Uncategorized

Recado para os Líderes que dão Respostas…

A capacidade de fazer perguntas, e de escutar os outros, é mais determinante para o sucesso que a habilidade de negócios
CEO e fundador do Grupo Bio Ritmo, a maior rede de academias da América Latina, fundada em 1996, que deve superar o R$ 1 bilhão de faturamento em 2016, em crescimento puxado por sua academia low cost Smart Fit e tendo fundo de investimento como sócio.

Compartilhar:

Gerenciar pessoas e encontrar fórmulas adequadas de engajar equipes é certamente um dos principais desafios encontrados por empreendedores e lideranças em geral, principalmente em um mercado tão diversificado e dinâmico como o brasileiro. Em uma realidade em que muitos falam sobre inovação e modelos disruptivos, cuidar do ambiente interno pode ser o grande divisor de águas entre o fracasso e o sucesso. Em qual lado você estará dependerá muito mais de sua capacidade de escutar do que necessariamente de sua habilidade com os negócios. 

Algo que aprendi depois de alguns tropeços – uns bastante duros, inclusive – foi que não existe empresa sem a participação ativa de todos os seus colaboradores. Pode soar clichê, mas essa é uma realidade que deveria orientar todo líder, seja ele um microempreendedor ou o gestor de uma multinacional, e não orienta. Certamente, é um dos pontos centrais do modelo de gestão de companhias bem-sucedidas e inclui adotar um modelo horizontal de comunicação e criar mecanismos que encorajem os funcionários a compartilhar ideias e sugestões. 

Minha lição eu aprendi com a filosofia de negócios metanoia, que, de modo simplificado, significa mudar o modelo de gestão para então transformar a empresa, em um processo que parte de dentro para fora. Foi com base nesse conceito que a Bio Ritmo deixou de lado uma gestão altamente verticalizada para introduzir um modelo participativo apoiado em três pilares: significado (a capacidade do colaborador de entender sua função dentro da empresa), influência (o processo pelo qual o funcionário percebe que também tem voz na organização) e poder (o ganho de autonomia das equipes diante dos desafios diários). 

Embasados nesse tripé, hoje utilizamos, em todas as academias do Grupo Bio Ritmo, métricas capazes de medir o nível de engajamento das equipes e dos clientes e, a partir dos resultados coletados, gerentes de unidades elaboram planos de ação específicos em conjunto com seu pessoal. Naturalmente, algumas iniciativas acabam sendo replicadas em outras unidades, mas o princípio fundamental é que não existe receita única. Cada academia tem a própria realidade e, para lidar com seus desafios, necessita de ações únicas formuladas com o envolvimento de todos. 

Eu acredito firmemente que o lucro nada mais é que a tradução literal de uma equipe engajada – e, em consequência, de clientes satisfeitos. É isso que faz a diferença em qualquer negócio.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Tecnologias exponenciais
A IA não é só para tech giants: um plano passo a passo para líderes transformarem colaboradores comuns em cientistas de dados — usando ChatGPT, SQL e 360 horas de aprendizado aplicado

Rodrigo Magnago

21 min de leitura
ESG
No lugar de fechar as portas para os jovens, cerque-os de mentores e, por que não, ofereça um exemplar do clássico americano para cada um – eles sentirão que não fazem apenas parte de um grupo estereotipado, mas que são apenas jovens

Daniela Diniz

05 min de leitura
Empreendedorismo
O Brasil já tem 408 startups de impacto – 79% focadas em soluções ambientais. Mas o verdadeiro potencial está na combinação entre propósito e tecnologia: ferramentas digitais não só ampliam o alcance dessas iniciativas, como criam um ecossistema de inovação sustentável e escalável

Bruno Padredi

7 min de leitura
Finanças
Enquanto mulheres recebem migalhas do venture capital, fundos como Moon Capital e redes como Sororitê mostram o caminho: investir em empreendedoras não é ‘caridade’ — é fechar a torneira do vazamento de talentos e ideias que movem a economia

Ana Fontes

5 min de leitura
Empreendedorismo
Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Ivan Cruz

7 min de leitura
ESG
Resgatar nossas bases pode ser a resposta para enfrentar esta epidemia

Lilian Cruz

5 min de leitura
Liderança
Como a promessa de autonomia virou um sistema de controle digital – e o que podemos fazer para resgatar a confiança no ambiente híbrido.

Átila Persici

0 min de leitura
Liderança
Rússia vs. Ucrânia, empresas globais fracassando, conflitos pessoais: o que têm em comum? Narrativas não questionadas. A chave para paz e negócios está em ressignificar as histórias que guiam nações, organizações e pessoas

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura
Empreendedorismo
Macro ou micro reducionismo? O verdadeiro desafio das organizações está em equilibrar análise sistêmica e ação concreta – nem tudo se explica só pela cultura da empresa ou por comportamentos individuais

Manoel Pimentel

0 min de leitura
Gestão de Pessoas
Aprender algo novo, como tocar bateria, revela insights poderosos sobre feedback, confiança e a importância de se manter na zona de aprendizagem

Isabela Corrêa

0 min de leitura