Direto ao ponto

Sejam bem-vindos, refugiados

Para a Academy of Management Perspectives, eles precisam ser valorizados pelas empresas

Compartilhar:

Visto como um grave problema da atualidade, pelo drama humano e também pelos efeitos secundários em termos de disseminação da xenofobia, o deslocamento forçado de milhões de pessoas merece uma reavaliação por parte das mulheres e homens de negócios. É o que defende um artigo da Academy of Management Perspectives.

“Não estamos aproveitando as vantagens potenciais desses indivíduos”, afirma Grace Chun Guo, uma das autoras. “É um imenso desperdício de talento.” Ela se refere a um grupo que não pára de crescer. Em 2017, o número de migrantes internacionais atingiu 250 milhões, mais do que um Brasil – um salto de quase 50% em relação a 2000. Cerca de 25 milhões escapavam de conflitos armados, desastres naturais ou perseguição política ou religiosa.

O artigo menciona que, mesmo em países nos quais a opinião pública é majoritariamente a favor dos direitos dos refugiados, ainda há ceticismo sobre se eles realmente foram forçados a abandonar seus lares e dúvidas sobre se podem ser integrados à sociedade. A situação é mais grave em países como Índia e Turquia, onde a maioria da população defende o fechamento das fronteiras.”

Para os autores, as empresas têm um papel central na solução deste problema. Oferecer emprego a essa força de trabalho é isoladamente o maior fator de sucesso na integração dos refugiados.

Muitos têm um nível educacional e de qualificação profissional elevado e podem desempenhar papéis importantes em empresas, governos ou como profissionais liberais. Frequentemente, porém, são obrigados a ficar em campos de refugiados ou são levados a trabalhar em subempregos nas cidades. Os autores apontam que, no caso dos Estados Unidos, refugiados entre 18 e 45 anos pagam US$ 21 mil dólares a mais de impostos do que recebem em benefícios do governo ao longo de 20 anos a partir do momento em que desembarcam, contrariando o argumento de que são um peso à sociedade.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

Saúde psicossocial é inclusão

Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Inovação
No SXSW 2025, Flavio Pripas, General Partner da Staged Ventures, reflete sobre IA como ferramenta para conexões humanas, inovação responsável e um futuro de abundância tecnológica.

Flávio Pripas

5 min de leitura
ESG
Home office + algoritmos = epidemia de solidão? Pesquisa Hibou revela que 57% dos brasileiros produzem mais em times multidisciplinares - no SXSW, Harvard e Deloitte apontam o caminho: reconexão intencional (5-3-1) e curiosidade vulnerável como antídotos para a atrofia social pós-Covid

Ligia Mello

6 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo de incertezas, os conselhos de administração precisam ser estratégicos, transparentes e ágeis, atuando em parceria com CEOs para enfrentar desafios como ESG, governança de dados e dilemas éticos da IA

Sérgio Simões

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Os cuidados necessários para o uso de IA vão muito além de dados e cada vez mais iremos precisar entender o real uso destas ferramentas para nos ajudar, e não dificultar nossa vida.

Eduardo Freire

7 min de leitura
Liderança
A Inteligência Artificial está transformando o mercado de trabalho, mas em vez de substituir humanos, deve ser vista como uma aliada que amplia competências e libera tempo para atividades criativas e estratégicas, valorizando a inteligência única do ser humano.

Jussara Dutra

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A história familiar molda silenciosamente as decisões dos líderes, influenciando desde a comunicação até a gestão de conflitos. Reconhecer esses padrões é essencial para criar lideranças mais conscientes e organizações mais saudáveis.

Vanda Lohn

5 min de leitura
Empreendedorismo
Afinal, o SXSW é um evento de quem vai, mas também de quem se permite aprender com ele de qualquer lugar do mundo – e, mais importante, transformar esses insights em ações que realmente façam sentido aqui no Brasil.

Dilma Campos

6 min de leitura
Uncategorized
O futuro das experiências de marca está na fusão entre nostalgia e inovação: 78% dos brasileiros têm memórias afetivas com campanhas (Bombril, Parmalat, Coca-Cola), mas resistem à IA (62% desconfiam) - o desafio é equilibrar personalização tecnológica com emoções coletivas que criam laços duradouros

Dilma Campos

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
O aprendizado está mudando, e a forma de reconhecer habilidades também! Micro-credenciais, certificados e badges digitais ajudam a validar competências de forma flexível e alinhada às demandas do mercado. Mas qual a diferença entre eles e como podem impulsionar carreiras e instituições de ensino?

Carolina Ferrés

9 min de leitura
Inovação
O papel do design nem sempre recebe o mérito necessário. Há ainda quem pense que se trata de uma área do conhecimento que é complexa em termos estéticos, mas esse pensamento acaba perdendo a riqueza de detalhes que é compreender as capacidades cognoscíveis que nós possuímos.

Rafael Ferrari

8 min de leitura