Uncategorized

Quando a inovação chega aos COLCHÕES

A Casper Mattress, de Nova York, usa design thinking, ciência, branding e senso de humor para ser cada vez mais falada

Compartilhar:

Ser a Nike do sono. Esse era o objetivo da empresa nova-iorquina fundada em 2014 em seus três lançamentos anteriores: um colchão de espuma high-tech, lençóis e travesseiros extra- -arejados. No entanto, ninguém esperava por seu extravagante produto novo: um colchão para cães de US$ 125. 

“A ideia é louca”, admite Neil Parikh, cofundador da Casper, de 27 anos, e seu executivo-chefe de operações. Mas o fato é que tem vendido muito bem e que passou a mensagem programada: a Casper tem um grupo cool de pessoas que pensam de um jeito interessante. 

Se uma empresa quer transformar uma commodity como o colchão em estilo de vida e convencer os consumidores de que o sono merece tanta atenção quanto a alimentação, ela tem de abordar as coisas de modo diferente. Por isso, a Casper está combinando ciência, design thinking, branding e humor para redefinir o colchão. 

Parece estar dando certo: sua receita de 2016 alcançou os US$ 200 milhões – o dobro da de 2015, segundo a empresa. A expansão internacional começou, com entrada nos mercados do Canadá, Alemanha, Áustria, Suíça e Reino Unido, e, mais importante, eles montaram uma espécie de equipe “SWAT” de internacionalização. “Conseguimos implantar uma filial em um prazo de oito a dez semanas”, diz Parikh. 

Essa emoção na venda de colchões não faz sentido? Talvez não, porém a Casper é uma extensão da personalidade de seus fundadores millennials, com cara de startup do Vale do Silício. Nenhum deles tem filhos, quatro ainda não chegaram aos 35 e o quarentão Jeff Chapin, executivo-chefe de produto, passou uma década na Ideo. 

O primeiro insight deles veio do fato de que muitas pessoas falam sobre seu sono – celebridades como Arianna Huffington, inclusive – e até há apps para ajudar a dormir melhor. Então, dedicaram-se a estudar o que faz o sono ser bom. Também perceberam que a experiência de compra de um colchão está entre as piores que há e a mudaram, incluindo um surpreendente unboxing – o colchão é comprimido em um rolinho e desenrolado. 

Tudo parece ir bem. Agora, estão montando um laboratório de protótipos em San Francisco, para propor sistemas de dormir personalizados, e abrindo lojas físicas em Nova York, Los Angeles e Londres. No entanto, fica claro que tentarão expandir seu conceito da experiência de dormir para hotéis, aviões, navios. Exponencialmente.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Inovação

Living Intelligence: A nova espécie de colaborador

Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Liderar GenZ’s: As relações de trabalho estão mudando…

Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura
ESG
Um ano depois e a chuva escancara desigualdades e nossa relação com o futuro

Anna Luísa Beserra

6 min de leitura
Empreendedorismo
Liderar na era digital: como a ousadia, a IA e a visão além do status quo estão redefinindo o sucesso empresarial

Bruno Padredi

5 min de leitura
Liderança
Conheça os 4 pilares de uma gestão eficaz propostos pelo Vice-Presidente da BossaBox

João Zanocelo

6 min de leitura
Inovação
Eventos não morreram, mas 78% dos participantes já rejeitam formatos ultrapassados. O OASIS Connection chega como antídoto: um laboratório vivo onde IA, wellness e conexões reais recriam o futuro dos negócios

Vanessa Chiarelli Schabbel

5 min de leitura
Marketing
Entenda por que 90% dos lançamentos fracassam quando ignoram a economia comportamental. O Nobel Daniel Kahneman revela como produtos são criados pela lógica, mas comprados pela emoção.

Priscila Alcântara

8 min de leitura
Liderança
Relatórios do ATD 2025 revelam: empresas skills-based se adaptam 40% mais rápido. O segredo? Trilhas de aprendizagem que falam a língua do negócio.

Caroline Verre

4 min de leitura