Uncategorized

Se está prestes a crescer, sua startup precisa de RH

Ponto de atenção dos investidores, a gestão de talentos tem de ser profissional – mas diferente da feita em empresas estabelecidas

Compartilhar:

Um dos maiores desafios de toda startup em fase de crescimento é construir um bom time. Seus empreendedores fundadores têm outros focos – a validação de ideias, a busca de aportes financeiros, as entregas – e geralmente não dão conta desse recado. Ter as pessoas certas, nesse caso, costuma significar ter indivíduos em sintonia com no mínimo quatro atributos-chave dos empreendimentos inovadores: velocidade, mentalidade lean,  alta capacidade de execução  e crescimento acelerado.  Como conseguir? Antes de mais nada, é crucial definir um responsável pela área de pessoas; não adie isso, senão vai ficar difícil colocar a equipe na “mesma página”.  A recomendação é escolher alguém já experiente na área que possa sair jogando rápido. Em seguida, descubra como sua startup está posicionada em relação às estratégias de atração, engajamento e desenvolvimento de time. Esse diagnóstico fornecerá os dados necessários para o plano de aumentar os talentos, com dois horizontes de tempo: curto e médio prazos. 

O próximo passo é estruturar a área de recrutamento e seleção, uma das operações mais complexas de qualquer empresa. Os atributos procurados, como foi dito, serão velocidade, mentalidade lean, alta capacidade de execução e conforto com o crescimento acelerado. Isso envolve construir processos consistentes e fluidos, fluxogramas, métricas de gestão com base em dados para tomadas de decisão –  e o conhecimento profundo sobre o mercado e sobre onde estão os melhores talentos é essencial para isso. Hoje existem metodologias que ajudam a estruturar e operar essa “máquina” de contratação, como o people analytics. 

A nova etapa? Investir tempo em olhar para a cultura da empresa. Em grandes empresas, a cultura é a primeira coisa a trabalhar, como norte de estratégias e planos, mas, no caso das startups, isso pode ficar para mais tarde, porque o movimento cultural do fundador ainda é recente.  Ao RH cabe fazer com que as pessoas sejam evangelistas da cultura. Definido o culture code – que, aliás, tem de incluir um propósito –, este deve ser usado como atrativo no recrutamento. Depois de resolver quem será o responsável pela área de talentos, fazer diagnóstico, cuidar do recrutamento e seleção e da cultura, é hora  de focar o desenvolvimento dos líderes que serão os principais hubs de conexão entre a estratégia e a ação, como costumamos dizer. 

A premissa? Todos precisam ter o mesmo ritmo acelerado da startup. Esse é um ponto sensível em empresas iniciantes. O mais comum é ninguém deixar claro para os novos líderes de startups o que se espera deles no curto e no longo prazos, e eles têm de saber “se virar” sozinhos; também é frequente esses líderes terem dúvidas sobre se conseguem atender às expectativas. Assim, é importante investigar o perfil desses líderes para acertar na escolha e traçar planos de desenvolvimento para eles. Gestão de talentos não é receita de bolo. O importante é começar com o essencial, exposto aqui, e, depois, ir, de maneira simples, aprendendo lições em cada ciclo para evoluir continuamente.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Empreendedorismo
Um guia para a liderança se antecipar às consequências não intencionais de suas decisões

Lilian Cruz e Andréa Dietrich

4 min de leitura
ESG
Entre nós e o futuro desejado, está a habilidade de tecer cada nó de um intricado tapete que une regeneração, adaptação e compromisso climático — uma jornada que vai de Baku a Belém, com a Amazônia como palco central de um novo sistema econômico sustentável.

Bruna Rezende

5 min de leitura
ESG
Crescimento de reclamações à ANS reflete crise na saúde suplementar, impulsionada por reajustes abusivos e falta de transparência nos planos de saúde. Empresas enfrentam desafios para equilibrar custos e atender colaboradores. Soluções como auditorias, BI e humanização do atendimento surgem como alternativas para melhorar a experiência dos beneficiários e promover sustentabilidade no setor.
4 min de leitura
Finanças
Brasil enfrenta aumento de fraudes telefônicas, levando Anatel a adotar medidas rigorosas para proteger consumidores e empresas, enquanto organizações investem em tecnologia para garantir segurança, transparência e uma comunicação mais eficiente e personalizada.

Fábio Toledo

4 min de leitura
Finanças
A recente vitória de Donald Trump nos EUA reaviva o debate sobre o protecionismo, colocando em risco o acesso do Brasil ao segundo maior destino de suas exportações. Porém, o país ainda não está preparado para enfrentar esse cenário. Sua grande vulnerabilidade está na dependência de um número restrito de mercados e produtos primários, com pouca diversificação e investimentos em inovação.

Rui Rocha

0 min de leitura
Finanças
O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Fábio Duran

3 min de leitura
Empreendedorismo
Trazer os homens para a discussão, investir em ações mais intencionais e implementar a licença-paternidade estendida obrigatória são boas possibilidades.

Renata Baccarat

4 min de leitura
Uncategorized
Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Ivan Cruz

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Edmee Moreira

4 min de leitura
ESG
A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Ana Carolina Peuker

4 min de leitura