O tema da produtividade está em alta e, cada vez mais, deixa as fronteiras do universo das empresas para ser uma preocupação presente no dia a dia das pessoas. Ao mesmo tempo, os avanços da inteligência artificial apontam na direção de soluções inovadoras que podem livrar os seres humanos do fardo de muitas tarefas cotidianas.
Esse é o foco do novo projeto de Marissa
Mayer. Ela está de volta onde começou, no número 165 da University Avenue, no centro de Palo Alto. Ali, em 1999, ainda recém-formada na Stanford University, foi uma das primeiras pessoas a trabalhar em uma pequena startup chamada Google.
Depois de 13 anos brilhando no Google, Mayer se tornou CEO do Yahoo, onde permaneceu até 2017. E, agora, a estrela do mundo da tecnologia se dedica à Lumi Labs, empresa que fundou em 2018 com o colega de longa data Enrique Muñoz Torres e que conta atualmente com uma pequena equipe de 15 pessoas.
O objetivo da Lumi é desenvolver aplicativos para smartphones que ajudem as pessoas a “economizar alguns minutos todos os dias”, conforme a própria Mayer contou à reportagem da revista Fast Company. Desse modo, no endereço em que iniciou sua trajetória, ela volta ao território da tecnologia voltada à produtividade pessoal, que explorou tão bem no passado, como uma das profissionais responsáveis pelo surgimento de serviços como Google Search, Gmail e Google Maps.
A executiva não revelou detalhes dos aplicativos que estão em gestação na Lumi, ou mesmo a expectativa de prazo para o lançamento dos produtos. Ela explicou, porém, que a ideia central é aproveitar os avanços da inteligência artificial para criar ferramentas que possibilitem automatizar atividades “tão mundanas e tão demoradas” que muitas pessoas preferem não fazer.
O gerenciamento de fotos particulares, que costuma consumir o tempo das pessoas, é um dos exemplos de tarefas cotidianas para as quais a Lumi pretende trazer soluções. Nesse caso, os conceitos de machine learning podem ajudar a conferir se as imagens estão com boa qualidade – a partir de critérios como foco e luz – ou mesmo se merecem ser compartilhadas, com base no histórico de compartilhamentos do usuário.
“Queremos que nossos produtos sejam agradáveis de serem usados”, diz Mayer, acrescentando que espera ter com a Lumi, em algum momento, o mesmo impacto e a mesma escala que teve um dia com os produtos do Google dos quais participou.