas complexas no dia a dia, enquanto ao mesmo tempo falhamos em tarefas mais triviais, como lembrar onde deixamos as chaves do carro. Estudamos anos e anos para nos tornarmos especialistas em um assunto e, mesmo assim, tomamos decisões com base em vieses e falácias – aspectos relativos à decisão humana que nem sempre representam a melhor escolha.

A chave para uma boa tomada de decisão está no exercício do ́ . Pessoas que pensam criticamente conseguem:

1. Delimitar os problemas com mais clareza, sendo mais precisos em seu plano de ação;
2. Avaliar a qualidade das informações que consomem;
3. Reduzir os efeitos de vieses e falácias;
4. Questionar rigorosamente ideias e suposições ao invés de aceitá-las imediatamente;
5. Estar abertas a estarem erradas e reconhecer fraquezas ou pontos negativos que existem nos próprios argumentos.

Na vontade de acertar, acabamos pecando na precisão de nossas decisões e incorrendo nos chamados vieses (armadilhas mentais que podem nos fazer tomar a decisão errada).

Por exemplo, às vezes estamos tão preocupados em provar nosso ponto de vista que nos atentamos somente àquilo que valida nossa visão. Isso acontece com todos nós em algum momento, e é nomeado viés de confirmação. Já o viés de seleção se trata do movimento, muitas vezes automático, de olhar para uma parcela pequena das informações disponíveis e rapidamente tirar conclusões sobre um todo que ainda não foi analisado.

Outras formas de distorcermos nossa visão da realidade vem da aceitação das chamadas falácias, que são argumentos que em um primeiro momento parecem corretos, mas quando paramos para analisar talvez não sejam tão bons assim.

Quando, por exemplo, acreditamos em uma informação sem questioná-la pois todos na equipe pensam daquela forma, ou por ela ter vindo de um líder, estamos deixando de avaliar o que nos é apresentado e saltando a conclusões que podem estar bem distantes do que é a realidade.

Para nos tornarmos mais críticos, precisamos ser capazes de avaliar a qualidade de uma informação e os possíveis riscos atreladas a ela, independente de como ela nos foi apresentada.

Precisamos pensar criticamente para reduzir essas distorções, avaliando que nem toda informação que recebemos possui o mesmo valor.

O ́ nos permite tomar decisões autônomas, questionar crenças quando estas não são baseadas em evidências sólidas e a resolver problemas de negócios de uma forma mais assertiva.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Inovação

Living Intelligence: A nova espécie de colaborador

Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Liderar GenZ’s: As relações de trabalho estão mudando…

Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 4º país com mais crises de saúde mental no mundo e 500 mil afastamentos em 2023. As empresas que ignoram esse tsunami pagarão o preço em produtividade e talentos.

Nayara Teixeira

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Empresas que integram IA preditiva e machine learning ao SAP reduzem custos operacionais em até 30% e antecipam crises em 80% dos casos.

Marcelo Korn

7 min de leitura
Empreendedorismo
Reinventar empresas, repensar sucesso. A megamorfose não é mais uma escolha e sim a única saída.

Alain S. Levi

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A Inteligência Artificial deixou de ser uma promessa futurista para se tornar o cérebro operacional de organizações inteligentes. Mas, se os algoritmos assumem decisões, qual será o papel dos líderes no comando das empresas? Bem-vindos à era da gestão cognitiva.

Marcelo Murilo

12 min de leitura
ESG
Por que a capacidade de expressar o que sentimos e precisamos pode ser o diferencial mais subestimado das lideranças que realmente transformam.

Eduardo Freire

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A IA não é só para tech giants: um plano passo a passo para líderes transformarem colaboradores comuns em cientistas de dados — usando ChatGPT, SQL e 360 horas de aprendizado aplicado

Rodrigo Magnago

21 min de leitura